sábado, setembro 29, 2018

Ocorrência: Albuquerque no muro

Hoje, em Alhandra, Afonso de Albuquerque foi duplamente evocado e homenageado na sua terra natal, numa iniciativa da Junta de Freguesia daquela vila ribatejana: primeiro, através de inauguração de uma pintura mural; depois, através da realização de uma conferência.
A obra, denominada «Portugal no Mundo de Afonso de Albuquerque», está situada na Rua Augusto Marcelino Chamusco (perto do rio Tejo) e é o resultado do trabalho criativo do artista Vile (Rodrigo Nunes). Porém, comporta também uma placa com um texto que, a pedido de Mário Cantiga, Presidente da JFA, eu redigi, e que inclui um excerto de uma carta do grande conquistador ao Rei D. Manuel I: «Afonso de Albuquerque/Alhandra, 1453 - Goa, 1515/Soldado, marinheiro, diplomata, Vice-Rei da Índia/”Terrível”, “Marte Português”, “Leão dos Mares”, “César do Oriente”/”... Apontar os perigos contínuos da guerra e percalços dela (...), andar nesse mar pegado em uma tábua; e se atrás quisesse tornar, revolvendo os anos passados, que passam de trinta e oito que comecei de tomar armas, sempre me acharia em todos os trabalhos e serviços do Reino...”»  
A conferência, intitulada «Conversas com a História», que teve lugar na sede da CURPIFA-Comissão Unitária de Reformados, Pensionistas e Idosos da Freguesia de Alhandra (Rua Miguel Bombarda, 32), teve como oradores convidados Luísa Timóteo, da Associação Coração em Malaca, e Luís Farinha Franco, da  Biblioteca Nacional de Portugal; ambos já haviam participado no colóquio «Afonso de Albuquerque, 500 anos depois – Memória e Materialidade», iniciativa por mim concebida e co-organizada, realizada em Dezembro de 2015 na BNP, no Palácio da Independência e no Arquivo Nacional Torre do Tombo.
Este evento local, que decorreu sob o lema «Partilhar memórias», teve contudo um enquadramento nacional e mesmo internacional, dado pelas Jornadas Europeias do Património, que decorreram em Portugal e no Velho Continente neste fim-de-semana de 28, 29 e 30 de Setembro, e isto quando 2018 foi designado «Ano Europeu do Património Cultural». (Também no Albuquerque500 e no MILhafre.)    

terça-feira, setembro 25, 2018

Oráculo: Sobre a República (ir)real, em Lisboa

No próximo dia 5 de Outubro, a partir das 16 horas, estarei presente, a convite da associação Épica (a mesma que organiza anualmente o Fórum Fantástico), no colóquio «República Irreal & Fantástica», que terá lugar no Pólo de Telheiras da Junta de Freguesia do Lumiar, situado na Rua Prof. Francisco Gentil, 33, em Lisboa.
Rogério Ribeiro dará início ao evento com «Uma introdução à história alternativa lusófona». Seguir-se-á o painel «A dinastia da imaginação», em que, além de mim, que falarei principalmente, obviamente, da antologia colectiva de contos «A República Nunca Existiu!», que concebi, organizei, em que participei e que foi editada em 2008, aquando do centenário do Regicídio, intervirão também José Navarro de Andrade, autor de «Derradeiro Suspiro Real», e Ana da Silveira Moura (AMP Rodriguez), uma das dinamizadoras do projecto «Wine Punk». Depois, será a vez do painel «Entre utopias e distopias, estamos tramados?», com as colaborações de António Ladeira (este por vídeo-conferência), Joana Bértholo, Jorge Martins Rosa e Luís Filipe Silva. A iniciativa terminará com «Que a música comece!», em que João Morales apresentará uma «selecção de temas adequados à discussão em torno de repúblicas e monarquias».
Os organizadores apresentam o «RI&F» como um «pré-evento» do Fórum Fantástico «dedicado a história alternativa, aconselhável a republicanos e monárquicos, utopistas e distopistas». E a outros, evidentemente. (Também no MILhafre e no Simetria.)
(Adenda - Nas páginas de Facebook do Fórum Fantástico e de João Morales foram colocados registos - com fotografias - da realização do encontro.