quinta-feira, dezembro 31, 2015

Olhos e Orelhas: Terceiro Quadrimestre de 2015

A literatura: «Cartas Portuguesas», Mariana Alcoforado; «Prosas e Teatro», Pedro Correia Garção; «Marília de Dirceu, e Mais Poesias», Tomás António Gonzaga; «Romanceiro», Almeida Garrett; «Folhas Soltas (1865-1915)», Ramalho Ortigão; «As Máscaras do Destino», Florbela Espanca; «In Nomine Dei», José Saramago; «Sepulturas dos Pais» (com André Coelho) e «O Poema Morre» (com Sónia Oliveira), David Soares.
A música: «Gold», Tom Jones; «Mr. Natural», «Main Course» e «Spirits Having Flown», Bee Gees; «Coltrane» e «With The Red Garland Trio», John Coltrane; «Foreigner», «Double Vision» e «Head Games», Foreigner; «Ser Maior - Uma História Natural», Delfins; «My Christmas», Andrea Bocelli; «Messiah», George Frideric Handel (por David Thomas, Emily Van Evera, Emma Kirkby, James Bowman, Joseph Cornwell e Margaret Cable, com o Taverner Choir & Players sob direcção de Andrew Parrott).
O cinema: «Sem Reservas», Scott Hicks; «O Hobbit - A Batalha dos Cinco Exércitos», Peter Jackson; «Encantada», Kevin Lima; «Rua Jump, 21», Christopher Miller e Phil Lord; «Matando-os Suavemente», Andrew Dominik; «Viagem na Itália», Roberto Rossellini; «O Adeus à Rainha», Benoit Jacquot; «A Dama de Ferro», Phyllida Lloyd; «O Mestre», Paul Thomas Anderson; «Isto Significa Guerra», McG; «Caramelo», Nadine Labaki; «O Grande Gatsby», Baz Luhrmann; «Irene», Alain Cavalier; «Aponta o Favorito», Stephen Frears; «A Morte de Carlos Gardel», Solveig Nordlund; «Enredo de Tóquio», «Lírio-da-Aranha», «Um Calmo Dia de Outono» e «O Gosto do Peixe-Agulha», Yasujiro Ozu; «Jasmine Azul», Woody Allen; «Mundo Jurássico», Colin Trevorrow; «Alguns Vieram Correndo», Vicente Minnelli; «Orla do Pacífico», Guillermo Del Toro; «Espelho Meu, Espelho Meu», Tarsem Singh; «Na Cidade», Gene Kelly e Stanley Donen; «42», Brian Helgeland; «Max Maluco - Estrada da Fúria», George Miller; «Sr. Peabody e Sherman», Rob Minkoff; «Promete-me», Emir Kusturica.
E ainda...: «Bad Blood» e «Wildest Dreams», (vídeos musicais de) Taylor Swift; «O Mentalista» (último episódio); Guerra e Paz Editores/El Corte Inglês - apresentação do livro «Remar Contra a Maré» de Luís Ferreira Lopes; Museu Municipal de VFX - exposição «A Arte no Concelho de Vila Franca de Xira - Grandes Obras»; Biblioteca Nacional de Portugal - exposição «"Onde os nossos livros se acabam, ali começam os seus..." O Japão em fontes documentais dos séculos XVI e XVII» + exposição «Imprensa empresarial em Portugal: 145 anos de jornais de empresa (1869-2014)» + exposição «Da inquietude à transgressão: eis Bocage...» + mostra «A questão do "Bom senso e bom gosto"» + mostra «"Alice no País das Maravilhas" (1865-2015) - 150 anos» + mostra «Aldo Manuzio (ca.1450-1515): o inventor do itálico» + mostra «"Arte de Ser Português" - Teixeira de Pascoaes» + mostra «Ramalho Ortigão - Um publicista em fim de século» + mostra «Portugal-Irão - 500 Anos» + mostra «Centenário da revista Atlântida»; FNAC/Vasco da Gama - exposição Novos Talentos Fotografia 2014 «Viaggio in Lapponia» de Márcia Nascimento + exposição de fotografia «De olhos bem fechados» de Nelson Garrido; Sabedoria Alternativa/Espaço Amoreiras-Leap Center - apresentação do livro «52 Métricas de Marketing e Vendas» de Luís Bettencourt Moniz e Pedro Celeste; Salvador Caetano (Vila Franca de Xira) - Dia Toyota 2015; ANTT/BNP/MIL/SHIP - colóquio e mostra documental «Afonso de Albuquerque, 500 Anos - Memória e Materialidade».

