sexta-feira, outubro 28, 2016

Opinião: Sobre «Q», na Nova Águia

A mais recente edição da revista Nova Águia (Nº 18, correspondente ao segundo semestre de 2016), que teve a sua primeira apresentação no passado dia 21 de Outubro n(o auditório d)a Biblioteca Nacional de Portugal, inclui, na página 268, uma recensão ao meu livro «Q – Poemas de uma Quimera» - editado no ano passado pelo Movimento Internacional Lusófono – escrita por Mendo Castro Henriques
… Da qual transcrevo alguns excertos: «Um livro intrigado com um título intrigante, foi o que escreveu Octávio dos Santos. Intrigado, porque nele se descobre uma admiração sem fim pela pátria portuguesa, a par de uma crescente perplexidade e angústia perante a sua conjuntural situação. (…) Vai repartindo o seu amor e as suas dúvidas sobre um certo Portugal que se perfila entre tipos humanos, paisagens, situações e expectativas. (…) Retrata ou espreita avidamente a vida a acontecer, túrgida de emoções, mas sem imediato sentido, a que só a breve composição poética restitui significado num envelope literário que exprime um pensamento principal. (…) Octávio dos Santos ama o passado português. E quanto mais nele se revê, mais intrigado está com o futuro que surge ora cinzento, ora ameaçador, ora medíocre, ora negro.»
Relembro e realço que «Q – Poemas de uma Quimera» não se encontra à venda nas livrarias, podendo ser adquirido apenas através do MIL, quer por correio quer nos eventos que o Movimento regularmente realiza um pouco por todo o país. (Também no MILhafre.)

quinta-feira, outubro 20, 2016

Obituário: J. M. Paquete de Oliveira

Faleceu no passado dia 11 de Junho, e, se fosse vivo, completaria hoje 80 anos. É por isso que escolhi esta data para uma breve, mas sentida, evocação de, e homenagem a, José Manuel Paquete de Oliveira…
… Que foi um dos dois professores (entre aqueles que me deram aulas em escolas) que mais importância e influência exerceram na minha vida pessoal e profissional. No Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa tive-o não só como docente de Sociologia da Comunicação – primeiro na disciplina de introdução àquela, depois no seminário (especialização) da mesma e última fase da licenciatura, que incluiu a elaboração e a defesa de uma tese específica – mas também como colega no Conselho Directivo e em duas assembleias escolares, em anos decisivos para a expansão e o fortalecimento do ISCTE enquanto estabelecimento de ensino moderno e de referência em Portugal. Com ele confirmei a minha vocação… para a comunicação, precisamente, apesar de, durante algum tempo, me ter convencido que aquela seria concretizada na publicidade; e, de facto, realizei o estágio (por ele conseguido depois de insistência da minha parte), no âmbito do seminário, numa das empresas do grupo McCann Erickson, uma memorável experiência de três meses (e que me soube a pouco), mas o insucesso posterior em obter um emprego naquela ou em outra agência (e várias foram as que contactei nesse sentido) como que me convenceu a tentar de novo o jornalismo, no qual me iniciara no Notícias de Alverca e depois continuara no DivulgAcção, o boletim da Associação de Estudantes do ISCTE que co-fundei e que dirigi enquanto naquele permaneci.
Durante dois anos eu e Paquete de Oliveira mantivemos um convívio, e mesmo companheirismo, praticamente quotidiano. Depois, e nos últimos 25 anos, os contactos, as conversas, foram ocasionais, pontuais, e quase sempre por telefone – invariavelmente, era eu que lhe ligava, para lhe dar novidades minhas, onde estava, o que fazia, os livros que publicava, os projectos em que me envolvia. Sim, admito que fiquei desiludido, e algo magoado, devido ao pouco ou nenhum interesse que ele manifestava pelo percurso subsequente daquele que tinha sido (não duvido em afirmá-lo, e as classificações demonstram-no) um dos seus melhores alunos – uma circunstância quase de certeza resultante do conflito em que me envolvi com algumas instâncias do ISCTE no final da licenciatura, e no qual dele não recebi o apoio que esperava e que (penso que) merecia. A última vez que estive com ele foi em Março de 2013, aquando do funeral de Mário Murteira, onde fez uma intervenção marcada pela emoção, lembrando o seu amigo de tanto tempo – e que também faleceu no ano em que completaria 80 de vida, tal como, aliás, José Manuel Prostes da Fonseca, nosso colega no Conselho Directivo. E a última vez em que comunicámos foi em Março de 2015, por correio electrónico, em que esclareci o então Provedor dos Leitores do Público – o último cargo que desempenhou numa longa carreira repartida entre a universidade, a imprensa, a rádio e a televisão – sobre a causa e contexto de uma queixa de uma leitora daquele jornal relativa ao meu artigo «Apocalise abruto» (tratava-se, na verdade, de uma representante de uma das empresas «apanhadas» a usarem palavras inventadas na sequência da aplicação do AO90). Agora tranquiliza-me saber que as últimas palavras que me dirigiu foram de plena cordialidade e simpatia – e que, claro, foram correspondidas: «Desculpa a falta de formalismo como me dirijo a ti. Mas creio que seria hipócrita tratar-te sem reconhecer pessoalmente um interlocutor compassado de boas e amigas relações. Já calculava que irias aparecer, pois reconheço a tua militância convicta e activa contra o AO. Aliás, quando eu estava na RTP, falámos sobre este assunto.» 
Sobre José Manuel Paquete de Oliveira é de ler também o que escreveram Adelino Gomes, José Rebelo (este também meu professor no ISCTE e membro da equipa de Sociologia da Comunicação) e a Direcção Editorial do Público.

