Para o
segundo volume de «A República Nunca Existiu!» (que é, recordo, um projecto literário, artístico, cultural, e não político), tal como para o primeiro, eu e a Saída de Emergência convidámos vários escritores mas nem todos aceitaram. Porém, há que distinguir entre os que responderam ao convite, embora recusando (e justificando), e os que nem sequer responderam; entre estes está Patrícia Reis.
Após repetidos contactos telefónicos e electrónicos com o escritório onde trabalha aquela escritora e jornalista, editora da revista… Egoísta, foi-me dito que «se a senhora (Reis) não respondeu, então é porque (a resposta) é não.» Digo eu: se a senhora não respondeu é porque tem (teve) má educação, não tem boas maneiras. Uma atitude que contrasta, por exemplo, com a da sua amiga Inês Pedrosa, actualmente directora da Casa Fernando Pessoa (mas que não tenho a certeza de que saiba
o que aquele poeta pensava da República), que, amável e correctamente, respondeu ao meu convite, embora recusando.
Ainda mais interessante, ontem soube da existência de um livro de Maria João Seixas intitulado «República das Mulheres», que pretende ser «uma celebração das letras portuguesas no feminino» e que… compila (como
também se pode ver na... perdão, «no» Pitta) os depoimentos de 14 escritoras que são retratadas na capa em «pose contemporânea de busto da República». Entre elas estão… Inês Pedrosa e Patrícia Reis. Que sem dúvida sabem que na I República as mulheres eram pessoas de segunda categoria que não tinham, por lei, o direito de voto. Mas, pelos vistos, antes isso que «monárquicos inconformados»…