sábado, dezembro 31, 2011

Olhos e Orelhas: Terceiro Quadrimestre de 2011

A literatura: «Amesterdão», Ian McEwan; «Barranco de Cegos», Alves Redol; «Rimas Revoltantes», Roald Dahl; «Eduardo Lourenço e a Cultura Portuguesa», Miguel Real; «Bernard Prince - Guerrilha por um Fantasma» e «(...) - Objectivo Cormoran», Michel Regnier (Greg) e Hermann Huppen; «Por amor à prole», «Se acordar antes de morrer» e «O turno da noite», João Barreiros. 
A música: «Pratica(mente)», Sam The Kid; «Icky Thump», White Stripes; «From A to B», New Musik; «Another String of Hot Hits and More», Shadows; «The Best Of», Ike & Tina Turner; «Volume 1», Rat Pack (Dean Martin, Frank Sinatra, Sammy Davis Jr.); «Canção do Ribatejo», Luiz Piçarra; «Las Mejores Canciones de Julio Iglesias Hoy (Años 80-90)», Enrique Sanchez; «The Nocturnes», Frédéric Chopin (por Maria João Pires).  
O cinema: «Boa Noite, e Boa Sorte» e «Cabeças de Cabedal», George Clooney; «Guerras de Noivas», Gary Winick; «Alienígenas vs. Predador 2 - Requiem», Colin e Greg Strause; «Cacha», Woody Allen; «World Trade Center», Oliver Stone; «Princesa do Gelo», Tim Fywell; «À Prova de Morte», Quentin Tarantino; «O Espírito», Frank Miller; «Brilho Solar», Danny Boyle; «Hiroshima, Meu Amor», Alain Resnais; «Piratas das Caraíbas - Em Marés Mais Estranhas», Rob Marshall; «Vivamente Domingo!», François Truffaut; «Retiro para Casais», Peter Billingsley; «Os Sorrisos do Destino», Fernando Lopes; «O Pacto dos Lobos», Christophe Gans; «Entrelaçados», Byron Howard e Nathan Greno; «Os Guarda-Chuvas de Cherburgo» e «As Donzelas de Rochefort», Jacques Demy; «Michael Clayton», Tony Gilroy; «A Corte do Norte», João Botelho; «Por Água Abaixo», David Bowers e Sam Fell; «28 Semanas Depois», Juan Carlos Fresnadillo; «O Labirinto do Fauno», Guillermo del Toro; «Branquidão», Dominic Sena; «O Empório das Maravilhas do Sr. Magório», Zach Helm; «Singularidades de uma Rapariga Loura», Manoel de Oliveira; «Chéri», Stephen Frears; «Uma Câmara, Obscuramente», Richard Linklater; «Embate dos Titãs», Louis Leterrier; «Quatro Natais», Seth Gordon; «Thor», Kenneth Branagh.
E ainda...: Museu do Neo-Realismo - Exposição (de fotografia) «The Return of The Real 16/"A Figura"» de Pedro Loureiro + Exposição (documental biobibliográfica alusiva ao centenário do nascimento de) «Alves Redol - Horizonte Revelado»; FNAC Centro Comercial Colombo/Publicações D. Quixote - Apresentação do livro «A Guerra dos Mascates» de Miguel Real, com Inocência Mata + Exposição «"José e Pilar"/Fotografias da Rodagem do Documentário» de Mário Costa e de Susana Paiva; FNAC Chiado - Exposição «"O Barão" - Fotografias» de Luís Branquinho; Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa/Sociedade Histórica (Palácio) da Independência de Portugal - Congresso Internacional «Portugal no Tempo de Fialho de Almeida (1857-1911)»; Livraria LeYa Barata/Oficina do Livro - Apresentação do livro «O Espião Alemão em Goa» de José António Barreiros, com António Ramalho Eanes; Centro de Artes Dramáticas de Oeiras/Câmara Municipal de Vila Franca de Xira (Palácio do Sobralinho) - Exposição «1910: Memórias do Teatro»; Grupo de Artistas e Amigos da Arte/Câmara Municipal de Vila Franca de Xira (Celeiro da Patriarcal) - I Bienal de Artes Plásticas; Biblioteca Nacional de Portugal - Mostra «David Perez (1711-1778)» + Mostra Documental «Fado - Património Cultural Imaterial da Humanidade» + Mostra «Viagens pela Escrita - 100 Anos de Turismo em Portugal» + Exposição «A Torre - Fotografias de Duarte Belo» + Exposição «Nulla Dies Sine Linea - Desenho Espanhol Contemporâneo» + Exposição «Orlando Ribeiro (1911-1997) - Ponto de Partida, Lugar de Encontro»; Arquivo Nacional Torre do Tombo - Exposição «Dionisius Rex: Documentos de D. Dinis na Torre do Tombo»; Fundação Calouste Gulbenkian - Exposição «A Perspectiva das Coisas - A Natureza-Morta na Europa/Séculos XIX-XX (1840-1955)» + Cerimónia Pública de Entrega dos Prémios Plataforma Imigração 2011.                 

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Opções: Pelo 1º de Dezembro

Já assinei a petição «Para a manutenção do feriado oficial do 1º de Dezembro evocativo da restauração da independência de Portugal», promovida pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal. Quem quiser fazer o mesmo deve ir aqui. Para que os portugueses não percam aquela que é uma das duas datas mais festivas do último mês do ano. Porque ainda temos o Natal… por enquanto. (Informação e sugestão dadas também no Esquinas (110).) 

sexta-feira, dezembro 16, 2011

Ocorrência: Prémio Imigrante do Ano

Estive hoje na Fundação Calouste Gulbenkian para assistir à entrega dos prémios da Plataforma Imigração referentes a 2011. Que são dois: o de Distinção de Melhores Prácticas Autárquicas (em integração de imigrantes), atribuído a Câmaras Municipais – este ano as de Cascais e de Loures foram as vencedoras, tendo as de Mirandela e de Cascais recebido menções honrosas; e o de Empreendedor Imigrante. Mas foi especificamente este o que me levou à FCG – porque a vencedora é uma pessoa da minha família e o seu triunfo, inteiramente merecido, deixou-nos imensamente orgulhosos. António Vitorino foi o presidente do júri deste prémio, tendo feito igualmente, nesta cerimónia, a apresentação e o elogio do percurso pessoal e profissional da premiada: Yuliya Pozdniak. Minha cunhada? Prefiro chamá-la de irmã. (Ver referências na Antena 1, no Destak, no Público e na RTP 1.)

segunda-feira, dezembro 05, 2011

Outros: Livros para o Natal…

… E não só, porque podem e devem ser adquiridos e oferecidos durante todo o ano, são os que agora recomendo, da autoria recente de amigos e de conhecidos: «Cristianismo Iniciático» e «O Sangue e o Fogo», António de Macedo; «Batalha», «É de Noite que Faço as Perguntas» (com André Coelho, Daniel Silva, João Maio Pinto, Jorge Coelho e Richard Câmara) e «O Pequeno Deus Cego» (com Pedro Serpa), David Soares; «O Espião Alemão em Goa» e «Levante-se o Véu! – Reflexões sobre o Exercício da Justiça em Portugal» (com Álvaro Laborinho Lúcio e José Braz), José António Barreiros; «Os Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa – Os Melhores Contos do Século XX», (organização de) Luís Filipe Silva; «Vencer ou Morrer», Mendo Castro Henriques; «A Guerra dos Mascates», «Introdução à Cultura Portuguesa» e «O Pensamento Português Contemporâneo 1890-2010», Miguel Real; «A Via Lusófona» e «Fernando Nobre – Diário de uma Campanha», Renato Epifânio. (Recomendações dadas também no Esquinas (108) e no MILhafre (46).)  