sábado, dezembro 19, 2015

Obrigado: Aos que compareceram…

… No dia 16 de Dezembro, na Biblioteca Nacional de Portugal, e no dia 17, na Sociedade Histórica da Independência de Portugal, para participarem – como oradores ou como espectadores – no colóquio integrado na iniciativa «Afonso de Albuquerque, 500 Anos – Memória e Materialidade», e, desde o dia 15, no Arquivo Nacional Torre do Tombo, como visitantes, na mostra documental integrada na mesma iniciativa…
… Que foi, é, da minha autoria, e não do Estado português ou de qualquer uma das várias instituições nele incluídas: nenhuma achou relevante lembrar e celebrar aquele que foi o maior herói militar da História deste país e um dos maiores da História do Mundo; em vez delas foi o Movimento Internacional Lusófono, na pessoa de Renato Epifânio, Presidente da Direcção daquele, que aceitou o meu desafio; um agradecimento especial para ele e também para Miguel Castelo-Branco, da BNP, que se nos juntou na comissão organizadora. Outras pessoas a quem devo um «muito obrigado» reforçado: Silvestre Lacerda e Maria dos Remédios Amaral, da DGLAB e do ANTT; Inês Cordeiro, Conceição Chambel e Catarina Crespo, da BNP; José Alarcão Troni e Ana Prosérpio, da SHIP…
… E todos merecem um profundo agradecimento da minha parte por me terem proporcionado a honra única de fazer a primeira apresentação do meu novo livro «Q – Poemas de uma Quimera» numa data e num local tão significativos. Entretanto, todas as informações principais sobre a efeméride estão no blog Albuquerque 500, que irá continuar activo porque a evocação do «César do Oriente» irá continuar de certeza, pelo menos, em 2016. 
(Adenda - Estão já disponíveis vídeos do colóquio, e, em especial, das sessões em que participei, incluindo a da apresentação de «Q».)

segunda-feira, dezembro 14, 2015

Orientação: Sobre cidadãos e armas, no Público

Na edição de hoje (Nº 9374) do jornal Público, e na página 46, está o meu artigo «Os cidadãos não têm armas». Um excerto: «Tantas vidas se perde(ra)m ou fica(ra)m marcadas para sempre, tanta destruição é causada, tanto medo e tanta mágoa é acumulada, porque, muito simplesmente, os atacantes sabem que vão encontrar inexistente, ou reduzida, ou atrasada, resistência… armada. Aqueles parisienses, permanentes ou ocasionais, estavam completamente indefesos, totalmente à mercê da fúria impiedosa e incansável dos assassinos. A polícia não está – não consegue estar – permanentemente presente junto de quaisquer possíveis alvos, que, actualmente, e cada vez mais, são, podem ser, todos, é, pode ser, tudo.»

sábado, dezembro 12, 2015

Oráculo: … E também é apresentado «Q»

