domingo, agosto 31, 2014

Olhos e Orelhas: Segundo Quadrimestre de 2014

A literatura: «O Neoprofetismo e a Nova Gnose - Da Cosmovisão Rosacruz aos Mitos Ocultos de Portugal» e «O tempo tudo cura menos velhice e loucura», António de Macedo; «A Identidade Cultural Europeia» e «As botas do sargento», Vasco Graça Moura; «Ar», Geoff Ryman; «O Homem no Castelo Alto», Philip K. Dick; «A Ministra», Miguel Real; «O Longo Halloween», Jeph Loeb e Tim Sale;  «Através dos portais da chave de prata». H. P. Lovecraft e E. Hoffman Price.
A música: «The Man I Love» e «Things Are Swingin'», Peggy Lee; «Sons And Fascination», «Sparkle In The Rain» e «Street Fighting Years», Simple Minds; «Bloody Kisses» e «October Rust», Type O Negative; «Elixer», Bria Valente; «MPLSound», Prince; «Rita», Rita Guerra; «Os Anormais - Necropsia de um Cosmos Olisiponense», Charles Sangnoir e David Soares; «Cowboys From Hell», Pantera; «Informal Jazz», Elmo Hope Sextet; «Cattin' With Coltrane And Quinichette», John Coltrane e Paul Quinichette; «All Mornin' Long» e «Dig It!», Red Garland Quintet.
O cinema: «J. Edgar», Clint Eastwood; «Um Homem Solteiro», Tom Ford; «Extremamente Alto e Incrivelmente Perto», Stephen Daldry; «O Hobbit - A Desolação de Smaug», Peter Jackson; «Promessas de Leste», David Cronenberg; «A Pianista», Michael Haneke; «Desprezível Eu 2», Chris Renaud e Pierre Coffin; «Predadores», Nimrod Antal; «A Neblina», Frank Darabont; «Caminho das Estrelas - Para a Escuridão», J. J. Abrams; «Monty Python e o Cálice Sagrado», Terry Gilliam e Terry Jones; «Vénus Negra», Abdellatif Kechiche; «A Pele que Habito», Pedro Almodóvar; «Conduz», Nicholas Winding Refn; «América», João Nuno Pinto; «Nebulado com Possibilidade de Almôndegas 2», Cody Cameron e Kris Pearn; «Príncipe da Pérsia - As Areias do Tempo», Mike Newell; «Forte», Boaz Yakin; «Chamada Marginal», J. C. Chandor.
E ainda...: (documentário na RTP2) «A cantiga era uma arma», Joaquim Vieira; (entrevista na RTP2) «Livre Pensamento - Maria Filomena Mónica», Mário Carneiro; FNAC/Vasco da Gama - exposição de fotografias de Nuno Tavares «Meus»; FNAC/Chiado - exposição de fotografias de Stefano Pacini «A revolução está na rua»; Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa - exposição de desenhos colectiva «Anatomia artística: A memória do corpo»; (artfanzine) Eyesight Nº 3 - Abstracting the Essence/Kristine Norlander;  Associação Portuguesa de Editores e Livreiros - Feira do Livro de Lisboa 2014; Biblioteca Nacional - exposição «Judaica nas colecções da Biblioteca Nacional de Portugal - Séculos XIII a XVIII» + exposição «Uma história de jardins - A sua arte na tratadística e na literatura» + mostra «Portugal e a Grande Guerra» + mostra «Urbano Tavares Rodrigues (1923-2013)» + mostra «Álvaro Salema e Joaquim Namorado - cultura e intervenção»; Museu do Neo-Realismo - exposição antológica «Pintor Nuno San-Payo» + exposição «Além da Ucronia - Histórias não vividas do 25 de Abril» + exposição biobibliográfica «Augusto dos Santos Abranches» + mostra «Ciclo vinte mil livros - Carlos de Oliveira»; Museu Municipal de Vila Franca de Xira - exposição «José Augusto e Maria Gabriel - Uma vida ao encontro da pintura»; Câmara Municipal de Loulé/Galeria de Arte da Praça do Mar de Quarteira - exposição «El Menau - Sociedade Triste»; Museu do Caramulo; Museu de Grão Vasco; Museu Almeida Moreira; (revista) Wink Nº 7.