quarta-feira, novembro 30, 2011

Obituário: Victor Cavaco

Tinha apenas 43 anos… Faleceu ontem em Lisboa, e foi cremado hoje em Almada, o meu amigo e ex-colega Victor Cavaco. E, faz hoje um mês, ele foi uma das ausências mais sentidas num jantar que alguns ex-alunos de Sociologia do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa organizaram para assinalar os 25 anos da entrada naquela licenciatura. Porém, já então ele estava muito doente…
Há pessoas, poucas, que sabemos, e podemos e devemos dizê-lo, que mudaram a nossa vida. De uma forma talvez imperceptível mas indubitável. Para mim o Victor foi uma dessas pessoas. Se hoje talvez me evidencio enquanto «empreendedor cultural» multi-tarefa e versátil, é porque comecei a sê-lo por causa dele; foi graças a ele e a outro grande amigo e ex-colega, Rui Paulo Almas, que eu e mais alguns dos nossos entraram em 1988 na Associação de Estudantes do ISCTE, até aí monopolizada pelos alunos de Gestão. E onde deixámos a nossa «marca» ao iniciarmos e desenvolvermos várias actividades, entre as quais: o jornal da associação, o DivulgACÇÂO (o motivo principal da minha admissão na AEISCTE, devido à minha experiência anterior no Notícias de Alverca); colóquios e exposições; o 1º Encontro Nacional de Estudantes de Sociologia; e as nossas presenças e participações (quase sempre resultantes de eleições) em órgãos académicos, tanto internos ao ISCTE – Conselho Directivo, Assembleia de Representantes – como externos – a Associação Académica de Lisboa, para cujos órgãos sociais tanto o Rui como o Victor foram eleitos em 1989.
O empreendedorismo do Victor não se restringiu ao âmbito escolar: também no âmbito profissional deu provas, ao ter sido um dos fundadores do Instituto de Estudos Sociais e Económicos – onde trabalhei durante algum tempo (a convite dele) – e da Spirituc IA – que realizou graciosamente (por decisão dele) um estudo de mercado sobre o meu projecto MAR. Quando foi preciso pude sempre contar com o seu apoio. E até n’«Os Novos Descobrimentos» ele aparece, porque foi um dos co-autores (comigo, com o Rui e com o Luís Ferreira Lopes) do artigo/manifesto «Comunidade lusófona: para que te quero?», publicado no Diário Económico em 1996 e que integra aquele livro.
Hoje, ao sair do cemitério, recordava com outro amigo e «iscteano», Filipe Vieira, que eu tinha oferecido ao Victor, num dos seus aniversários, um disco editado originalmente no ano em que ele nascera: «Beggars Banquet», dos Rolling Stones. A canção que o encerra chama-se «Salt of the Earth». Todos nós somos pó e cinza… mas nem todos são sal da terra.   

quarta-feira, novembro 23, 2011

Orientação: Entrevista ao «E:2»

Está já disponível a entrevista que concedi ao programa televisivo «E:2», da RTP2, no seu canal próprio do YouTube. Transmitida originalmente no passado dia 25 de Outubro, teve como pretexto e tema principal o meu livro «Espíritos das Luzes», mas serviu também para uma reflexão sobre a História de Portugal; está dividida em quatro partes, pelo que se deve ver a emissão até ao fim. Agradeço, mais uma vez, à equipa de estudantes da Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa, o convite e a oportunidade que me concederam. (Divulgação também no Esquinas (107), no MILhafre (45) e no blog Simetria. Referências igualmente na 1001 Mundos, no blog Os Meus Livros e no Rascunhos.) 

sexta-feira, novembro 18, 2011

Orientação: Sobre o fantástico, no Público

«O fantástico é o género dominante na literatura portuguesa» é o subtítulo, e a tese, do meu artigo «A nostalgia da quimera», a partir de hoje disponível no Público (Online). Um excerto: «Não tanto pelo número dos seus livros mas mais pelo impacto e influência daqueles, o fantástico assume-se como o género dominante na (história da) literatura portuguesa – muito mais importante do que categorias ou épocas como o iluminismo, romantismo, realismo, modernismo, neo-realismo, pós-modernismo e outros “ismos”.» (Divulgação também no Esquinas (106), no MILhafre (44) e no blog Simetria. Referências igualmente em Bad Books Don't ExistBlogtailors, 1001 Mundos, blog Os Meus Livros e Rascunhos.)    

segunda-feira, novembro 14, 2011

Opções: Contra os feriados…

… De 10 de Junho e de 5 de Outubro votei hoje no inquérito que o jornal Público está a efectuar electronicamente, sob a pergunta «De que feriados abdicaria?» Para aqueles que ainda desconhecem as minhas opiniões sobre o (actual) «Dia de Portugal» e a República, aproveito para recordar artigos que escrevi e que publiquei – no Público! – sobre aqueles temas, especificamente este e este. (Informação, e recomendação, dadas também no Esquinas (105) e no MILhafre (43).)   

quarta-feira, novembro 09, 2011

Organização: Esclarecimento sobre o FF

Ao contrário do que é dito no artigo «Fantasias de Telheiras», escrito por João Morales e publicado na edição de Novembro (Nº 104) da revista Os Meus Livros, e mais especificamente na página 29, informo, e esclareço, que não estarei presente no Fórum Fantástico 2011 – nem como participante nem sequer enquanto espectador. Pode-se consultar o programa definitivo da iniciativa aqui. Porém, confirmo que chegou a haver contactos nesse sentido, com base numa ideia, numa sugestão minha para um painel/tema/sessão que é, efectivamente, a referida naquele texto. O motivo da minha ausência será, possivelmente, revelado oportunamente. (Esclarecimento dado também no blog Simetria.)

terça-feira, novembro 01, 2011

Observação: David e os «Golias»

Hoje, mais um (infeliz) aniversário do Terramoto de 1755, e num ano em que se assinalam os 300 do nascimento de David Perez, compositor italiano que viria a influenciar enormemente a evolução da música em Portugal. Nascido em Nápoles e falecido em Lisboa (em 1778), Perez veio para o nosso país a convite do Rei D. José. Principal maestro e autor da Corte, professor de princesas (entre elas a futura Rainha D. Maria I) e de Luísa Todi, criador de vastíssima obra tanto profana como sacra, foi também dele a música da ópera (drama) que estreou a Ópera (edifício) do Tejo.
Assim, e à semelhança do que tentei fazer em relação a Alfredo Keil, procurei, desde 2007, congregar esforços e recursos no sentido de gravar e publicar em disco(s), e pelo menos, «Alexandre na Índia». Com o maestro Jorge Matta elaborei um plano/orçamento e ambos contactámos o Instituto Italiano de Cultura de Lisboa, e, depois, duas importantes empresas italianas, multinacionais, que operam em Portugal, uma do sector financeiro e outra do sector automóvel. Porém, e infelizmente, nenhuma daquelas três entidades se mostrou disponível para apoiar, para financiar o projecto. No entanto, deve-se esclarecer que por parte do IICL havia interesse mas não dinheiro, exactamente o contrário por parte das duas empresas – dois «Golias» empresariais que não quiseram ajudar a recordar, e a homenagear, um «David»… seu compatriota. 
Todavia, e felizmente, o tricentenário do compositor acabou por ser celebrado. Em Portugal, através do colóquio internacional «David Perez e a Música da sua Época – 1711-1778», que decorreu entre 21 e 23 de Outubro no Museu de Aveiro e foi organizado pelo Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Em Espanha, através da execução e da gravação, pela Real Companhia Ópera de Câmara (de Barcelona), de uma outra ópera sua, «Solimano» - que terá estreado em 1757 no Teatro da Ajuda, em Lisboa. (Evocação também no Esquinas (104) e no MILhafre (42).) (Adenda: também a Biblioteca Nacional decidiu celebrar os 300 anos do nascimento do compositor.) 

