sexta-feira, setembro 23, 2005

Organização: «Nautas» registado na IGAC

Entreguei hoje, 23 de Setembro de 2005, na sede da Inspecção-Geral das Actividades Culturais, situada no Palácio Foz, em Lisboa, o requerimento de registo de direito de autor - que deu entrada sob o número 6859/05 - sobre mais uma obra: «Nautas – Fragmentos da Construção da Sociedade da Informação em Portugal» é um livro que reúne aqueles que eu considero serem os melhores e/ou os mais importantes textos jornalísticos escritos por mim durante cerca de seis anos, mais concretamente entre 1997 e 2003.
Nesse período, ao serviço das revistas Cyber.Net, Interface e Comunicações, tive a oportunidade e o privilégio de observar de perto a evolução do sector das tecnologias de informação, média e telecomunicações no nosso país, de testemunhar a construção da Sociedade da Informação em Portugal. Esse trabalho não deve ter sido inteiramente irrelevante, porque, em representação daquelas três publicações, fui distinguido - com, respectivamente, um primeiro lugar absoluto, uma menção honrosa e um co-primeiro lugar ex-aequo - em três anos consecutivos pelo Prémio de Jornalismo Sociedade da Informação, atribuído pelo anterior Ministério da Ciência e da Tecnologia.
Os três artigos premiados – intitulados «A cartilha virtual», «A vida em sociedade» e «No país dos comerci@ntes» (escrito com o meu amigo e então colega João Paulo Aires) - estão, obviamente, presentes neste livro. Que está subdividido em nove capítulos: 1) Digitalizar Portugal - Principais tarefas e projectos da Sociedade da Informação nacional; 2) Buro(ti)cracia - Planos e acções de modernização da Administração Pública; 3) O info-inimigo - À procura de soluções para o problema do ano 2000; 4) Escolas com virtualidades - Aprofundar a educação, a formação e a integração; 5) E-Uropa - Políticas da União Europeia para as tecnologias da informação e comunicação; 6) Telefones sem «fios» - Liberalização ou libertação nas telecomunicações?; 7) Empresas em linha - Comércio electrónico e economia digital; 8) Formas (d)e conteúdos - Evolução e desenvolvimento da imprensa, audiovisual e multimédia; 9) Ciber-nacionalidade - Construindo ligações electrónicas em português.
Mais do que as características e as capacidades das máquinas, o que sempre me interessou são as ideias e as iniciativas dos indivíduos e das instituições. «Nautas – Fragmentos da Construção da Sociedade da Informação em Portugal» é por isso uma obra que procura identificar as principais questões, dúvidas, soluções e polémicas que a modernização tecnológica do país tem suscitado. Esta é, enfim, uma obra que apesar de ser abrangente, não pretende ser completa ou exaustiva; seria difícil, se não impossível, alguma neste género sê-lo. Quer, isso sim, assumir-se como uma referência relevante, como um contributo, necessariamente modesto, para o registo, análise e compreensão de um processo indispensável e indissociavelmente ligado ao desenvolvimento – técnico, económico, social, cultural - de Portugal.
«Nautas – Fragmentos da Construção da Sociedade da Informação em Portugal» espera, agora, uma editora que se disponha a publicá-lo e a promovê-lo.

sexta-feira, setembro 09, 2005

Opinião: Em quem votar?

No dia 9 de Outubro de 2005 realizam-se, mais uma vez, eleições autárquicas em Portugal. E aos que ainda têm dúvidas – e também, já agora, aos que não têm - sobre em quem devem votar para Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, permito-me sugerir três critérios que poderão ajudar a uma decisão definitiva. Assim, e na minha opinião, o candidato ideal seria aquele que, em especial, e entre outros aspectos:
1 – Rejeitasse definitivamente o crescimento urbanístico como principal factor de «desenvolvimento» do concelho e recusasse claramente ser um(a) «pau-mandado(a)» dos construtores civis, nomeadamente de Eduardo Rodrigues e da Obriverca;
2 – Reconhecesse que Vila Franca de Xira não é a cidade mais importante do município, e, mesmo que não defendesse a restauração do concelho de Alverca, preconizasse a valorização institucional, económica e cultural daquela e também da Póvoa, de Vialonga e de Alhandra;
3 – Repudiasse a «festa brava» enquanto elemento fundamental da identidade do concelho e não prestasse a habitual «vassalagem» aos seus aficcionados, tanto antes como depois da votação.
Sei que é muito difícil que, entre os candidatos já conhecidos, exista um que reuna estas condições, ou qualidades. E sei que ainda mais difícil, ou mesmo impossível, seria que, existindo um, conseguisse vencer as eleições. Porém, há que tentar... e não há que desanimar. Se não for desta, quem sabe se será para a próxima? Afinal, quem aguentou quase 30 anos de incompetência pode muito bem aguentar mais quatro...