quinta-feira, março 21, 2019

Ocorrência: Agora também os ímpares

Há quase dois anos, a 8 de Maio de 2017, escrevi e publiquei aqui no Octanas um texto em que informava e comentava sobre um pormenor interessante… num mau sentido, porque na verdade insólito, de um galardão literário – o Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa. Mais concretamente, o facto de, apesar de ser atribuído de dois em dois anos, aquele prémio apenas aceitar a concurso livros editados no ano anterior a cada edição, o que afastava da avaliação todas as obras lançadas em anos ímpares – como, por exemplo, «Q - Poemas de uma Quimera», que assim se viu impossibilitado de concorrer. Então relatei que havia contactado, questionando e protestando, os organizadores e os patrocinadores da iniciativa sobre aquela evidente mas inexplicável discriminação. 
Entretanto, e aparentemente, a Câmara Municipal de Faro terá atendido às minhas queixas (e às de outros?) e feito o que me disseram que iam fazer: «rever as normas». Efectivamente, a mais recente edição do prémio, cujo prazo de entrega termina a 30 de Abril próximo, abrange todas as obras que foram publicadas em primeira edição nos dois anos anteriores, ou seja, 2017 e 2018. Finalmente, os volumes de versos editados em anos ímpares deixaram de ser considerados inferiores ou até inexistentes por aquela autarquia algarvia. Porém, infelizmente, e pelo menos nesta ocasião, eu não retiro qualquer benefício da decisão pois não tenho um novo, ou recente, livro de poesia editado com que possa concorrer. No entanto, e sendo hoje o dia mundial daquela, justifica-se ainda mais a celebração do mesmo graças à correcção de um erro que a deslustrava. (Também no MILhafre.)

quinta-feira, março 07, 2019

Outros: Comentários meus contra o AO (Parte 7)…

… Escritos e publicados, desde Janeiro de 2018, nos seguintes blogs: Horas Extraordinárias (um, dois, três); Delito de Opinião (um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete); Apartado 53 (um, dois); Rascunhos; Intergalactic Robot (um, dois, três); Simetria. E que abord(ar)am, entre outros subtemas: o AO90 como possível, e até provável, causa da diminuição da literacia entre os alunos do 4º ano de escolaridade entre 2011 e 2016; alegados professores que não distinguem factos de fatos; a obrigação de se persistir no ensino aos mais novos da forma correcta de escrever, uma tarefa a ser desempenhada pelos pais e pelos encaregados de educação porque as escolas desistiram daquela; a transformação de «óptico» em «ótico» ou mais um exemplo, e incentivo, para rejeitar certas «traduções» e preferir as edições originais; a importância do «c» em certas palavras; José Cabrita Saraiva como demonstração da deterioração do património genético; as desvantagens, ou até a inutilidade, de se divulgar «acordistas» como Francisco Seixas da Costa; disparates televisivos de Joaquim Vieira, suposto jornalista, e de Rodrigo Moita de Deus, suposto monárquico; o Partido Comunista Português como resistente e excepção político-partidária à ditadura ortográfica vigente; a necessidade, não de uma revisão do AO90, mas sim da sua eliminação.