quarta-feira, outubro 26, 2011

Ocorrência: Eu na RTP2

Foi ontem, terça-feira (25 de Outubro), transmitida na RTP2, no programa «E:2», uma entrevista comigo, concedida a 23 de Setembro, a propósito do meu livro «Espíritos das Luzes». Na verdade, e de certo modo, foi já hoje, quarta-feira (26 de Outubro), porque a emissão começou por volta das duas horas da manhã…
… E não avisei antecipadamente aqui porque não fui informado previamente pela equipa da Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa, que produz o programa, da data de transmissão. Ou seja, também não o vi, e estou a aguardar que me enviem a respectiva gravação e/ou a ligação para um sítio na Internet que a contenha. Assim que o souber, procederei à sua divulgação.
Impõe-se esclarecer que a oportunidade para esta entrevista surgiu na sequência de uma outra, feita para o mesmo programa, à minha amiga Cristina Flora, e em que ela aproveitou para recomendar, com outros dois livros, o meu. Agora foi a minha vez de retribuir a cortesia, recomendando o seu livro «A Inconstância dos teus Caprichos», e ainda «A Mitologia Portuguesa», de Sérgio Franclim, e «Esoterismo da Bíblia», de António de Macedo.  

terça-feira, outubro 18, 2011

Observação: «Três» Marquesas

Dois livros, dois «romances históricos» que têm ambos como protagonista D. Leonor de Almeida, Marquesa de Alorna, foram publicados neste ano de 2011 com poucos meses de intervalo… e ambos por editoras do grupo LeYa: «As Luzes de Leonor», de Maria Teresa Horta, pela D. Quixote; e «Marquesa de Alorna – Do Cativeiro de Chelas à Corte de Viena», de Maria João Lopo de Carvalho, pela Oficina do Livro.
Este facto não passaria de uma coincidência, de uma curiosidade, não fossem relatos recentes feitos nomeadamente por Eduardo Pitta, José Paulo Fafe, Pedro Santana Lopes e Rodrigo Moita de Deus que referem a existência de uma polémica algo «subterrânea» em que certos quadrantes como que consideram a obra de Maria Teresa Horta (descendente da Marquesa) a «legítima», e a de Maria João Lopo de Carvalho (pertencente à família que adquiriu um palácio e propriedade que foram outrora da Marquesa) a «ilegítima»… e que, em consequência, estará a ser alvo de um boicote organizado (ou quase) que a impede de ser (mais) divulgada na comunicação social. Não se trata, de modo algum, de uma «punição» por (uma suspeita de) plágio, mas sim, tudo o indica, de mais uma demonstração da discriminação que também existe, e de que maneira, no «meio literário português»: Horta é de «esquerda», foi uma das «Três Marias»; e Carvalho é de «direita», é amiga do antigo primeiro-ministro de Portugal e antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa. A existir tal «campanha», isso não me surpreende. Já ando nisto há demasiado tempo para saber que tem mais probabilidades de ser publicado, publicitado e (em especial) premiado quem corresponder a um certo perfil, quem obedecer a determinada(s) fidelidade(s), enfim, quem se mostrar social, política e culturalmente «correcto».    
Porém, há outro motivo, para mim mais importante, para abordar este assunto: é que em 2009, e por uma terceira editora do grupo LeYa (Gailivro/1001 Mundos), foi publicado outro livro em que a Marquesa de Alorna surge, se não como um(a) d(o)as protagonistas principais, pelo menos como a primeira das secundárias: o meu «Espíritos das Luzes». Apesar do cenário de fantasia proporcionado pelo «planeta Portugal», a D. Leonor que nele se encontra é a «genuína» - não só por serem mesmo suas as palavras que ela pronuncia na narrativa mas também por naquela se evidenciar, e potenciar, a sua inteligência e a sua independência, a sua ética e a sua estética. Enfim, uma mulher extraordinária que teve uma vida extraordinária… e que merece muitos livros. (Reproduzido no Esquinas (103) e no MILhafre (41).) (Adenda: eu não disse?) 

sexta-feira, outubro 07, 2011

Outros: «Espíritos…» em oferta

No blog da 1001 Mundos a partir de hoje, e até segunda-feira, estão disponíveis exemplares de três livros, editados por aquela chancela do Grupo LeYa, para oferecer a outros tantos leitores que se mostrarem interessados. Um desses livros é o meu «Espíritos das Luzes»; os outros são «As Atribulações de Jacques Bonhomme», de Telmo Marçal, e «Se Acordar Antes de Morrer», de João Barreiros. Basta enviar uma mensagem de correio electrónico… e esperar. (Adenda: com uma semana de atraso, foram finalmente divulgados os nomes dos contemplados.)

quarta-feira, outubro 05, 2011

Observação: Eu e os Alfredos

Desde há mais ou menos quatro anos que sou «assombrado» (no bom sentido) por, entre outros «fantasmas» (excelentíssimos), dois homens chamados Alfredo, ambos nascidos no século XIX, um inglês e outro português (embora filho de alemães). Um, Alfred Tennyson, escritor, morreu a 6 de Outubro de 1892; o outro, Alfredo Keil, compositor e pintor, morreu a 4 de Outubro de 1907. Pelo que hoje, 5 de Outubro, me parece ser o dia ideal para escrever novamente sobre estes dois grandes artistas, em relação aos quais decidi que queria fazer mais além de admirar as suas vidas e obras.
Sobre Alfred Tennyson os meus esforços resultaram em sucesso. Escrevi e consegui publicar (50 d)os seus «Poemas» em 2009 – ano do bicentenário do seu nascimento e dos 150 anos da sua visita a Portugal. O livro com as minhas traduções foi o primeiro editado em língua portuguesa exclusivamente com obras daquele autor; recebeu do jornal Público a classificação máxima (cinco estrelas); exemplares foram enviados para o Tennyson Research Centre, em Inglaterra; e tive a honra de contar com a presença e a participação do saudoso Paulo Lowndes Marques na apresentação, feita na Câmara de Comércio Luso-Britânica, em Lisboa. Onde, porém, não compareceu o então embaixador do Reino Unido em Lisboa. Hoje não tenho qualquer dúvida: Alexander Ellis não quis estar presente; nunca se mostrou interessado apesar de lhe ter sido comunicado que marcaríamos uma data adequada à sua disponibilidade; nem sequer se mostrou receptivo em receber-me para lhe oferecer um exemplar. Note-se que ele não deixou de assinalar os 40 anos dos Monty Python (!) e… os 200 da Batalha do Buçaco – acontecimento marcante para a Guerra Peninsular e para o Duque de Wellington, que Tennyson elogiou. Pergunto: porque é que um representante máximo de um país rejeita tão ostensivamente uma homenagem feita a um dos maiores artistas desse mesmo país? Respondo: porque um poeta laureado que encarnou e cantou a Inglaterra imperial constitui hoje um embaraço politicamente incorrecto para «progressistas» dados ao multiculturalismo. No entanto, a má educação de um deles não foi suficiente para estragar o meu êxito.      
O mesmo já não posso dizer sobre Alfredo Keil, em que os meus esforços resultaram em fracasso. O meu objectivo era (e ainda é…) a edição de (mais) discos com gravações de obras do autor d’«A Portuguesa». E, como não sou músico, teria de recorrer a outras pessoas e a outras entidades. Assim, contactei, entre outras, a Câmara Municipal de Sintra, a Mineraqua (empresa proprietária das águas Castello, para as quais Keil compôs uma valsa), o Museu da Música (que tem no seu espólio instrumentos e partituras que foram de Keil), a Numérica (companhia discográfica que tem a concessão da colecção PortugalSom), a RTP/Antena 2 (que tem registos de espectáculos com músicas de Keil), o Teatro Nacional de São Carlos… Practicamente todas me disseram ter interesse pelo projecto… mas não outro elemento fundamental: dinheiro. Este poderia e deveria vir do Estado e, sim, da República… da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República. Afinal, se os criminosos maçons e carbonários de Afonso Costa não hesitaram em roubar para o seu regime a marcha de Keil, os seus «herdeiros e sucessores» poderiam e deveriam, pelo menos, fazer por ele algo de meritório com uma (pequena) parte dos dez milhões de euros do seu orçamento, e não apenas gastá-los em propaganda. Falei sobre o assunto com duas pessoas ligadas à CNCCR… sem resultados. Todavia, uma outra havia com especial obrigação na divulgação dos trabalhos de Keil: a então ministra da Cultura Gabriela Canavilhas, que, enquanto pianista, participou na gravação do único disco existente com peças daquele artista!
Tanto Alfred Tennyson como Alfredo Keil são, em circunstâncias diferentes e em modos distintos, exemplos de criadores que com o passar dos anos foram sendo cada vez menos valorizados pelos seus países. Estes, hoje, não são dignos deles. Não só por não os honrarem devidamente, mas também por terem «evoluído» para formas e apresentarem aspectos de que decerto aqueles dois homens se envergonhariam. (Evocação também no Esquinas (102) e no MILhafre (40).)