terça-feira, agosto 26, 2014

Observação: O poltrão de Portimão

Jorge Candeias decidiu dedicar-me no passado Domingo, dia 24 de Agosto, uma «posta» a que deu o título de «Um zero à esquerda», e que é, além de outra «descarga» – direccionada e degradante – das frustrações e das raivas que ele vai acumulando, também um extraordinário – e revelador – exercício de projecção. Pode-se deduzir que ele se vê ao «espelho» quando… «evacua» tais impropérios. Ele «cospe» para cima… e leva com o seu próprio «escarro».
Na mais recente invectiva de JC abundam as invenções, as difamações, as distorções. Contactei-o algumas vezes nos últimos anos por causa do Bibliowiki? Sim, claro: é uma excelente iniciativa, e, quanto à minha página, achava – e acho – relevante que, concretamente, estivesse lá uma referência ao meu artigo «A nostalgia da quimera», para além de outras aos meus projectos de ficção. E será que JC também inclui no «anos a chatear-me por um motivo ou por outro» as mensagens (não respondidas) que lhe enviei a propósito do pai, primeiro de encorajamento aquando da doença e depois de condolências pela morte? Para se demonizar o oponente é sempre «conveniente» ocultar todos os pormenores que possam desmentir o «retrato».
Agora, um esclarecimento que, creio, já ter feito em outras ocasiões, mas que é sempre importante reiterar: eu não faço comentários anónimos. Digo, escrevo, tudo com o meu nome verdadeiro, dando a «cara», mesmo que seja «virtual», e também não tenho qualquer problema em fazê-lo pessoalmente. Já por várias vezes desafiei a que, quem quisesse, me abordasse em cerimónias públicas em que participo, e que anuncio antecipadamente aqui no Octanas. Eu posso «jogar», e «jogo», duro, mas «jogo» limpo. E não corto comentários, as afirmações e as opiniões dos outros, sob pretexto algum: já fui censurado muitas vezes (não, o poltrão de Portimão não foi o primeiro a fazê-lo) e prometi cedo a mim mesmo que não o faria a outros. Eu não «intimido» seja quem for para que se cale, muito pelo contrário: se eu «intimido» é para que falem! Quem diz que não é assim… que o demonstre! E, já agora, que demonstrem também, se conseguirem, que eu tenho por hábito «percorrer compulsivamente a Internet, à caça de tudo e de todos os que possam ter o desplante de não lhe (me) estender passadeira vermelha e o (me) colocar no pedestal que acha(o) que merece(ço)».
Mais uma vez… projecção. Quem é que, pouco ou nada mais tendo para fazer do que construir afincadamente o seu mundo de fantasia (já eu, para além do trabalho e do lazer, também tenho família, esposa a apoiar, filhas a cuidar), passa o tempo a compilar compulsivamente dezenas, centenas, milhares de entradas em Facebook, Twitter e Scoop, para além de blog? Quem é que procede sistematicamente ao «apagamento», ou à tentativa de «apagamento», das palavras e quiçá das pessoas que lhe desagradam? A que acresce, para cúmulo da desonradez, a descrição deturpada – e mesmo mentirosa – do que lá estava? Típico de adepto de ditadura, de quem se sentiria à vontade como «comissário cultural» na Rússia estalinista, na Cuba castrista ou na China maoísta. Ou como «examinador prévio» português de lápis azul em punho que, não se apercebendo das suas próprias contradições e limitações, tem o descaramento de querer dar lições de bom Português (de construção frásica e de estilo) enquanto escreve, deliberada e histericamente, com «erros ortográficos».
Esta mais recente «enunciação prematura» de JC mais não é do que uma tentativa desesperada, mas falhada, de: desculpabilização pelo que ele fez na «recensão» ao meu conto «A marcha sobre Lisboa» - ele tem consciência (mesmo que seja má consciência) de que procedeu mal ao revelar o final daquele, que, não, não «é óbvio desde a primeira página»; e ainda de ocultação da sua ignorância quanto à História, ao afirmar que a Áustria e a Hungria eram países monárquicos aquando da Segunda Guerra Mundial e ao não mencionar os reinos que, naquele período, se opuseram à Alemanha. O meu conto na - e contributo para - «A República Nunca Existiu!» não está isento de críticas, e eu convido todos a lê-lo e a fazê-las … mas não esperem que eu me cale se considerar aquelas injustas e/ou enviesadas por animosidade ideológica.
Finalmente, e quanto às insinuações feitas por JC quanto aos objectivos, ao funcionamento e às actividades da Simetria, a resposta será dada no espaço e no momento adequados. Porém, não posso deixar de registar desde já, e sem surpresa, que, entre as suas «qualidades», Jorge Candeias tem a da ingratidão: a Associação a que pertenço publicou, divulgou, electronicamente, na mudança de milénio, no formato designado por Webfiction, pelo menos quatro contos dele… e um do pai. Há pessoas cuja memória (entre outras características…) é efectivamente, e infelizmente, demasiado curta.         

