Há um novo prémio literário com o nome de – e em
honra e em memória de – um já (infelizmente) falecido professor e investigador
universitário português que, na década de 90 do século passado, e como Ministro
da Ciência e da Tecnologia, foi o principal responsável pela definição e pela
concretização de várias políticas e de iniciativas tendentes à construção de
uma sociedade da informação, assentes em novas tecnologias digitais e reunindo
entidades públicas e privadas. Trata-se do Prémio Literário de Ficção Científica (José) Mariano Gago, numa organização da associação Era Uma Voz.
O prémio, no valor de 2500 euros, tem «o obje(c)tivo de
homenagear José Mariano Gago, através da criação literária na área da ficção científica,
associando este género literário a uma personalidade absolutamente determinante
na vida cultural, política e científica nacionais. É um estímulo aos escritores
para explorarem novas fronteiras da imaginação e de visões de futuro, numa
ligação entre a ciência, a literatura e o pensamento, em honra do seu legado
visionário.» Os textos, inéditos, com um mínimo de 15 mil e um máximo de 20 mil
palavras, podem ser submetidos até 31 de Março de 2025.
Será relevante recordar
que já existiu um primeiro Prémio Literário José Mariano Gago, em 2018, com
outras características e promovido por outra entidade, e ao qual eu concorri
com o meu livro «Nautas», mas que veio a revelar-se ser um projecto pervertido,
como relatei aqui e aqui, e que por isso, em última instância, acabou por
manchar o legado do homem a quem supostamente se pretendia prestar tributo. Esperemos
que agora, com este novo galardão, tal não aconteça; e desta vez não
concorrerei, mas apenas porque não possuo uma obra com as características
exigidas pelo regulamento.