Oráculo: «A República… 2» em 2012?

Afinal, e tal como 2010, 2011 também não vai ser o ano em que foi editado o Volume 2 de «A República Nunca Existiu!» Apesar de não ser o «culpado» pelo facto, sou o primeiro responsável pelo projecto, pelo que devo pedir desculpas aos leitores por até agora ter feito promessas que não foram cumpridas.
O motivo para este (mais um) incumprimento dos prazos anunciados é o atraso por parte de alguns autores na entrega dos seus contos – alguns dos quais já foram convidados há pelo menos um ano e meio! No momento em que publico este texto, oito já me enviaram os seus contributos, pelo que faltam seis para que «A República Nunca Existiu! – Volume 2» alcance a dimensão ideal – ou seja, 14, o número dos que integraram o Volume 1, lançado em 2008.
Considerando o que tem acontecido, não será pois aconselhável voltar a apontar uma data para a publicação do livro. Espero, e farei o que for possível, para que isso aconteça, finalmente, em 2012. 

Orientação: «Bicentenário» no Obamatório

O Obamatório, o meu outro blog, atingiu ontem as 200 entradas com o texto intitulado «Mais um? Quem diria!». Mais de dois e anos e meio depois de ter começado (a 20 de Janeiro de 2009, dia da tomada de posse do actual presidente norte-americano), a sua designação e os seus objectivos continuam válidos: «Um repositório de informações e de opiniões sobre Barack Hussein Obama em particular, e sobre a sua presidência, a política e a sociedade dos Estados Unidos da América em geral, que não são dadas habitualmente na comunicação social portuguesa, e não só. Um observatório da censura e da propaganda. Um laboratório contra a hipocrisia e a histeria.» Quem quiser saber o que realmente acontece(u) do outro lado do Atlântico deve consultá-lo continuamente… e visitar os seus arquivos.

sábado, outubro 01, 2011

Orientação: SS com 300!

Hoje, Dia Mundial da Música, é mais uma vez a data mais indicada para a apresentação da nova versão – a sexta – da Simetria Sonora. Mais 50 títulos foram acrescentados, pelo que são agora 300 discos de FC & F! A ler... e a ouvir. (Referência no Rascunhos.)

sábado, setembro 24, 2011

Outros: Novo Rumo em Angola

A partir deste terceiro quadrimestre de 2011 há em Angola um novo órgão de comunicação social: a revista Rumo, publicação mensal sobre «negócios, conhecimento e estilo de vida». Que vai procurar «revelar os projectos empresariais e governamentais que estão a mudar» aquele país, nas províncias e não apenas na capital, e «mostrar as empresas de sucesso que fazem crescer a economia».
Resultado de uma parceria entre a Finicapital e a Impresa, a Rumo tem como director-executivo Luís Ferreira Lopes, meu amigo de há mais de 25 anos, com quem me iniciei no jornalismo (em 1985, no Notícias de Alverca) e escrevi o livro «Os Novos Descobrimentos», editado em 2006. Até recentemente editor de economia na SIC Notícias, ele decidiu imprimir uma grande viragem na sua vida aos níveis pessoal e profissional… juntamente com a sua esposa, Rosália Amorim, editora-chefe da Rumo e que desempenhou funções semelhantes tanto na Exame como no Expresso. Agora mudaram-se com «armas e bagagens»… e dois filhos para Luanda.
Deles se pode e deve esperar competência, dinamismo, independência e profissionalismo nas suas novas funções. Aquele país africano, tão distante mas tão próximo de nós, com tanto potencial mas ainda carente de muito do que é essencial, vai beneficiar bastante com a presença de ambos. Bom trabalho e boa sorte é o que eu lhes desejo. (Divulgação também no Esquinas (101) e no MILhafre (39).)

quinta-feira, setembro 15, 2011

Observação: Da pátria, a língua

Neste mês de Setembro de 2011, mais concretamente a 1 e a 12, devido a documentos legislativos com essas datas, assinala(ra)m-se os 100 anos de mais uma catástrofe decorrente da insurreição republicana de 5 de Outubro de 1910: a reforma ortográfica de 1911, que constituiu uma autêntica «Caixa de Pandora», o «pecado original» para todos os problemas e discussões neste âmbito que desde então se sucederam e que ainda hoje, e cada vez mais – por causa do abominável «aborto (acordo) ortográfico» de 1990 – nos atormentam.
Não serão muitos os que sabem que foi em contestação a este (agora centenário) crime contra a cultura que Fernando Pessoa escreveu que «minha pátria é a língua portuguesa». Aliás, o autor de «Mensagem» viria a criticar, com – justificada – violência verbal, todos os republicanos e todos os outros atentados, de vários tipos, que aqueles practicaram, como verdadeiros terroristas que eram, e que deixaram o país pior do que estava com a Monarquia. Mas as hordas de Afonso Costa não se «limitaram» a prender, a bater, a matar, a destruir, a censurar: genuínos extremistas e fanáticos, alteraram, mais do que muitos nomes de avenidas, largos, praças e ruas, os símbolos culturais da nação: novo hino, nova bandeira – que o poeta da Orpheu (des)classificou como «ignóbil trapo» - e… nova ortografia.
Neste último século muito se tem discutido e escrito sobre a educação em Portugal, os seus sucessos e fracassos, os seus progressos e regressões. Frequentemente ainda, fala-se do «condicionamento escolar» do Estado Novo e do elevado analfabetismo que permitiu ou até que incentivou. Porém, é raro apontar-se a culpa aos primeiros republicanos, que, preconizando uma revolução (mais uma…) no ensino no sentido da sua massificação, acabaram por fracassar, também, neste domínio. Disso uma causa é hoje indiscutível: a hostilização, através de perseguições individuais e de expropriações patrimoniais, da Igreja Católica, que dispunha de uma presença e de uma influência determinantes em toda a infra-estrutura lectiva. Mas há outra causa primordial para o nosso atraso educativo e cultural: precisamente, a reforma ortográfica de 1911, que, pelo seu radicalismo, pelas súbitas e generalizadas alterações que introduziu, pela confusão que inevitavelmente espalhou, pela inutilização (tornando-os «antiquados», «obsoletos», «ultrapassados») de tantos livros, jornais, revistas e outros materiais impressos então existentes, condicionou decisivamente… e negativamente esta área – fulcral, fundamental – nas décadas seguintes. Quem é que é capaz de provar que as sucessivas acções de «simplificação» da ortografia realizadas durante o último século, e o cada vez menor grau de exigência resultante daquelas, não foram factores de constrangimento do nosso desenvolvimento intelectual, tanto individual como colectivo?
Poder-se-ia pensar que, num momento em que o país está tão fragilizado, quer económica quer socialmente, seria evidente para o Estado que um potenciador de ainda maior insegurança como é o AO fosse cancelado ou, pelo menos, suspenso. Mas não: hoje, a mesma ameaça volta a pairar sobre nós. Já fomos penalizados e prejudicados no passado recente por vários «experimentalismos» e «vanguardismos» na aprendizagem. Nada, no entanto, que se compare com o que agora querem obrigar-nos a aceitar: os alunos do presente – bem como os seus pais e encarregados de educação – estão em risco de sofrer os efeitos devastadores da maior acção de sabotagem comunicacional da História de Portugal. A eles se pede, também, contestação, desobediência, resistência. Eu, que tenho três filhas menores de idade, irei fazer isso… por elas, por mim, por todos. E muitos, muitos mais portugueses – muita(o)s mais… Pessoas! – irão fazer o mesmo e impor a sua vontade democrática na defesa da pátria, a língua. Porque, ao contrário de 1911 e de 1945 (ano do primeiro «acordo ortográfico»... que o Brasil viria a renegar), já não estamos em ditadura. Ou será que estamos? João Malaca Casteleiro, que é tão parecido com António Oliveira Salazar, provavelmente pensa que sim. Tal como os outros partidários deste autêntico fascismo linguístico. (Reproduzido também no Esquinas (100) e no MILhafre (38), referências (indirectas) no Portugal dos Pequeninos e no Causes/Pela Língua Portuguesa contra o «Acordo»!.)

