A edição continua a estar prevista para o primeiro semestre deste ano; alguns dos autores convidados já concluiram e enviaram-me os seus contos – entre eles está António de Macedo; Pedro Piedade Marques, que realizou o (magnífico) desenho de paginação de «Poemas» de Alfred Tennyson (que eu traduzi), vai fazer o mesmo trabalho n’«A República... 2». E eu já redigi a versão inicial da introdução, de que transcrevo em seguida um excerto:
«(...) Apesar de não ter sido (de longe!) o mais vendido no historial da Saída de Emergência, este livro («A República Nunca Existiu!») foi, quase de certeza, o que mais referências recebeu, e durante o maior período de tempo, de entre todos os que já foram lançados por este grupo editorial. Houve, há, obviamente, um motivo principal para esta “durabilidade”, e deve-se dizê-lo sem falsas modéstias: a originalidade, e até a ousadia, do conceito que lhe está na base. A que se deve acrescentar o momento em que foi concretizado: entre dois centenários, o do Regicídio e o da implantação da República, quando, previsivelmente, a disponibilidade para produzir e para consumir factos e ficções relativos à História (mais ou menos) recente de Portugal aumentou, e muito. E, logo após a edição do primeiro volume, cedo ficou evidente que se justificava a edição de um segundo: o assunto ainda dava muito «pano para mangas», ainda proporcionava muita «margem de manobra», e havia outros autores com os quais eu muito gostaria de colaborar, de trabalhar, num projecto deste tipo. E não há que escondê-lo: o objectivo inicial era mesmo lançar este segundo volume de contos sobre um “Portugal alternativo” aquando dos 100 anos da República, em Outubro de 2010. Contudo, e por motivos a que não interessa agora aludir, tal não foi possível. Mas até foi melhor assim; há “males que vêm por bem”. “A República Nunca Existiu! – Volume 2” é lançado num “ambiente” mais “desanuviado” em termos “literário-comemorativísticos”. (...)»