Provavelmente (muit)os que têm lido o meu blog Obamatório ao longo dos últimos quase dez anos fizeram pelo menos uma vez a seguinte pergunta, nem que fosse em pensamento a eles próprios: «será que Octávio dos Santos pensa algum dia fazer um livro a partir dos textos que ele escreve e publica neste seu blog?»
A resposta a essa (eventual) pergunta é «sim». Desde que iniciei o Obamatório sempre foi um objectivo construir um livro com base na selecção, adaptação e revisão daqueles que eu consideraria os melhores textos colocados naquele espaço. O «quando» fazer isso também logo me pareceu óbvio: quando Barack Obama deixasse de ser presidente dos Estados Unidos da América. Tive esperança de que tal acontecesse em 2013; porém, e infelizmente, foram mais quatro anos. Assim, só concluí a elaboração desta minha obra em Julho de 2017 – sim, há pouco mais de um ano.
Não vou divulgar aqui e agora o título que lhe dei, mas vou transcrever a sinopse que escrevi e que constitui igualmente o texto de contracapa: «Depois da eleição presidencial nos Estados Unidos da América realizada no dia 8 de Novembro de 2016, muitas pessoas em todo o Mundo, incluindo Portugal, terão formulado diversas variantes da seguinte pergunta: “O que correu mal nestes anos de Barack Obama para que o povo americano votasse numa mudança tão radical, e entregasse o mais alto cargo da nação a alguém tão ‘sinistro’ como Donald Trump?” Na verdade, muita coisa correu mal, a presidência do Sr. Hussein não constituiu um sucesso, e foi por isso que, precisamente, grande parte do povo americano – incluindo em (dezenas de) condados e em Estados que em 2008 e em 2012 haviam dado a vitória ao marido de Michelle – votou numa “mudança tão radical”. Além de que Hillary Clinton era, efectivamente, uma alternativa pior do que o milionário novaiorquino. Durante oito anos, entre 2009 e 2017, os mesmos dos dois mandatos do 44º presidente dos EUA, Octávio dos Santos, escritor e jornalista premiado, relatou, no seu blog Obamatório, os factos desagradáveis – insultos, incompetências, erros, escândalos – que marcaram a actuação de Barack Hussein Obama e da sua administração… e que a generalidade da comunicação social portuguesa, mas não só, omitiu, desvalorizou, e/ou, até, sobre os quais pura e simplesmente mentiu. Agora, reunido neste livro, está o melhor - ou, talvez mais correctamente, o “pior” - desse demorado e dedicado trabalho de observação, recolha, selecção, análise e opinião. Leia, e enumere os “episódios” aqui relatados, tanto os hediondos como os hilariantes, de que tinha conhecimento antes de virar as páginas precedentes… e provavelmente terá uma surpresa!»
Nos cerca de doze meses que entretanto decorreram já propus o livro para publicação a seis editoras… e todas recusaram. A primeira disse «não» ainda antes de eu ter o livro concluído e de a sinopse estar pronta – apenas lhes enviei uma primeira selecção, incompleta e provisória, dos textos a incluir; foi a Contraponto. A seguir, contactei as duas editoras que lançaram em 2016 (antes de 8 de Novembro) livros cuja principal premissa, e previsão, era a de que Hillary Clinton iria vencer a eleição presidencial e tornar-se a primeira mulher presidente dos EUA – algo a que eu já fizera referência então; portanto, tanto à PrimeBooks, que editou «Nunca é Tarde Para Ganhar», como à Tinta da China, que editou «Administração Hillary», apresentei o meu livro, que assenta em factos confirmáveis e não em adivinhações pouco menos do que astrológicas… mas ambas rejeitaram-no. Depois, tentei uma editora que já lançara (em 2006) um livro (co-)escrito por mim, «Os Novos Descobrimentos»; no entanto, na Almedina, disse-me uma pessoa que trabalha naquele grupo editorial, «infelizmente não houve consenso quanto à publicação (do meu livro) por uma questão temática sobretudo, e não obstante o facto de estar extremamente bem escrito» (já o sabia, mas é sempre bom que outros o confirmem ;-)); mas houve lá quem preferisse gastar (muito mais) dinheiro na aquisição dos direitos, na tradução e na publicação (em pouco mais de um mês) de «Fogo e Fúria – Dentro da Casa Branca de Donald Trump», de Michael Wolff – alguém que confessou que o seu trabalho «nada tem a ver com a verdade». Posteriormente experimentei a Matéria-Prima, mas esta alegou que o seu plano editorial (para este ano?) já estava fechado – e de lá não responderam à minha pergunta subsequente sobre se o meu livro seria considerado depois de o plano editorial ser reaberto. Enfim, dirigi-me à Gradiva depois de saber que aquela publicara (em Junho último) «Os Anos Trump – O Mundo em Transe», de Eduardo Paz Ferreira (marido de Francisca Van Dunem, actual Ministra da Justiça), para quem DJT constitui uma «ameaça à civilização»; a réplica, todavia, uma vez mais negativa, veio no (para mim) tempo recorde de 15 horas (!), tendo o próprio Guilherme Valente depois me comunicado – e admitido – que não leram nem iriam ler o meu livro (além, suponho, da sinopse)… por não o terem considerado «adequado à programação».