domingo, setembro 11, 2011

Observação: Foi há dez anos

«Tinha acabado de vir do almoço, passava pouco das 14 horas. Numa outra sala, perto da minha, estava um televisor ligado. Já não me lembro em que canal estava sintonizado, mas creio que se estabelecera uma ligação em directo após o embate do primeiro avião; ainda não se sabia o que acontecera, não havia certezas, mas pensava-se, dizia-se, que fora um acidente. Por pouco tempo: quando o segundo avião veio… as dúvidas dissiparam-se.» Porque o que aconteceu há dez anos nos Estados Unidos da América afectou todo o Mundo… e a mim, destaco aqui o texto que coloquei hoje no meu (outro) blog Obamatório. (Referência também no Esquinas (99).)

quarta-feira, agosto 31, 2011

Olhos e Orelhas: Segundo Quadrimestre de 2011

A literatura: «21 Noites», Prince e Randee St. Nicholas; «Alex 9 – A Coroa dos Deuses», Martin S. Braun; «Batalha», David Soares; «O Vício em Lisboa – Antigo e Moderno», Fernando Schwalbach; «História de Juliette, ou as Prosperidades do Vício», Donatien Alphonse François de Sade; «Eterno Viajante», Sérgio Franclim; «O Piloto sem Rosto», Jean Graton; «Disney no céu entre os Dumbos», João Barreiros; «O enxadrista», Ozias Filho.
A música: «Reptile», Eric Clapton; «Stranded», Roxy Music; «A Cantiga É Uma Arma», «Pois Canté!!», «… E Vira Bom» e «Ronda de Alegria!!», Grupo de Acção Cultural/Vozes na Luta; «Pulse», Pink Floyd; «Kings Of The Wild Frontier», Adam And The Ants; «Tron Legacy», Daft Punk; «Sementes do Fado», António da Silva Leite, José Acuña, Manuel José Vidigal, Marcos Portugal, e outros (pel’Os Músicos do Tejo).  
O cinema: «Fica Smart», Peter Segal; «Assalto ao Santa Maria», Francisco Manso; «O Leitor», Stephen Daldry; «Munique», Steven Spielberg; «Isabel – A Idade Dourada», Shekhar Kapur; «Corações na Atlântida», Scott Hicks; «Senhora na Água», M. Night Shyamalan; «Guerra de Charlie Wilson», Mike Nichols; «Robin Hood», Ridley Scott; «Basterdos Inglórios», Quentin Tarantino; «Homens-X – Primeira Classe», Matthew Vaughn; «Olho de Águia», D. J. Caruso; «RocknRolla», Guy Ritchie; «A Invasão», Oliver Hirschbiegel; «Séraphine», Martin Provost; «Eclipse», David Slade; «Os Falsários», Stefan Rusowitzky; «Como Treinar o teu Dragão», Chris Sanders e Dean DeBlois; «Vencer», Marco Bellocchio; «O Bom Alemão», Steven Soderbergh; «Expiação», Joe Wright; «Harry Potter e as Alfaias Mortais – Parte 1», David Yates; «A Princesa e o Sapo», John Musker e Ron Clements; «Cartas a Julieta», Gary Winick; «Mal Residente – Extinção», Russell Mulcahy.
E ainda...: Reitoria da Universidade de Lisboa - Exposição «100 Imagens da Univer(c)idade/Lisboa e a sua Universidade em Fotografias do Arquivo Histórico Municipal»; Arquivo Nacional Torre do Tombo/Fundação da Casa de Bragança - Exposição «D. Carlos I Fotógrafo Amador/Mostra do Arquivo Fotográfico do Paço Ducal de Vila Viçosa»; APEL - 81ª Feira do Livro de Lisboa; Secretaria Geral e Arquivo Contemporâneo do Ministério das Finanças - Exposição «A Lei da Separação/Estado e Igrejas na República»; Biblioteca Municipal de Vila Franca de Xira - Exposição Colectiva da Associação de Artistas Plásticos do Concelho de V. F. X. (Alexa Jesus + António Maria + Manuel Campino + Rogério Araújo); Museu do Neo-Realismo - Exposição do Centenário de Manuel da Fonseca «Por Todas as Estradas do Mundo»; Câmara Municipal de Vila Franca de Xira/Celeiro da Patriarcal - Exposição «A Rota Histórica das Linhas de Torres/Um Património a Descobrir»; Museu Municipal de V. F. X. - Exposição «O Foral Manuelino de Vila Franca de Xira»; Câmara Municipal de Loulé/Galeria de Arte Praça do Mar - Exposição «Praia de Quarteira - Um Século de Evolução Turística»; Museu do Louvre; Museu das Artes Decorativas; Museu de Orsay; Museu Eugéne Delacroix; Hotel dos Inválidos/Museu do Exército (de França); Museu Grévin; Disneyland Paris.        

segunda-feira, agosto 08, 2011

Orientação: Para «reconquistar», no Público

Na edição de hoje (Nº 7793) do jornal Público, e na página 29, está o meu artigo «Reconquistar Portugal». Um excerto: «É de perguntar se aqueles a quem foi atribuída a tarefa de “vender” o nosso país ao estrangeiro não a terão entendido de um modo… demasiado literal. Não é inevitável que para publicitar Portugal se tenha de “meter na gaveta” o amor-próprio (individual e colectivo), a noção de dignidade, o orgulho patriótico… e o sentido do ridículo. No entanto, são já demasiados os exemplos desse tipo de “conversão”.» (Referência também no Esquinas (98) e no MILhafre (37).)  

terça-feira, julho 26, 2011

Outros: Uma «porta» para os «Espíritos…»