Quem tiver lido (ou for ler) o texto de abertura no blog da iniciativa «Afonso de Albuquerque, 500 Anos – Memória e Materialidade», terá reparado (ou irá reparar) que, no programa do colóquio no dia 16 de Dezembro – que é precisamente a data exacta da efeméride – que decorrerá no auditório da Biblioteca Nacional de Portugal, consta também a apresentação do meu novo livro «Q», a partir das 18.30…
… Juntamente com outras edições do Movimento Internacional Lusófono. A justificação para tal pode ser encontrada no texto da contracapa, que começa com um excerto do poema que dá título ao livro: «”Q” é a letra, o símbolo que define Portugal, que nos liberta, que nos encerra. E foi nos idos de Quatrocentos, em 1415, em Ceuta, que iniciámos a Quimera. Cem anos depois, nos idos de Quinhentos, em 1515, em Goa, findou uma era. “Q” é o primeiro livro de poesia do premiado jornalista e escritor Octávio dos Santos a ser editado, seis anos depois da publicação da sua tradução de (50) “Poemas” de Alfred Tennyson. Reúne mais de 60 dos seus próprios poemas, elaborados ao longo de um período de mais de 35 anos. Lançada em 2015, ano em que se assinala(ra)m os 600 anos da conquista de Ceuta (21 de Agosto), os 500 anos da morte de Afonso de Albuquerque (16 de Dezembro) e os 250 anos do nascimento de Manuel Maria Barbosa du Bocage (15 de Setembro, e uma das personagens principais do seu romance “Espíritos das Luzes”) esta obra como que reflecte e raciocina em verso, tanto séria como satiricamente, sobre os mesmos assuntos, preocupações… e obsessões que, em prosa (ficção e não ficção), o autor abordou em obras anteriores como “Os Novos Descobrimentos”, “A República Nunca Existiu!” e “Um Novo Portugal”.» Na verdade, aguardando há muito uma oportunidade para editar uma colectânea de poemas da minha autoria «que têm como temas comuns, ou referências últimas, Portugal, os portugueses, os países e os povos da Lusofonia, a(s) sua(s) História(s), figuras, factos e lendas», dificilmente haveria melhor ano para o fazer do que 2015, e melhor dia do que 16 de Dezembro. 
«Q» está subdividido em três partes. Eis os poemas que integram cada uma delas:
Parte I – «Com uma chama viva que arde eterna...»: «Amor lusitano, alma portuguesa», «Porque o quisemos ser», «De aqui houve nome Portugal», «Terras do Norte», «Ela é minha», «Morena», «Mil e uma noites», «Sagrada devoção», «A espada e a cruz», «Encantamento», «Toda a cidade tem o seu rio», «Nada há mais velho do que a pedra; só o tempo», «A Batalha de Alfarrobeira», «Vela», «Erótico exótico», «Floresta virgem», «Branco e negro» e «A Grande Epopeia». 
Parte II – «Quando o último sonho acabou de se desvanecer...»: «Camões», «Baptismo de fogo», «Peregrinação», «Enterrar os mortos, cuidar dos vivos», «Guitarra», «Má vida, maus lençóis, má sorte», «Rosa», «Rosa vermelha, rosa branca», «Mal de amor», «Se não tens o que amas», «Medo do amor», «Melhor que amar é amar e ser amado», «Cego», «Paixão», «Alentejanas», «Barão da Caliça», «Pecados», «Curso intensivo de teologia» e «Rei».
Parte III – «A saudade os artistas inspira e à verdade o povo aspira...»: «Fazer amor com a República», «A segunda morte de Lázaro», «Pombos e gaivotas», «Outono», «Filhos da noite», «Sal e azar», «Putas, futebol e álcool», «O guarda-nocturno e a mulher-a-dias», «Amor é...», «Vagabundos», «Até ao meu regresso», «Nem tanto ao mar, nem tanto à terra», «Verdade», «Corpo ao manifesto», «Abril», «Marx, pornografia e sapatos de plataforma», «Neste jardim à beira-mar plantado», «Coima em Coina», «Lésbicas de Lisboa», «Variações», «O elmo», «A morte está a Norte», «RecLusos», «Aljubarrota, derrota», «Q», «Portugal sem fim» e «Mar de rosas».
Além de na apresentação que vai decorrer na próxima quarta-feira, e de em outras, eventuais e posteriores, em que eu participe ou não, integradas em iniciativas do MIL, «Q» só estará à venda por encomenda feita através do endereço de correio electrónico info@movimentolusofono.org e com o pagamento de 10 euros (que inclui portes de correio). 

