quinta-feira, junho 11, 2020

Outros: «Acordistas» e «anglicistas»

Em artigo publicado hoje no (sítio na Internet do) jornal Público, intitulado «O entusiasmo dos galegos a desconfinar o idioma e a anglicização portuguesa», o jornalista Nuno Pacheco, vencedor em 2018 do Prémio de Jornalismo Cultural atribuído pela SPA e autor do livro «Acordo Ortográfico – Um Beco com Saída», publicado em 2019 pela Gradiva, faz referência a mim e a dois textos que publiquei naquele jornal: «Esse “Azores” já tinha sido referido, e criticado, no espaço de opinião do Público em 2014 e 2015, em artigos assinados pelo jornalista e escritor Octávio dos Santos. Criticava ele, também, o recurso excessivo ao inglês em títulos de programas televisivos: “Chef’s Academy”, “Off-Side”, “I Love It”, “RTP Running”, “Shark Tank”, “Cinebox” ou “The Money Drop”, entre muitos.»
As três principais estações de televisão portuguesas estão de facto entre as entidades que mais praticam a contradição de se submeterem ao ridículo, ilegal, inútil e prejudicial «AO90» e, em simultâneo, abusarem dos anglicismos (palavras inglesas) caracterizados por duplas consoantes e pelo «ph», que os acordistas apontam e condenam como símbolos do que é supostamente obsoleto na língua. Mas não são as únicas, e o (des)governo nacional pode mesmo ser o principal exemplo desta imbecil incongruência, como se comprova igualmente pelo adopção do lema «Estamos On!» como denominação da plataforma que congrega as informações sobre o Covid-19. Porém, e ao contrário do que teve origem na China comunista, para o «vírus» da ordinarice ortográfica parece tardar mais o desenvolvimento de uma adequada «vacina». (Também no MILhafre.)

domingo, junho 07, 2020

Ocorrência: Aderi à ACFdA

Foi há precisamente um mês: no passado dia 7 de Maio de 2020, data de mais um aniversário do nascimento de José Valentim Fialho de Almeida, enviei a minha ficha de inscrição de sócio na Associação Cultural Fialho de Almeida, assim correspondendo positiva e naturalmente a um convite nesse sentido feito por Francisca Bicho, actual Presidente da Direcção daquela associação.
Tratou-se de uma decisão inevitável para quem é um admirador do autor de «O País das Uvas» e que, além disso, lhe dedicou dois colóquios realizados em Lisboa (um em 2007, outro em 2011), e ainda propôs que a formação da Rede de Casas de Escritores de Língua Portuguesa tivesse como ponto de partida o recentemente inaugurado (no próximo dia 10 fará um ano) em Cuba museu literário com o seu nome, na casa que foi sua.
A ACFdA passou a integrar a lista das entidades de que sou membro, e que já incluía, para além do Movimento Internacional Lusófono e da Simetria, onde sou particularmente activo, também a Associação Portuguesa de Sociologia (aquela a que estou ligado há mais tempo, quase 30 anos), a Real Associação de Lisboa e a Sociedade Histórica da Independência de Portugal.