Paulo Brito, no seu sítio Porta VIII, inseriu hoje uma referência ao meu livro «Espíritos das Luzes», e em que faz a seguinte apreciação: 
«“Espíritos das Luzes”, de Octávio dos Santos, é uma obra muito densa – plena de camadas e que recomendo vivamente. Foi um livro que à primeira leitura coloquei de lado – o facto das personagens reais “falarem” com os textos originais tornou em algumas páginas a leitura mais difícil. Reconheço que a leitura seria mais fluída se os textos estivessem “traduzidos” para um português moderno, mas a estarem perdia-se a mais-valia e originalidade da obra. Ultrapassada esta dificuldade é-nos relevado um planeta Portugal inteligentemente alternativo que compensa descobrir.»
(Esta breve recensão é também referida no blog Rascunhos.) 

domingo, julho 24, 2011

Orientação: Todas as Comunicações

O sítio na Internet da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações já começou a disponibilizar digitalmente todas as edições da revista da instituição, a Comunicações – onde eu trabalhei, enquanto redactor, durante quatro anos, mais concretamente entre o Nº 90/Fevereiro 1999 e o Nº 140/Abril 2003. A visitar, consultar… e recordar.

segunda-feira, julho 11, 2011

Observação: O francês é «arcaico»!

O Embaixador de Portugal em França, Francisco Seixas da Costa, escreveu e publicou no jornal francês Les Echos, a 8 de Julho, o artigo «Les efforts du Portugal sont bien mal récompensés...», sobre a redução, pela empresa Moody’s, do «rating» da dívida pública portuguesa para o nível Ba2 (equivalente a «junk», isto é, lixo). Ele divulgou esta intervenção no seu blog Duas ou Três Coisas, onde eu deixei o seguinte comentário:
Sinto-me no dever de expressar a minha mais «sincera» «solidariedade» ao Senhor Embaixador Francisco Seixas da Costa. Apenas posso imaginar – e levemente! – o quanto lhe terá custado escrever este artigo.
Não só pelo tema: de facto, é muito difícil, é mesmo trágico, comentar a desqualificação do país natal para a categoria «lixo» - algo que, pensando bem, representa  a consequência lógica de cem anos de regime republicano (que «magnífica» maneira de encerrar as comemorações!) e em que predominaram «homens de avental» - logo, habituados a lidar com vários tipos de sujidade. Mas também, e precisamente, pela forma de o escrever: então não é que o Senhor Embaixador, emérito defensor e seguidor do «acordo ortográfico» da língua portuguesa, se vê obrigado a utilizar essa «arcaica», «obsoleta», «ultrapassada» língua francesa, em que abundam as consoantes «mudas», os acentos e ainda as vogais e as consoantes repetidas?
Sim, eu sei, são os «ossos do ofício», os «sacrifícios» que se têm de fazer quando se representa Portugal. Mas, caramba, há coisas que são de mais! Atente-se em algumas das palavras presentes no artigo do Senhor Embaixador, cada qual, acredito, uma autêntica punhalada que desferiu no seu coração luso-tropical: «atteindre», «annoncée», «nouvelles», «objectif», «effets», «accepté», «accord», «européennes», «apparu», «dette», «immédiats», «privées», «étonée», «actuelle», «années», «mettre», «meilleure», «cette», «laquelle», «effort», «ailleurs», «différente», «acteurs», «donnaient», «successives», «apporter», «ponctuelles», «elles», «restructuration», «regrettable». Não faltou até – ignóbil insulto auto-infligido! – essa relíquia secular que é «cacophonie», que, com o seu «ph» (não alcalino), é parente distante das nossas «pharmacia» («pharmacie») e «physica» («physique»), «palavras-parasitas» que os nossos «gloriosos» revolucionários de 1910 não tardaram em exterminar.
Sim, o francês já foi a língua da cultura e da civilização. Agora… é a decadência! Lamentável! Pelo que só ficaria bem ao Dr. Seixas da Costa, ilustre elemento da vanguarda da classe operária… perdão, literária, instruir e iluminar os franceses na urgente tarefa e nobre causa de modernizar a sua língua, tornando-a, como a nossa, mais próxima da oralidade. Poderia até requisitar os serviços do Professor Malaca Casteleiro, que, não duvido, estaria disponível e motivado – por um preço adequado, claro – para viajar e para converter estes novos bárbaros. E, já que ele vai para Paris estudar… «philosophie», o anterior primeiro-ministro, Senhor Pinto de Sousa, decerto não recusaria dar a sua ajuda. Que trio! Obviamente que os gauleses, quais descendentes de Astérix, se ririam nas vossas caras e vos chamariam de loucos, mas isso não deveria ser motivo e pretexto para desanimarem e para desistirem!
(Mensagem reproduzida também no Esquinas (97) e no MILhafre (36).) 

terça-feira, julho 05, 2011

Outros: «Visões» com (Jorge) Candeias

Os leitores mais atentos do Octanas saberão que entre mim e Jorge Candeias não existe propriamente um relacionamento cordial… e isto é um eufemismo. Houve uma discussão virtual (não nos conhecemos pessoalmente, apesar de eu já o ter tentado) de grande violência verbal devido às nossas opiniões antagónicas sobre o «acordo ortográfico», além de que o seu posicionamento político de extrema-esquerda também não ajuda a um maior e melhor entendimento…
Porém, isso não obsta a que lhe reconheça capacidade e talento (o que, aliás, lhe cheguei a transmitir) enquanto crítico, tradutor, autor… e organizador desse empreendimento notável que é a Bibliowiki. E, hoje, fui agradavelmente surpreendido por um texto seu em que, fazendo um balanço dos melhores (ou menos maus…) livros de FC & F em português da última década que leu, inclui nele o meu «Visões», editado em 2003. Justifica-se, pois, que lhe diga aqui «obrigado» - depois de já ter feito o mesmo no seu blog.

Obrigado: A António de Macedo…

… Que celebra hoje, 5 de Julho de 2011, o seu 80º aniversário. Eu sou apenas uma entre muitas pessoas que têm muito a agradecer-lhe: no meu caso, nem mais nem menos do que o início – após muitos anos de tentativas – da minha carreira literária, pois foi ele quem propôs a publicação de «Visões». E o prefácio que ele escreveu para o meu primeiro livro ainda hoje pode servir de comprovativo para todos os que, eventualmente, ainda hoje, questionam o meu talento… incluindo eu próprio, em momentos de maior desalento.
Arquitecto de formação, mas mais conhecido enquanto homem do cinema e da televisão, António de Macedo dedicou ao grande e ao pequeno ecrãs três décadas de actividade intensa, durante a qual se afirmou também como um dos maiores «activistas» portugueses da ficção científica e do fantástico, numa filmografia em que se destacam títulos como «Os Abismos da Meia-Noite», «Os Emissários de Khalom» e «A Maldição de Marialva». Impossibilitado de continuar a sua carreira audiovisual, dedicou-se decididamente ao ensino… e à escrita, tanto em ficção como em não-ficção, tendo congregado à sua volta uma nova legião de admiradores, amigos e discípulos. Desde a fundação da Simetria, de que foi e é um dos grandes vultos, tornou-se presença assídua e interveniente em practicamente todos os grandes encontros nacionais de FC & F. Entretanto, tornou-se um eminente especialista em Esoterismo e em estudo de religiões, num percurso em que o ponto culminante foi o seu doutoramento, concluído em 2010, e de que resultou o seu mais recente livro, «Cristianismo Iniciático».
Curiosamente, no ano em que nasceu – 1931 – foram estreados vários filmes que viriam a tornar-se marcantes. Antes de mais, a grande «trilogia clássica» do terror: «Drácula», de Tod Browning, com Bela Lugosi; «Frankenstein», de James Whale, com Boris Karloff; «Dr. Jekyll and Mr. Hyde», de Rouben Mamoulian, com Fredric March. E ainda: «City Lights», de (e com) Charles Chaplin; «The Public Enemy», de William A. Wellman, com James Cagney; «Little Caesar», de Mervyn LeRoy, com Edward G. Robinson; «Monkey Business», de Norman Z. McLeod, com os irmãos Marx; «Platinum Blonde», de Frank Capra, com Jean Harlow; «M», de Fritz Lang; «À Nous la Liberté», de René Clair; «Tabu», de F. W. Murnau… Pode-se dizer que veio ao Mundo sob bons auspícios… cinematográficos, pelo menos! Parabéns, Mestre! (Celebração também no Esquinas (96) e no MILhafre (35), e ainda no Simetria Blog.)          