segunda-feira, outubro 10, 2016

Obras: «Luís António Verney…»

Na passada sexta-feira, 7 de Outubro, e tal como anteriormente anunciara, decorreu, na Biblioteca Nacional de Portugal, o colóquio (proposto e co-organizado por mim) «Nos 350 anos da morte de D. Francisco Manuel de Melo» - do qual já começaram a ser divulgadas imagens (e ao qual faltaram, da lista de oradores previstos, José Carlos Seabra Pereira e Manuel Ferreira Patrício). Expresso, como em prévias e semelhantes ocasiões, o meu obrigado a todos os que participaram, tanto na mesa como na assistência do auditório da BNP, neste evento, que encerrou com a «estreia», o lançamento daquele que é igualmente o meu novo livro…
… Intitulado «Luís António Verney e a Cultura Luso-Brasileira do seu Tempo», editado pelo Movimento Internacional Lusófono (em parceria com a DG Edições, a mesma de «Q - Poemas de uma Quimera») e que reúne os textos das comunicações apresentadas, não só no congresso com a mesma designação, realizado, igualmente na BNP, a 16, 17 e 18 de Setembro de 2013 (ano em que se celebraram os 300 do nascimento do autor de «Verdadeiro Método de Estudar»), mas também as no colóquio «No Tricentenário de Luís António Verney», realizado na Universidade de Évora a 20 e 21 de Março de 2014. Após um demorado e cuidado processo de preparação e de revisão, eis a obra, com 36 autores, incluindo os coordenadores (co-organizadores) António Braz Teixeira, Renato Epifânio… e eu próprio, e ainda Ana Maria Moog, António Cândido Franco, Armando Martins, Augusto dos Santos Fitas, Francisco António Vaz, Duarte Ivo Cruz, Helena Nadal Sánchez, Jesué Pinharanda Gomes, Joaquim Domingues, João Príncipe, Jorge Teixeira da Cunha, José Eduardo Franco, José Gama, Luís Lóia, Luís Manuel Bernardo, Manuel Cândido Pimentel, Manuel Curado, Manuel Ferreira Patrício, Margarida Amoedo, Maria de Fátima Nunes, Maria do Céu Fonseca, Maria Manuela Martins, Mário Vieira de Carvalho, Marta Mendonça, Miguel Corrêa Monteiro, Miguel Real, Paulo Ferreira da Cunha, Pedro Martins, Rodrigo Sobral Cunha, Rui de Figueiredo Marcos, Samuel Dimas…
… e Helena Murteira e Maria Alexandra Gago da Câmara, minhas colegas no projecto Ópera do Tejo/Lisboa Pré-1755, e cujas intervenções reflectiram as investigações que temos vindo a efectuar naquele. Enfim, o certo é que, mais de dez anos depois, o meu romance «Espíritos das Luzes», tão incompreendido - e invectivado – por alguns, continua a dar (bons) frutos. (Também no Ópera do Tejo.   

sábado, outubro 01, 2016

Orientação: SS com 550!

Hoje celebra-se mais um Dia Mundial da Música, o que significa também, no sítio da Simetria, a publicação de uma nova edição do projecto Simetria Sonora. E, tal como em edições anteriores, a esta grande lista foram adicionados 50 discos por mim considerados de ficção científica e de fantástico: são agora 550. Ilustra a de 2016 a imagem da capa de «Electric Ladyland», de Jimi Hendrix, lançado originalmente em 1968. A ouvir… e a descobrir. Tudo, e sempre!