terça-feira, agosto 19, 2014

Outros: «Candeias» que vão atrás e não «alumiam»

(DUAS adendas no final deste texto.)
Mais de seis anos depois de ter sido publicado (foi em Fevereiro de 2008, aquando do centenário do Regicídio), «A República Nunca Existiu!», antologia colectiva de contos no sub-género FC & F de «história alternativa» que tem como premissa que a Monarquia nunca foi derrubada em Portugal, começou finalmente a ser lida e «criticada» por Jorge Candeias no seu blog A Lâmpada Mágica. E pela ordem dos contos: iniciou com o de João Aguiar e continuou com os de Luísa Marques da Silva, Bruno Martins Soares, Luís Bettencourt Moniz…
… E ontem chegou a vez do meu, «A marcha sobre Lisboa», sobre o qual JC escreveu (com «erros ortográficos», aqui devidamente corrigidos): «(…) O conto (…) poderia ser interessante se não fossem duas coisas, que se interligam uma à outra: o tom de propaganda e o estilo. Aquele vê-se em duas ou três dissertações sobre a situação política e económica (isto e aquilo), infodumps que poderiam ser bem mais curtos se não servissem principalmente para exaltar as qualidades do regime monárquico, e sobretudo no tom exclamativo, exaltado e exaltante com que tudo o que rodeia el-rei é tratado, chegando ao ponto de bastar um olhar a D. Luís para silenciar um dos acompanhantes de Salazar. Já este é bastante fraquinho, hiperadje(c)tivado, em especial no início (o rei é "sábio e ponderado", Duarte Pacheco, logo a seguir, é "inventivo e incansável" e por aí fora, isto e aquilo, isto e aquilo, isto e aquilo), e mostrando do princípio ao fim uma preocupação dir-se-ia patológica por deixar cair nomes. São nomes em catadupa e apenas nomes de gente conhecida, como se outro regime político não tivesse o mais pequeno impacto na composição das elites (…), como se alterações da história global das nações não tivessem qualquer influência nas histórias individuais das pessoas que as compõem, quando a verdade é que basta mudar a hora do a(c)to de conce(p)ção para já ser outro o espermatozóide a fecundar o óvulo e portanto já ser outro o indivíduo que dele resulta. Em suma: muito fraquinho.»
Que algaraviada pedante... Não é de rir às gargalhadas?
A manter-se o «método», seguir-se-ão os contos de Gerson Lodi-Ribeiro, Miguel Real, Maria de Menezes, Luís Miguel Sequeira, Alexandre Vieira, João Seixas, José Manuel Lopes, Sérgio Sousa-Rodrigues (Sérgio Franclim) e Cristina Flora. Só depois de todos terem sido abordados em particular, e de a obra ter sido avaliada em geral, é que eu darei a minha «resposta global», é que eu farei o meu «comentário aos comentários», e tal ocorrerá no sítio da Simetria.
Porém, a propósito desta «avaliação» feita ao meu conto, não pude deixar de colocar lá um comentário – mais concretamente, a correcção de erros de âmbito histórico – e não posso deixar de fazer aqui a seguinte observação: alguma esperança que ainda houvesse de que esta patética criatura tivesse um «lampejo» (afinal, trata-se de uma «lâmpada», mas dela não sai qualquer «génio») de honestidade intelectual, e de que ao menos por uma vez não se deixasse «encadear» pelo facciosismo e pelo preconceito político-ideológico, «apagou-se» definitivamente. No entanto, é verdade que não se perdeu grande coisa… «Muito fraquinho» (onde será que eu já li isto?) só mesmo o cérebro de determinadas pessoas… Uma das quais, provavelmente, ainda não «recuperou» dos efeitos «adversos» (para ele) de uma discussão sobre ortografia e da demonstração de que um autor estrangeiro que ele traduz (e idolatra) é um idiota. (Também no Simetria.)   
(Adenda – Jorge Candeias apagou o meu primeiro comentário no seu blog cerca de duas horas e meia depois de eu o ter inserido. Um comportamento que não é, de todo, surpreendente, e que é «justificado» por, alegadamente, eu ter sido, ser, «insultuoso» e «despeitado», e ainda por ser necessário manter a «higiene» (!!!) daquele espaço. A seguir transcrevo integralmente o que lá escrevi, e os leitores que tirem as suas conclusões:  
«Darei – em outro local e em outro momento – uma resposta abrangente a todas as "apreciações críticas" feitas aqui aos contos incluídos em "A República Nunca Existiu!", mais concretamente nos seus aspectos literários e políticos – e as desfavoráveis (como esta, relativa ao meu conto) serão, obviamente, devida e facilmente refutadas.
Porém, impõe-se que se façam imediatamente correcções ao nível histórico, para que os que aqui vêm não sejam induzidos em erro.
Nem a Áustria nem a Hungria eram efectivamente monarquias aquando do início da Segunda Guerra Mundial. A primeira não o era nem formal nem factualmente desde o final da Primeira Guerra Mundial, e a segunda, apesar de ter sido designada formalmente – e simbolicamente - "Reino da Hungria" entre 1920 e 1946, nunca teve qualquer Rei a dirigi-la nesse período: o pretendente, Carlos IV (I da Áustria), da Casa de Habsburgo, nunca chegou a ascender ao trono, e morreu em 1922 na Madeira (seria beatificado pelo Papa João Paulo II em 2004); nesses anos, a nação magiar foi governada pelo almirante Miklós Horthy, que pertencera às forças armadas do império austro-húngaro e que ostentava o título de "regente".
Se é correcto referir as (verdadeiras) monarquias que combateram do lado das forças do Eixo, também é correcto referir as que combateram do lado dos Aliados. A começar, claro, pelo Reino Unido, e depois pela Austrália, Canadá e Nova Zelândia. Estas são as que nunca foram ocupadas nem por alemães nem por japoneses, apesar das baixas humanas e dos danos materiais que sofreram. No entanto, deve-se referir igualmente as monarquias correspondentes a países que foram invadidos, ocupados, pelos nazis e fascistas, e que, melhor ou pior, combateram, resistiram às forças totalitárias: Bélgica, Dinamarca, Holanda, Luxemburgo, Noruega. E até se poderia referir ainda a Suécia, que, apesar de neutral, provavelmente favoreceu mais os Aliados do que o Eixo.
Analisar os trabalhos dos outros, opinar sobre eles, exige, além de conhecimento (cultura geral), também honestidade intelectual e rigor. Uns têm estes atributos, outros não.»
Imagine-se o que poderia (não) acontecer se eu fosse tão «sensível», tão «susceptível» - isto é, tão medroso - quanto... determinado indivíduo. Por exemplo, não teriam ficado registados para a posteridade «diálogos» como o que se estabeleceu aqui.)
(Segunda adenda - Inseri um segundo comentário e, obviamente, também foi apagado. Porém, desta vez captei antes uma imagem daquele. E o texto era o seguinte:
«Com que então correcções de erros são "comentários insultuosos"? Insulto maior é revelar o final de uma história escrita por outra pessoa, o que é uma falta de educação, de boas maneiras, absolutamente inadmissível… Mas vindo de quem vem, de um autêntico e permanente despeitado, esse comportamento nem surpreende…
Quanto à "higiene", isso não tem de constituir um problema. Como eu não tenho esses "pruridos" com a "limpeza", nem costumo censurar os outros, proponho que a "conversa" continue no meu blog… a não ser que alguém não "compareça" por falta de argumentos… e de coragem.»
Entretanto, o dito cujo «twittou» isto. Será dirigido a mim? Se sim, é caso para dizer que, na verdade, alguém se viu ao espelho...