quarta-feira, junho 15, 2011

Outros: Textos seleccionados

«Amanhã será um dia novo?», António Borges de Cavalho; «Breve nota sobre Camões», David Soares; «A tristonha cerimónia», José António Barreiros; «Por muito que gostasse», Luís Filipe Silva; «O país dos chicos-espertos», Luís M. R. Sequeira; «Erguer o copo saudando o António Cabrita», Manuel Augusto Araújo; «Sair de onde jamais deveríamos ter entrado», Nuno Castelo-Branco; «A ortografia não vai a votos», Nuno Pacheco. (Sugestões dadas também no Esquinas (95) e no MILhafre (34).)  

terça-feira, maio 31, 2011

Outros: «Espíritos…» no «E2»

No passado dia 3 de Maio o meu livro «Espíritos das Luzes» foi mencionado no programa de televisão «E2» emitido na RTP2, uma produção d(os alunos d)a Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa. Cristina Flora foi uma das convidadas, na rubrica «Um livro porque sim», para falar principalmente de uma obra sua - «Leva-me Esta Noite» - mas também recomendou outras três… entre as quais a minha, que classificou de «genial». Muito, muito obrigado para ela… e para a ESCS. O vídeo do referido programa pode ser visto aqui.

sexta-feira, maio 20, 2011

Opções: Ministério… não é fundamental

No passado dia 2 de Maio foi aberta uma petição contra a eventual extinção do Ministério da Cultura no governo de Portugal que resultar das eleições legislativas de 5 de Junho próximo. Que já foi subscrita, no momento em que escrevo, por mais de 1200 pessoas, algumas das quais eu conheço pessoalmente, estimo e admiro. E que, ao fazê-lo, me desiludiram bastante.
Eu não assinei nem vou assinar esta petição. Porque, objectivamente, na práctica, esta iniciativa é (mais) um instrumento de apoio a José Pinto de Sousa. Porque não é o PS mas sim o PSD que pondera a hipótese – admitida no seu programa eleitoral – de colocar a pasta da Cultura a cargo não de um ministro(a) mas sim de um(a) secretário(a) de Estado. Aliás, esta é uma situação com semelhanças à da RTP, cuja comissão de trabalhadores se insurgiu contra a proposta, também prevista pelo partido liderado por Pedro Passos Coelho, de privatização da estação pública – uma posição «laboral» que ilustra bem o conceito de «interesses instalados». E, que se saiba, a CT da RTP não protestou contra a imposição do AO na empresa…
A petição em causa foi lançada pela Sociedade Portuguesa de Autores, presidida por José Jorge Letria que é, desde há muito tempo, um fiel compagnon de route do Partido Socialista. E quem colocar nela a sua assinatura está a dar implicitamente – e inconscientemente? – a sua autorização para ser utilizado como mais um peão na luta do actual, mentiroso, irresponsável, incompetente, desavergonhado, autoritário, abusador primeiro ministro para se manter no poder. Para este «peditório» eu não dou. E apelo veementemente a que mais ninguém dê. Já agora, porque é que os proponentes e os signatários desta petição não lançam outra contra a utilização de serviços públicos – sim, do MC! – em propaganda partidária, não uma mas sim duas vezes? Ou porque não protestam contra o lamentável colaboracionismo de Gabriela Canavilhas no Acordo Ortográfico? Uma ministra que diz que a sua «despromoção» a secretária seria um «retrocesso civilizacional»... mas não a promoção da tauromaquia!
Não é, obviamente, e como se tem comprovado nos últimos anos, a existência de um ministério que resolve todos os problemas que afectam a área da cultura no nosso país. Tal só pode ser feito com a definição e a concretização efectivas de uma política cultural articulada, ambiciosa e abrangente sem deixar de ser realista. E que pode perfeitamente ser dirigida através de uma secretaria de Estado. Assim, não se atribua mais importância aos meios do que aos fins. (Aviso reforçado no Esquinas (94) e no MILhafre (33).)
(Adenda de 2011/6/28 – Já completamente formado o novo governo, resultante de uma coligação entre o PSD e o CDS, confirma-se que a Cultura passa, de facto, a ser uma Secretaria de Estado – a cargo de Francisco José Viegas – e fica na dependência de… Pedro Passos Coelho. Exactamente: o ministro da Cultura é… o próprio primeiro-ministro! Será que os promotores e subscritores desta petição ainda pensam que houve uma «despromoção»?)  

quinta-feira, maio 05, 2011

Ocorrência: Foi há 25 anos…

… Isto é, a 5 de Maio de 1986, que aconteceu o acidente ferroviário na Póvoa de Santa Iria, um dos mais graves da história dos caminhos de ferro em Portugal. Dele resultaram 17 mortos e 83 feridos, na maioria jovens, estudantes, entre os quais amigos e conhecidos meus. Os que os conheciam mas que tiveram a sorte de não seguir naquele comboio também ficaram marcados para sempre.
Há cinco anos, aquando do vigésimo aniversário, reproduzi aqui o artigo «Não (n)os esqueceremos», que escrevi e publiquei no jornal Notícias de Alverca poucos dias depois da tragédia. Este ano, ao se atingir a marca de um quarto de século, decidi que as vítimas mereciam um memorial mais visível. Pelo que contactei Conceição Lino, minha antiga colega de escola, e que, tendo vivido muitos anos em Alverca do Ribatejo, conhecia vários dos acidentados e também acompanhou de perto o sucedido. Graças a ela foi produzida e divulgada hoje uma reportagem na SIC. E encontrei também evocações aqui e aqui.
De entre os que desapareceram naquele dia, um houve cuja perda me custou mais: Francisco Monteiro. Tínhamos a mesma idade, éramos amigos, fomos colegas de turma, partilhávamos a paixão pelo rock & roll, em especial o mais «duro» e «pesado». Recordo-o ao som do tema-título do seu disco favorito: «Back In Black», dos AC/DC… uma canção, ela própria, em honra de alguém que morreu. (Homenagem também no Esquinas (93) e no MILhafre (32).)

