terça-feira, dezembro 31, 2019

Olhos e Orelhas: Terceiro Quadrimestre de 2019

A literatura: «As Aventuras de Alix - Iorix, o Grande», Jacques Martin; «O Buda de Marfim/Uma Aventura no Oriente», Vítor Péon; «Pequeno Nemo na Terra da Modorra (Volumes 1 e 2)», Winsor McCay; «As Grandes Batalhas - Guerra Relâmpago/Trovão Sobre Varsóvia» e «(...) - Moscovo/Operação Barba Vermelha», Pierre Dupuis; «Michel Vaillant - Os Jovens Lobos», «(...) - A Revolta dos Reis» e «(...) - A Derrota de Steve Warson», Jean Graton; «Jim Del Monaco - A Criatura da Lagoa Negra» e «(...) - A Grande Ópera Sideral», António José Simões e Luís Louro; «Juan Solo - Tomo 1 - Filho de Fusca», Alejandro Jodorosky e Georges Bess; «Dementia Vivendi», Miguel Montenegro.
A música: «Moura», Ana Moura; «Elton John» e «Tumbleweed Connection», Elton John; «Fun House», Stooges; «Steppenwolf Live», Steppenwolf; «(R)Evolução», Amor Electro; «Apostrophe (')», Frank Zappa; «Evening Star», Brian Eno e Robert Fripp; «Horses» e «Radio Ethiopia», Patti Smith; «Fado Ao Meu Jeito», Daniel Gouveia; «Peter Gabriel (1980)», Peter Gabriel; «Fantasia», Gal Costa; «Three Sides Live», Genesis; «Money And Cigarettes», Eric Clapton; «Também Eu», Banda do Casaco; «The Man With The Horn», Miles Davis; «Piano & A Microphone 1983», Prince; «Spice», Spice Girls; «Adore», Smashing Pumpkins; «Vinyl», Gift; «Random Access Memories», Daft Punk; «Ultraviolence», Lana Del Rey; «Another Country», Rod Stewart; «The Most Beautiful Moment In Life Pt. 2», BTS; «Fidelio», Ludwig Van Beethoven (por Carola Nossek, Jeannine Altmeyer, Peter Meven, Siegfried Jerusalem, Siegmund Nimsgern, Theo Adam, e outros, com a Orquestra Gewandhaus de Leipzig dirigida por Kurt Masur).
O cinema: «Rapaz de Nenhures», Sam Taylor-Wood; «Furiosos Sete», James Wan; «O Equalizador», Antoine Fuqua; «Shazam!», David F. Sandberg; «Shampô», Hal Ashby; «Ralph Quebra a Internet», Phil Johnston e Rich Moore; «Serra de Vaivém», Michael Spierig e Peter Spierig; «Eles Não Envelhecerão», Peter Jackson; «Sicário», Denis Villeneuve; «Vingadores - Jogo do Fim», Anthony Russo e Joe Russo; «Vidro», M. Night Shyamalan; «O Espantoso Homem-Aranha 2», Marc Webb; «Tucker - O Homem e o seu Sonho», Francis Ford Coppola; «Erguido», Kevin Reynolds; «O Jovem e Prodigioso T. S. Spivet», Jean-Pierre Jeunet; «O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos», Joe Johnston e Lasse Hallstrom; «Viúvas», Steve McQueen; «Descendo um Átrio Escuro», Rodrigo Cortés; «Creed II», Steven Caple Jr.; «Hotel Império», Ivo M. Ferreira; «Era uma Vez na Revolução», Sergio Leone; «Asiáticos Ricos e Doidos», Jon M. Chu; «Tully» e «O Corredor da Frente», Jason Reitman; «O Grinch», Scott Mosier e Yarrow Cheney; «Bumblebee», Travis Knight; «Rapazes de Jersey», Clint Eastwood; «Comboio Nocturno para Lisboa», Bille August; «As Quatro Penas», Shekhar Kapur; «Diário de uma Criada de Quarto», Benoit Jacquot; «O Homem do C.R.U.L.A.», Guy Ritchie; «A Aeronave Destruidora», Walter R. Booth.
E ainda...: Biblioteca Nacional de Portugal - exposição «Do Convento ao Campo Grande - Nos 50 anos da mudança» + exposição «Natércia Freire (1919-2004)» + exposição «"Quem ler os livros que eu li" - Aproximações à biblioteca de Fernando Oliveira» + exposição «Francisco Lage - De Braga a Lisboa (1930-1957), esteta e homem do seu tempo» + exposição «Centenário do jornal A Batalha» + mostra «João José Cochofel (1919-1982)» + mostra «"Robinson Crusoe" - 300 anos» + mostra «Joel Serrão (1919-2008)» + mostra «"Ivanhoe" - 200 anos» + mostra «Maria Cecília Correia (1919-1993)» + mostra «Mariana Alcoforado - 350 anos de paixão e prélio»; Paróquia de São Mamede de Lisboa - exposição de arte por Rueffa «Welcome»; FNAC - exposição de fotografias «Amélia» + exposição de ilustrações de Mathieu Sapin «Le Poulain» (Chiado); Museu do Neo-Realismo - exposição «"E não sei se o Mundo nasceu" - Fernando Namora, 100 anos»; Pousada Castelo de Alvito - exposição de fotografias de Jerónimo Heitor Coelho «Alentejo - Ontem, hoje, amanhã»; Câmara Municipal de Cuba - Museu Literário Casa Fialho de Almeida; «Here Comes the Sun», (vídeo musical dos) Beatles; Movimento Internacional Lusófono - Celebração dos 80 anos de Pinharanda Gomes (Palácio da Independência) + congresso «Eça de Queiroz, nos 150 anos do Canal do Suez» (Sociedade de Geografia de Lisboa e BNP); SGL - exposição «Gago Coutinho, benemérito da Sociedade de Geografia de Lisboa»; Grupo Pestana/Fundação Júlio Resende - exposição de pintura «Goa l'Odeur Couleur» (Palácio do Freixo, Porto); Reitoria da Universidade do Porto/Invicta Imaginária - 1º Encontro Internacional de História Mundial «E se?»; «Uma reunião de Natal», (anúncio publicitário da) Xfinity.