Por tudo isto se confirma que em Portugal – e não apenas, claro, no que se refere a perspectivas sobre a política dos EUA – no sector editorial se verificam praticamente os mesmos níveis de discriminação, preconceito e desinformação que se registam no da comunicação social. Alguém que trabalha naquele e que o conhece bem deu-me a seguinte explicação, a sua «leitura» da situação: «por mau que tenha sido o mandato de Obama, e para a grande maioria das pessoas não foi, o que se lhe está a seguir torna-o, aos olhos das pessoas, bom. É aquela velha máxima de que "atrás de mim virá quem de mim bom fará". Não sei se a evolução dos acontecimentos futuros tornará a realidade como uma oportunidade para lançar no mercado um livro com as características do seu. Neste momento, não avalio como bom o momento que vivemos, pelo excesso de livros relacionados com Obama e até com Trump, pela reacção dos compradores, pela impopularidade de Trump que ajuda a valorizar Obama e pela dificuldade de passar para fora o conceito de um livro que desfaz o ex-presidente.» Talvez seja o que explica também porque é que Bernardo Pires de Lima, que co-escreveu (com Raquel Vaz-Pinto) «Administração Hillary», e Germano Almeida, que escreveu «Nunca é Tarde para Ganhar», não só não foram sancionados, penalizados, por arrogantemente, e com a incompetente, irresponsável cumplicidade das suas editoras, se terem armado em «profetas», como continuam a ser convidados e a participar frequentemente como comentadores, «especialistas», em vários canais de rádio e de televisão – aliás, o criador do blog (há dois anos inactivo) Casa Branca, porque, aparentemente, há uma «escassez» de analistas, tem, «coitado», de às 21.30 de um dia estar na RTP e às 7 do dia seguinte na SIC para dar os seus (nada credíveis) «bitaites» e depois de escrever e de publicar artigos nos sítios da TVI e da RTP, pouco tempo assim lhe restando para dedicar à sua actividade profissional alegadamente principal, a de jornalista desportivo com enfoque no futebol (aliás, actualmente trabalha na FPF)!
É também porque eu me «indigno» com inaceitáveis «abusos» como este que, ao longo dos anos, e com alguma regularidade (a última vez que o fiz foi no mês passado), fui oferecendo a minha colaboração, propondo os meus serviços enquanto comentador sobre os EUA a diversos órgãos de comunicação social… e nunca recebi respostas (positivas). Poderá esta situação mudar se e quando o «livro do Obamatório» for publicado? Será melhor eu esperar sentado… ;-) (Também no Obamatório.)