sábado, abril 30, 2011

Olhos e Orelhas: Primeiro Quadrimestre de 2011

A literatura: «Cartas Italianas», Luís António Verney; «Contos Fantásticos», Teófilo Braga; «Manifestos e Conferências», José de Almada Negreiros; «O Sétimo Segredo», Irving Wallace; «As Atribulações de Jacques Bonhomme», Telmo Marçal; «O Amor Infinito Que te Tenho e Outras Histórias», Paulo Monteiro; «Com a manhã chega a neblina», George R. R. Martin; «Brinca comigo!» e «Uma noite na periferia do império», João Barreiros; «O dilema do Capuchinho Vermelho», «O feitiço pink» e «Tempo Divino», Cristina Flora.
A música: «Indigo Nights/Live Sessions», Prince; «Duran Duran», Duran Duran; «Com Que Voz», Amália Rodrigues; «Teenage Dream», Katy Perry; «Black Holes And Revelations», Muse; «Os Ferrinhos, o Adufe e a Guitarra», Paco Bandeira; «Greetings From Asbury Park, N. J.», Bruce Springsteen; «Eito Fora», Brigada Victor Jara; «Leopoldina Apresenta Clássicos Infantis Interpretados por...», Ana Moura, Anaquim, David Fonseca, Deolinda, e outros; «Le Voyage Magnifique – Impromptus», Franz Schubert (por Maria João Pires).
O cinema: «História do Brinquedo 3», Lee Unkrich; «A Equipa A», Joe Carnahan; «Ilha Shutter», Martin Scorsese; «Apocalypto», Mel Gibson; «O Dia em que a Terra Parou», Scott Derrickson; «Corpo de Mentiras», Ridley Scott; «Os Amores de Astrée e de Celadon», Eric Rohmer; «A Fonte» e «O Batalhador», Darren Aronofsky; «Babel», Alejandro González Iñárritu; «Michel Vaillant», Louis-Pascal Couvelaire; «Homem Sim», Peyton Reed; «O Bom Pastor», Robert De Niro; «O Que Acontece em Vegas», Tom Vaughan; «O Guardião», Andrew Davis; «A Proposta», Anne Fletcher; «Elizabethtown», Cameron Crowe; «O Laço Branco», Michael Haneke; «Os Dispensáveis», Sylvester Stallone; «Estado da Situação», Kevin Macdonald; «Viúva Rica Solteira Não Fica», José Fonseca e Costa; «O Caso Curioso de Benjamin Button» e «A Rede Social», David Fincher; «A Bela e o Paparazzo», António Pedro de Vasconcelos; «Milk», Gus Van Sant; «Tem que Gostar de Cães», Gary David Goldberg; «Rio», Carlos Saldanha; «O Internacional», Tom Tykwer; «Com Que Voz», Nicholas Oulman.
E ainda...: Câmara Municipal de Vila Franca de Xira/Galeria Paulo Nunes – Exposições «Colectiva Projecto 1/Arte Contemporânea» + «Amar-te a Vida Inteira» de Ana Pimentel + «Favelão» (instalação) de Gilvan Nunes; Câmara Municipal de Vila Franca de Xira – CartoonXira 2011 + Willem/«De Mal a Pior»; Ler Nº 100; Sociedade Histórica (/Palácio) da Independência de Portugal – Colóquio «Recordar Fialho de Almeida no Centenário da sua Morte»; Associação Lycos-Despertar para o Desenvolvimento – Workshop/Sinapse por Miguel Gaspar «Como escrever e ser compreendido» (Hotel Berna Lisboa) + Workshop/Sinapse por Luís Bettencourt Moniz «Oficina de gestão de objectivos e gestão de tempo» (Hotel Melia Aveiro); Museu do Neo-Realismo – Exposições «Batalha pelo Conteúdo» - Movimento Neo-Realista Português» + «O Passado e o Presente – Outro Olhar sobre a Colecção do MNR»; Embaixada da Polónia/Galeria de Exposições da Direcção Geral da Administração da Justiça – Exposição «Totem Polaco» de Anna Stankiewicz-Odoj e de Mariola Landowska.

segunda-feira, abril 25, 2011

Orientação: Sobre o «socretinês», n’O Sul

Na edição de Abril (Nº 15) d’O SUL (jornal cultural e de debates, regional, com sede em Setúbal), e na página 6, está o meu artigo «Escrever em “socretinês”». Versão virtual incluída no suporte digital de outro jornal da capital do Sado, o Sem Mais, aqui. Reprodução do meu artigo também no Esquinas (92) e no MILhafre (31).

Oráculo: Uma distopia, talvez em 2013

Faz hoje um ano que comecei a escrever aquela que é – vai ser – a minha segunda «narrativa em prosa de longa duração» (não consigo habituar-me a utilizar a palavra «romance», que considero restritiva e algo arcaica), e que, nesse âmbito, se seguirá a «Espíritos das Luzes». E, assim como este, será outro livro tal como nunca houve outro igual – original no conteúdo e também na forma. Mais do que isso: promete ser a obra mais polémica, controversa, até chocante, das últimas décadas... e não só em Portugal. Pode parecer um exagero, mas estou a medir bem as minhas palavras.
Na verdade, este meu livro está a ser preparado tendo também como objectivo a «exportação», a tradução e a divulgação em outros países e línguas. Fundamentalmente, tratar-se-á de uma distopia (para alguns poderá ser uma utopia…) situada num futuro próximo, provável, alternativo. Simplificando ao máximo, posso dizer que será o meu «Bravo Novo Mundo», o meu «Mil Novecentos e Oitenta e Quatro». Em que a ideia, o conceito principal, consiste na existência de duas grandes classes, grupos, de pessoas – um de opressores, outro de oprimidos. E é precisamente na proposta, no imaginar de quem são uns e outros que reside a «provocação»... talvez a mais «políticamente incorrecta» possível nos dias de hoje.
Se a minha previsão deste (meu) «trabalho em progresso» se concretizar, esta minha obra deverá estar pronta para publicação em 2013... isto, claro, se houver editor(es) suficientemente corajoso(s) e leitores suficientemente curiosos para se «arriscarem», respectivamente, a publicá-la e a adquiri-la. Se escrever este livro é certamente para mim um acto de liberdade… e de libertação, provavelmente não o deverá ser menos para quem o ler. (Anúncio também no blog Simetria.)

sábado, abril 16, 2011

Ordenação: 20 livros...

... Inesquecíveis. Que me impressiona(ra)m. Que me marca(ra)m. Que me influencia(ra)m. Provavelmente, mais emocionalmente do que intelectualmente, pela substância, pelo estilo, por ambos. Onde há ficção e não ficção, prosa e poesia, banda desenhada, biografia, enciclopédia, crónica, crítica, controvérsia. Depois dos 20 filmes e dos 20 discos, não foi tão fácil listar os 20 livros «da minha vida»... daí a demora na elaboração e apresentação deste «terceiro capítulo dos “20 mais”.» Não serão exactamente os 20 melhores livros que já li, hoje (tal como ontem) talvez não me reveja inteiramente no conteúdo de alguns, mas são aqueles de que, instantaneamente, me lembrei... e a vários voltei, ou ainda volto, repetidamente, ao longo dos anos. São eles...
... «Discurso Patético», Cavaleiro de Oliveira (1756); «Viagens na Minha Terra», Almeida Garrett (1843); «As Flores do Mal», Charles Baudelaire (1857); «Uma Campanha Alegre», Eça de Queiroz (1890); «O Anti-Cristo», Friedrich Nietzsche (1895); «O Processo», Franz Kafka (1925); «O Assassinato de Roger Ackroyd», Agatha Christie (1926); «Esteiros», Soeiro Pereira Gomes (1941); «Quinta dos Animais», George Orwell (1945); «Vida de Charlot», Georges Sadoul (1952); «História da Literatura Portuguesa», António José Saraiva e Óscar Lopes (1955); «A Queda», Albert Camus (1956); «Os Carros do Inferno», Sven Hassel (1958); «O Cavalheiro de Domingo», Irving Wallace (1965); «Cem Anos de Solidão», Gabriel Garcia Márquez (1967); «Fórmula 1», Jean Perilhon (1971); «Rush», Jean Graton (1972); «A Enciclopédia do Rock Ilustrada», Nick Logan e Bob Woffinden (1976); «Batman: O Cavaleiro Negro Regressa», Frank Miller (1987); «O Evangelho Segundo Jesus Cristo», José Saramago (1991).