segunda-feira, outubro 27, 2014

Outros: Querem também uma mudança de regime

Haverá, quase de certeza, mais, mas pelo menos uma outra pessoa é a favor, como eu, de uma mudança de regime em Portugal e da consequente redacção e aprovação de uma nova lei fundamental para o país: Pedro Braz Teixeira, que, no seu artigo «Constituições de facção», publicado no jornal i no passado dia 22 de Outubro, afirma que «Portugal precisa de mudar de regime e de Constituição, que deve deixar de ser de facção para passar a ser verdadeiramente nacional. A Terceira República é um regime que já está podre há vários anos e que deveria terminar. São múltiplas (demasiadas!) as instituições do regime que lançam um cheiro fétido por todo o lado. Infelizmente, ainda que os sucessivos regimes portugueses tenham caído de podres, essa putrefacção durou longos anos.» Tal como (re)afirmei recentemente, esta III República não tem regeneração. No respectivo espaço para comentários do i ainda ninguém, felizmente, chamou Braz Teixeira de «demente», com algum tipo de «problemas mentais», ou então (muito) «intolerante». Já é um progresso! (Também no MILhafre (98).)

quarta-feira, outubro 22, 2014

Ocorrência: Ontem na FENPROF

Estive ontem, juntamente com Hermínia Castro e João Pedro Graça, e em representação da Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico, na sede em Lisboa da Federação Nacional de Professores para uma reunião que solicitámos àquela associação sindical, tendo como interlocutores os professores António Avelãs e Luís Lobo. Os objectivos foram, obviamente, apresentar a Iniciativa à FENPROF e convidar esta a juntar-se a nós na luta pela revogação do AO90. Um relato do encontro (com fotografias) está no sítio da ILCAO.

quarta-feira, outubro 15, 2014

Orientação: Sobre a Pátria e a Língua, na NA

Na edição Nº 14 da revista Nova Águia (relativa ao segundo semestre de 2014), e nas páginas 71 a 74, está o meu artigo «A minha pátria já não é a língua portuguesa». Foi escrito em obediência ao tema proposto - «80 anos da "Mensagem" – 8 Séculos da Língua Portuguesa» -  e é composto por sua vez de excertos de alguns outros, anteriores, artigos, que de alguma forma abordam aquele tema, uns incluídos no meu livro «Um Novo Portugal – Ideias de, e para, um País», editado em 2012 pela Fronteira do Caos, e outros escritos e publicados posteriormente. A Nova Águia Nº 14 terá a sua primeira apresentação hoje, quarta-feira, 15 de Outubro, às 17 horas, no Palácio da Independência, em Lisboa; e, à semelhança das edições anteriores, outros lançamentos deverão seguir-se um pouco por todo o país.    

domingo, outubro 05, 2014

Observação: Não tem regeneração

Não posso ser certamente a única pessoa a achar insólito, incongruente, irónico, que um dia que deixou de ser considerado, em decisão de um governo ratificada por um presidente da república, um feriado oficial, ainda seja merecedor de… comemorações oficiais. Que, para mais, contam com as presenças do governo – através do primeiro-ministro – e do PR acima citados! Hoje, 5 de Outubro de 2014, tal aconteceu em Lisboa, tendo como anfitrião o presidente da câmara municipal daquela, recém-eleito novo líder do maior partido da oposição e desejoso de assumir uma pose ainda mais institucional que tente ocultar, e se possível apagar, a sua indiscutível incompetência enquanto autarca.  
É evidentemente uma situação ridícula, mas há muito tempo que tudo o que se relaciona com a (evocação da) implantação da república em Portugal é ridículo. As «altas individualidades» que hoje acorreram aos Paços do Concelho quase de certeza nunca pensaram que, mais do que a tomada do poder por terroristas através de um golpe de Estado em 1910, esta data podia e devia ser celebrada enquanto a do reconhecimento formal da fundação da nacionalidade – pela assinatura do Tratado de Zamora em 1143. Tal como não costumam celebrar o 1º de Dezembro nem o 14 de Agosto, que não são mas deviam ser feriados, preferindo, ao invés, assinalar a união ibérica a 10 de Junho, que ainda é.
Porém, e apesar de qualquer festejo da república ser mais patético de que patriótico, há sempre a possibilidade de, relacionado com ela, surgir um qualquer incidente grotesco adicional. Desta vez foi a controvérsia a propósito de uma exposição na assembleia da re(les)pública intitulada «Cem anos de presidência», e que é constituída por 18 bustos (no sentido de «carantonhas», infelizmente) de outros tantos figurões que ocuparam o cargo de chefe de Estado; mais concretamente, de protestos do BE e do PCP por a referida iniciativa incluir representações em barro de Carmona, Craveiro Lopes e Thomaz, residentes do Palácio de Belém no período entre 1926 e 1974, isto é, durante a 2ª república. No entanto, se fossem coerentes e intelectualmente honestos, bloquistas e comunistas teriam igualmente exigido a retirada dos retratos dos presidentes da 1ª república, que, por também ter sido uma ditadura, nunca proporcionou a eleição em democracia do «mais alto magistrado da nação».
Enfim, a verdade é que representa pouco mais do que um desperdício de tempo e de esforço qualquer discussão a respeito deste regime. Que permite ou mesmo promove a gradual destruição do país – pelo abandono do território, pelo descontrolo migratório, pelo financiamento do aborto, pela espoliação fiscal – e que por isso não tem – e não é de agora – qualquer recuperação ou regeneração possível. Quantos mais escândalos de âmbito político-económico – o do Banco Espírito Santo é só o mais recente – serão ainda necessários para convencer os que ainda se iludem? Pela minha parte, e como já afirmei, estou pronto para (um)a revolução. De preferência, e se possível, pacífica. (Também no MILhafre (97).

quarta-feira, outubro 01, 2014

Orientação: Simetria Sonora 2014

Hoje celebra-se mais um Dia Mundial da Música, o que significa também uma nova edição do projecto Simetria Sonora. E, tal como nos anos anteriores, a esta grande lista foram adicionados 50 discos de «música de ficção científica e de fantástico»: são agora 450.