quinta-feira, agosto 07, 2014

Orientação: No Simetria pode também ler-se…

… Entre os vários textos que tenho escrito e publicado naquele blog, e para além daqueles que são referidos e/ou inseridos igualmente aqui no Octanas, os seguintes em especial, saídos neste ano de 2014: um sobre o continuado interesse na vida e na obra de J. R. R. Tolkien, também em Portugal e ao nível universitário; um sobre o reconhecimento internacional – em especial, duas nomeações para prémios – que Pedro Piedade Marques tem recebido pelo seu trabalho gráfico; e um sobre a atenção dada em Espanha à ficção científica e ao fantástico feitos por portugueses, exemplificado pela edição de um artigo de António de Macedo numa revista (digital) do país vizinho, e pela menção de três livros meus (e outras obras de outros autores nacionais) numa tese de doutoramento de uma professora e investigadora da Universidade de Santiago de Compostela!
Porém, convém recordar que não sou só eu que contribuo regularmente para a produção própria do Simetria: também Luís Miguel Sequeira o faz (e melhor), e entre os temas das suas recentes entradas no «órgão oficial» da mais antiga associação dedicada em Portugal à FC & F incluem-se: análises dos filmes «Gravidade» e «Transcendência»; (mais) inovações tecnológicas pela Google e pela Facebook; um possível projecto futuro de propulsão por parte da NASA; o anúncio de uma convenção de FC & F no Second Life… Enfim, é certo que as nossas actualizações estão longe de serem diárias… mas tentamos que sejam sempre relevantes.