domingo, dezembro 15, 2019

Opinião: «Esta obra é única»

A 8 de Abril deste ano assinalei aqui os 10 anos da publicação do meu livro «Espíritos das Luzes». Então expressei a (quase) certeza de que mais motivos existiriam no futuro para voltar a falar e a escrever sobre ele…
… E eis um que é particularmente importante, significativo, para mim: no Nº 24 da revista Nova Águia, apresentada em 18 de Outubro último e correspondente ao segundo semestre de 2019, está, nas páginas 266 e 267, uma recensão ao meu romance feita por Anabela Ferreira, coordenadora do Núcleo de Alverca do Museu Municipal de Vila Franca de Xira, e que, aliás, foi a minha anfitriã na especial, memorável apresentação de três outros livros meus feita naquele espaço em 7 de Outubro de 2017 – dois individuais («Q», em 2015, e «Nautas», em 2017) e um colectivo («Luís António Verney e a Cultura Luso-Brasileira do seu Tempo», em 2016), todos editados pelo Movimento internacional Lusófono.
Seguem-se alguns excertos da análise, de alguém que conhece e que estudou a época histórica (século XVIII) que está na base da narrativa: «(…) Trata-se de uma obra de génio literário. (…) Foi daquelas leituras imersivas, que uma pessoa tem de se obrigar a parar, não vá ficar presa, irremediavelmente, naquela dimensão alternativa. (…) A genialidade não está tanto na criação fantástica de toda uma nova tecnologia de gadgets e equipamentos mecânicos, robóticos, enfim, futuristas num século em que de facto não existiram, mas porque o autor revela um profundo conhecimento da História e dos personagem que retrata, manifesto pelos excertos dos textos reais e “encaixando-os”, na perfeição, no enredo por si criado. (…) E se os diálogos são dos próprios personagens reais, a ligação com o maravilhoso, o fantástico e a ficção científica é-nos apresentada pelo narrador/autor numa linguagem contemporânea cheia de humor e leveza, que contrasta muitas vezes com os textos factuais sem nunca perder o sentido da obra, de uma forma em que não podemos deixar de sentir que, embora se trate de ficção, faz tanto sentido que podia ser real. (…) Esta obra é única. A História é a nossa, os personagens são, na grande generalidade, conhecidos por todos os portugueses, não há como não nos identificarmos. Para aqueles que podem não gostar muito do género romance histórico, garanto que embora a História se faça presente no carácter dos personagens e em algumas das acções, esta obra vai muito para além disso. Para aqueles que até podem gostar de História mas que não sentem o apelo da ficção científica, aventurem-se porque se trata de um exercício fascinante, o de reflectir sobre os caminhos que a História poderia ter seguido se a tecnologia aqui representada tivesse existido. (…)»
Anabela Ferreira termina a sua recensão, que muito agradeço e que me honra, manifestando a esperança de que eu me «sinta estimulado a criar outras aventuras do género». E, efectivamente, no ano a seguir a «Espíritos das Luzes» ter sido publicado iniciei a redacção do meu segundo romance, que concluí em 2014… pelo que já passaram, pois, cinco anos sem eu ter conseguido publicá-lo – apesar de, nesse espaço de tempo, ter contactado várias editoras. Algo que, juntamente com outros, e igualmente desagradáveis, factos e factores me leva(ra)m a concluir que terei chegado ao fim de um ciclo. (Também no MILhafre, Ópera do Tejo e Simetria.)