domingo, dezembro 06, 2015

Oráculo: A partir de 16 celebra-se Albuquerque

Tal como em Abril último informara e pré-anunciara, no próximo dia 16 de Dezembro assinalam-se os 500 anos da morte de Afonso de Albuquerque; e nessa data inicia-se também, na Biblioteca Nacional de Portugal, o colóquio «Afonso de Albuquerque, 500 Anos – Memória e Materialidade», que terá continuidade e término no dia seguinte na Sociedade Histórica da Independência de Portugal. A 18 de Dezembro abre no Arquivo Nacional da Torre do Tombo uma mostra documental que se prolonga até 23 de Janeiro de 2016. O Movimento Internacional Lusófono, por minha iniciativa, é a entidade que lidera a organização da evocação desta efeméride. Todas as principais informações relativas àquelas podem ser encontradas no blog Albuquerque 500, hoje começado (e onde também colaboro), e nos sítios da Internet das instituições participantes referidas.

terça-feira, dezembro 01, 2015

Observação: A nacionalidade afundada

Em Portugal, e depois de demitido – isto é, de ter visto recusado o seu programa – no Palácio de São Bento o XX Governo Constitucional a 10 de Novembro de 2015, tomou posse o XXI a 26 de Novembro no Palácio da Ajuda; este, pelas pessoas que inclui e pelas políticas que indica, bem que poderia ser designado informalmente de «terceiro governo de José Sócrates».
Exagero? Atente-se: nas várias e interessantes «ligações», familiares e outras, que se encontram no elenco do novo executivo; no facto de o novo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros ser advogado, precisamente, do ex-preso Nº 44 de Évora; no perfil e no percurso, algo… problemáticos, do novo secretário de Estado do Ambiente, talvez emuladores, evocativos, de um anterior detentor do cargo; nas (superadas?) dificuldades com a ortografia da nova secretária de Estado da Cidadania e da Igualdade – dificuldades essas, aliás, que uma ex-ministra da «Cultura» também tem…
… E o novo primeiro-ministro não se distingue igualmente, o que é preocupante, pelo conhecimento, tanto a um nível adequado à posição que agora ocupa como a um nível mais básico exigível a um português letrado. Eis dois exemplos de erros graves e grosseiros que ele cometeu este ano: primeiro, e ainda não tinha concluído a primeira semana no desempenho das suas novas funções, afirmou – em Bruxelas! – que a NATO foi fundada em 1959 (na verdade, foi em 1949) e que a Turquia foi uma das nações fundadores daquela (na verdade, foi admitida em 1952); segundo (e muito pior), em Junho durante a pré-campanha para as eleições legislativas, afirmou que procuraria repor o dia 1 de Dezembro enquanto feriado porque «Portugal é o único país que não comemora a sua data fundadora»! Incrivelmente, ao mesmo tempo que mostrava não saber o significado do dia de hoje, também salientava, acertadamente, que o nosso país não festeja oficialmente a sua própria criação…
… E esse é apenas um de entre vários aspectos insólitos que continuam a caracterizar a História, a política e a sociedade nacionais. Em comentários que fiz recentemente a textos de outros blogs destaquei alguns desses aspectos: a surpresa que vários ainda sentem perante a evidência de que um, qualquer, presidente da república habitualmente é «faccioso», o que não acontece normalmente com um Rei; o equívoco que muitos ainda têm sobre o Partido Social-Democrata ser de direita, quando nunca o foi; a ilusão que bastantes ainda partilham de que o Partido Socialista continua a ser uma força de centro-esquerda, quando já não é. E a «crise de egocentrismo, narcisista e sebastianista» de que o novo ministro da Cultura acusava o novo primeiro-ministro em 2014 também ajuda a explicar a deriva do PS para a extrema-esquerda. O filho do fundador… do PS queixava-se igualmente então de que «as pessoas não têm memória na nossa terra.» É verdade, e por isso é que, em vez de a nacionalidade ter a sua fundação (correctamente) celebrada, há o perigo de a ver afundada. (Também no MILhafre.