Nos cerca de doze meses que entretanto decorreram já propus o livro para publicação a seis editoras… e todas recusaram. A primeira disse «não» ainda antes de eu ter o livro concluído e de a sinopse estar pronta – apenas lhes enviei uma primeira selecção, incompleta e provisória, dos textos a incluir; foi a Contraponto. A seguir, contactei as duas editoras que lançaram em 2016 (antes de 8 de Novembro) livros cuja principal premissa, e previsão, era a de que Hillary Clinton iria vencer a eleição presidencial e tornar-se a primeira mulher presidente dos EUA – algo a que eu já fizera referência então; portanto, tanto à PrimeBooks, que editou «Nunca é Tarde Para Ganhar», como à Tinta da China, que editou «Administração Hillary», apresentei o meu livro, que assenta em factos confirmáveis e não em adivinhações pouco menos do que astrológicas… mas ambas rejeitaram-no. Depois, tentei uma editora que já lançara (em 2006) um livro (co-)escrito por mim, «Os Novos Descobrimentos»; no entanto, na Almedina, disse-me uma pessoa que trabalha naquele grupo editorial, «infelizmente não houve consenso quanto à publicação (do meu livro) por uma questão temática sobretudo, e não obstante o facto de estar extremamente bem escrito» (já o sabia, mas é sempre bom que outros o confirmem ;-)); mas houve lá quem preferisse gastar (muito mais) dinheiro na aquisição dos direitos, na tradução e na publicação (em pouco mais de um mês) de «Fogo e Fúria – Dentro da Casa Branca de Donald Trump», de Michael Wolff – alguém que confessou que o seu trabalho «nada tem a ver com a verdade». Posteriormente experimentei a Matéria-Prima, mas esta alegou que o seu plano editorial (para este ano?) já estava fechado – e de lá não responderam à minha pergunta subsequente sobre se o meu livro seria considerado depois de o plano editorial ser reaberto. Enfim, dirigi-me à Gradiva depois de saber que aquela publicara (em Junho último) «Os Anos Trump – O Mundo em Transe», de Eduardo Paz Ferreira (marido de Francisca Van Dunem, actual Ministra da Justiça), para quem DJT constitui uma «ameaça à civilização»; a réplica, todavia, uma vez mais negativa, veio no (para mim) tempo recorde de 15 horas (!), tendo o próprio Guilherme Valente depois me comunicado – e admitido – que não leram nem iriam ler o meu livro (além, suponho, da sinopse)… por não o terem considerado «adequado à programação».
Por tudo isto se confirma que em Portugal – e não apenas, claro, no que se refere a perspectivas sobre a política dos EUA – no sector editorial se verificam praticamente os mesmos níveis de discriminação, preconceito e desinformação que se registam no da comunicação social. Alguém que trabalha naquele e que o conhece bem deu-me a seguinte explicação, a sua «leitura» da situação: «por mau que tenha sido o mandato de Obama, e para a grande maioria das pessoas não foi, o que se lhe está a seguir torna-o, aos olhos das pessoas, bom. É aquela velha máxima de que "atrás de mim virá quem de mim bom fará". Não sei se a evolução dos acontecimentos futuros tornará a realidade como uma oportunidade para lançar no mercado um livro com as características do seu. Neste momento, não avalio como bom o momento que vivemos, pelo excesso de livros relacionados com Obama e até com Trump, pela reacção dos compradores, pela impopularidade de Trump que ajuda a valorizar Obama e pela dificuldade de passar para fora o conceito de um livro que desfaz o ex-presidente.» Talvez seja o que explica também porque é que Bernardo Pires de Lima, que co-escreveu (com Raquel Vaz-Pinto) «Administração Hillary», e Germano Almeida, que escreveu «Nunca é Tarde para Ganhar», não só não foram sancionados, penalizados, por arrogantemente, e com a incompetente, irresponsável cumplicidade das suas editoras, se terem armado em «profetas», como continuam a ser convidados e a participar frequentemente como comentadores, «especialistas», em vários canais de rádio e de televisão – aliás, o criador do blog (há dois anos inactivo) Casa Branca, porque, aparentemente, há uma «escassez» de analistas, tem, «coitado», de às 21.30 de um dia estar na RTP e às 7 do dia seguinte na SIC para dar os seus (nada credíveis) «bitaites» e depois de escrever e de publicar artigos nos sítios da TVI e da RTP, pouco tempo assim lhe restando para dedicar à sua actividade profissional alegadamente principal, a de jornalista desportivo com enfoque no futebol (aliás, actualmente trabalha na FPF)!
É também porque eu me «indigno» com inaceitáveis «abusos» como este que, ao longo dos anos, e com alguma regularidade (a última vez que o fiz foi no mês passado), fui oferecendo a minha colaboração, propondo os meus serviços enquanto comentador sobre os EUA a diversos órgãos de comunicação social… e nunca recebi respostas (positivas). Poderá esta situação mudar se e quando o «livro do Obamatório» for publicado? Será melhor eu esperar sentado… ;-) (Também no Obamatório.)
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