segunda-feira, dezembro 09, 2019

Ocorrência: Há 10 anos, 50 poemas de Tennyson

Hoje passam exactamente 10 anos desde a apresentação, em Lisboa, do livro «Poemas» de Alfred Tennyson, que eu seleccionei e traduzi. Na verdade, não foi a primeira mas sim a segunda apresentação daquela obra: dois dias antes, em Lagoa, estive perante membros de uma associação algarvia de imigrantes europeus (principalmente britânicos, mas não só) a falar daquele então meu mais recente projecto literário.
O evento na capital teve porém um carácter especial, não só por ter decorrido naquela que era então a sede da Câmara de Comércio Luso-Britânica (perto do Jardim da Estrela e do Cemitério dos Ingleses) mas também por contar com a participação de Paulo Lowndes Marques, que, infelizmente, faleceria apenas pouco mais de um ano depois. No entanto, pude ainda contar mais uma vez com a sua simpatia e a sua generosidade ao ter-me convidado a escrever um artigo, sobre o poeta inglês e o livro com 50 dos seus poemas que traduzi, a que dei o título «Alfred Tennyson em Portugal – Uma dupla celebração», que foi publicado no Nº 36 da revista da Sociedade Histórica Britânica de Portugal, a cuja direcção ele então presidia.   
O privilégio de poder conhecer pessoalmente Paulo Lowndes Marques não foi, todavia, a única consequência positiva de ter concebido e, mais importante, de ter conseguido concretizar a edição de «Poemas». É de recordar e registar igualmente: a recensão ao livro no Público, e a correspondente classificação de cinco estrelas; a entrevista, sobre o mesmo, no programa da Antena 1 «À Volta dos Livros» - a terceira que concedi a Ana Aranha, depois das relativas a «A República Nunca Existiu!» e a «Espíritos das Luzes»; a publicação do meu artigo «O druida de Somersby» n(o Nº 7 d)a revista Bang!; a participação numa tertúlia literária denominada «Poesia e Café», realizada em Sintra a convite de Filipe de Fiúza; e, «last but not least», o envio de exemplares – com recepção e entrega confirmadas – ao Tennyson Research Centre, instituição que é ainda a depositária, a guardiã, do espólio, dos materiais mais importantes que se relacionam com o grande poeta inglês, incluindo cartas, livros, fotografias e outros objectos.         
«Poemas» foi o segundo livro da minha autoria (neste caso, indirecta) lançado em 2009, depois de, em Abril, ter saído «Espíritos das Luzes». Aquele ano terá sido efectivamente o mais importante da minha carreira enquanto criador, pois foi também quando iniciei o blog Obamatório e obtive o meu terceiro triunfo (e quarto galardão) no Prémio de Jornalismo Sociedade da Informação. Contudo, a tradução que fiz de 50 poemas do bardo britânico destaca-se como a minha maior realização: pela originalidade – primeiro livro em língua portuguesa só com textos de Alfred Tennyson; por aparecer no momento certo – em ano não de uma mas sim de duas efemérides alusivas ao poeta; pela responsabilidade em ser fiel à letra e ao espírito das obras a adaptar. E sem esquecer o trabalho magnífico de desenho gráfico, (selecção de) ilustrações e paginação feito por Pedro Piedade Marques.