segunda-feira, outubro 30, 2006

Opções: «Grandes Portugueses»

Hoje, 30 de Outubro, decidi participar na iniciativa «Grandes Portugueses», promovida pela RTP. Pelo que enviei um SMS com o nome da figura histórica que, na minha opinião, foi – pode ter sido – o maior (o melhor?) português de todos os tempos: Afonso de Albuquerque.
Primeiro que tudo, há um inegável factor de proximidade: aquele Vice-Rei da Índia nasceu praticamente no mesmo sítio onde eu vivo desde que nasci: o actual concelho de Vila Franca de Xira, mais concretamente em Alhandra. Porém, mais importante do que isso é o facto de Afonso de Albuquerque ter verdadeiramente corporizado o período, o momento da História em que Portugal foi efectivamente mais... grande – em terras e mares sobre os quais exerceu o seu poder – e mais forte. Sob o comando daquele nosso compatriota, meu conterrâneo, o nosso país alcançou o máximo de dimensão... e de coragem.
Actualmente, o seu perfil e o seu percurso estão algo esquecidos da memória colectiva dos portugueses – provavelmente porque ele é, sem dúvida, o símbolo supremo do nosso passado colonial, imperial, e, logo, «politicamente (e historicamente?) incorrecto». No entanto, talvez no próximo ano possam existir pretextos para o «redescobrimento» de Afonso de Albuquerque. Na verdade, em 2007 assinalam-se: os 500 anos (foi em 1507...) do início da sua vitoriosa campanha militar na Ásia – e da construção da Fortaleza de Ormuz; e os 450 anos (foi em 1557...) da publicação, pelo filho Brás de Albuquerque, dos «Comentários de Afonso de Albuquerque». Por isso, aguardem...

quinta-feira, outubro 19, 2006

Obrigado: Aos que compareceram hoje

Exprimo aqui o meu agradecimento a todos aqueles que compareceram hoje ao colóquio «Arcádia Lusitana – 250 Anos», bem como à inauguração da respectiva exposição bibliográfica, realizado na Biblioteca Nacional, em Lisboa. Digo um «muito obrigado» muito especial a Vanda Anastácio, Miguel Real, Maria Luísa Malaquias Urbano, Duarte Ivo Cruz e Maria de Lourdes Ferraz por nos terem dado a honra da sua presença e o valor das suas intervenções. E uma saudação especial à BN, nomeadamente nas pessoas de Jorge Couto e de António Braz de Oliveira, por ter aceite a minha ideia e concordado em co-organizar esta iniciativa. Espero que nos encontremos todos novamente a 9 de Novembro, no mesmo local, para o colóquio «Cinco Livros de 1756». Até lá!

quinta-feira, outubro 12, 2006

Oráculo: Dois novos nomes para os dois colóquios

Tanto no colóquio «Arcádia Lusitana – 250 Anos», a realizar de hoje a uma semana, 19 de Outubro, como no colóquio «Cinco Livros de 1756», a realizar a 9 de Novembro, ambos na Biblioteca Nacional, foi necessário proceder à substituição de um dos oradores. Assim, no primeiro, em vez de Fernando Pinto do Amaral estará presente Maria de Lourdes Ferraz; e, no segundo, em vez de Vasco Graça Moura estará presente Viriato Soromenho Marques.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Obras: "Fazer amor com a República"

Vou fazer amor com a República;
vou fazê-lo muito, muito e bem!
Liberdade, Igualdade e Fraternidade
será a nossa divisa na cama também!

Foram tantos os que receberam os teus favores,
quase todos velhos senis, decrépitos e impotentes.
Eles usaram e abusaram da tua ingenuidade;
violaram-te até te corromperem completamente.

A anarquia foi uma doença que te estuprou;
os golpes de Estado foram os males que te desfloraram.
Ditadores civis e militares saltaram para cima de ti;
as tuas carnes roliças lamberam, morderam e apalparam.

Empunhando a tua bandeira, dar-te-ei orgasmos
que serão manifestações populares de alegria.
Quando se está em cima de uma mulher como tu
quem é que precisa mesmo da Monarquia?


Poema (Nº 90) escrito em 1983 e incluído no meu livro «Alma Portuguesa».

domingo, outubro 01, 2006

Orientação: «Simetria Sonora» já está «no ar»

A partir de hoje, 1 de Outubro de 2006, Dia Mundial da Música, está acessível no sítio da Simetria o espaço do projecto «Simetria Sonora».
Proposto por mim a esta associação portuguesa de ficção científica e fantástico, da qual eu sou associado, a «Simetria Sonora» consiste fundamentalmente numa base de dados, numa lista de discos de artistas portugueses (alguns) e estrangeiros (principalmente) – para começar estão 100 - que se inserem no que poderíamos designar de música popular contemporânea de expressão – ou de influência – anglo-americana. Porém, o que distingue as obras nela indicadas é o facto de os seus temas (na sua totalidade, maioria ou até numa minoria significativa e preponderante), os sons, as suas letras, a ideia-chave ou o conceito principal – incluindo gráfico e audiovisual (capa, livrete, vídeos) – os colocarem num «género» que poderíamos designar de... ficção científica e fantástico; e que pode incluir, além de futurologias diversas e de revisionismos históricos variados, o bizarro, a fantasia, o terror, o horror... Ou nem tanto: estados alterados, sonhos e pesadelos, realidades alternativas ao estilo «Quinta Dimensão» («Twilight Zone»).
A «Simetria Sonora» estará sujeita a um processo de actualização permanente, coordenado por mim, e tal como haverá «entradas» também poderá haver «saídas» - se entretanto se concluir que afinal não se justifica que determinada obra se mantenha na lista. Para ambos os casos a Simetria conta com o contributo, com a participação de todos. Por isso, enviem as vossas propostas, informações, pensamentos e outras sugestões sobre este assunto para o endereço de correio electrónico indicado naquele espaço.

Ordenação: 20 discos...

... Inesquecíveis. Que me impressiona(ra)m. Que me marca(ra)m. Que me influencia(ra)m. Que constituíram, ou ainda constituem, de certa forma, e pelo menos em relação a determinadas fases da minha vida, a minha «banda sonora». São eles:
«The Doors» (1967), Doors; «Hunky Dory» (1971), David Bowie; «Coisas Do Arco Da Velha» (1976), Banda Do Casaco; «News Of The World» (1977), Queen; «Rumours» (1977), Fleetwood Mac; «Jazz» (1978), Queen; «Closer» (1980), Joy Division; «Remain In Light» (1980), Talking Heads; «Black Sea» (1980), XTC; «Juju» (1981), Siouxsie & The Banshees; «Ser Solidário» (1982), José Mário Branco; «Frontiers» (1983), Journey; «Purple Rain» (1984), Prince; «17» (1984), Chicago; «Around The World In A Day» (1985), Prince; «Os Dias Da Madredeus» (1987), Madredeus; «1987» (1987), Whitesnake; «Sign O’ The Times» (1987), Prince; «Coming Up» (1996), Suede; «Mechanical Animals» (1998), Marilyn Manson.
Hoje, 1 de Outubro de 2006, celebra-se o Dia Mundial da Música.