sexta-feira, novembro 27, 2015

Obras: Intitula-se «Q»

Quem costuma aceder, consultar e ler (a)o blog MILhafre, do Movimento Internacional Lusófono, dos quais sou membro, nos quais participo, poderá eventualmente ter reparado num texto, publicado ontem naquele, intitulado «Prefácio a “Q”, de Octávio dos Santos» e escrito por Renato Epifânio. Publicado originalmente na edição do passado dia 24 de Novembro do jornal O Diabo, da sua leitura se depreende imediatamente que se trata do texto que introduz, e est(ar)á incluído, (n)o meu novo livro, cujas existência e edição anunciei pela primeira vez no passado dia 23 de Novembro.
Sim, intitula-se «Q», e é uma colectânea de (mais de 60) poemas da minha autoria, escritos entre 1978 e 2015, e que têm como temas comuns, ou referências últimas, Portugal, os portugueses, os países e os povos da Lusofonia, a(s) sua(s) História(s), figuras, factos e lendas. Por isto se torna igualmente compreensível, e até inevitável, que seja uma obra publicada, precisamente, pelo MIL. A partir do próximo mês poderão conhecê-la na sua totalidade; porém, alguns dos poemas que a integram já foram divulgados no Octanas. E, ainda aqui, já pode ser contemplada a capa - concebida por mim e concretizada por Daniel Gouveia, que também procedeu à paginação do livro.    

segunda-feira, novembro 23, 2015

Oráculo: Em Dezembro o meu novo livro

Está já em fase final de paginação e de revisão, e prestes a ir para impressão, o meu novo livro, que será editado no próximo mês de Dezembro. As suas características fundamentais, incluindo o título, tema principal, género literário em que se insere, conteúdos, editora e data de apresentação-disponibilização, serão divulgadas em breve aqui no Octanas… e não só.

terça-feira, novembro 17, 2015

Observação: Dois Pintos a fazerem «piu-piu»

Em 2012, publiquei aqui no Octanas, e também no MILhafre e no Esquinas, o texto «Tirar os três», que incluiria depois no meu livro «Um Novo Portugal – Ideias de, e para, um País». Nele escrevi: «Onde está a cobertura constante das escutas telefónicas feitas a Jorge Nuno Pinto da Costa e a José Sócrates Pinto de Sousa, exemplos e expoentes máximos, personificações e símbolos definitivos das perversões intrínsecas e das promessas falhadas da Terceira República?» Pois bem, o que aconteceu, o que se descobriu? Que o Jorge e o José almoçaram juntos, ontem, no Porto! Foi uma forma de o segundo agradecer ao primeiro a visita que este lhe fez na «gaiola» em Évora. Dois Pintos a fazerem «piu-piu», «cantando» e «debicando» alegremente, aproveitando o facto de (ainda) estarem à solta. Desconhece-se a ementa, mas não seria de surpreender se aquela tivesse incluído robalo, café com leite e fruta.

quarta-feira, novembro 11, 2015

Observação: A ruína, o fim, provavelmente

Com um dos meus melhores e mais antigos amigos troquei recentemente (há quase um mês) algumas mensagens de correio electrónico sobre a actual situação política, as mais recentes eleições legislativas e a personalidade – boa, má, ou falta dela – de António Costa, secretário-geral do Partido Socialista. Convém salientar que o conheci quando ambos erámos militantes da Juventude Comunista Portuguesa, e que, 35 anos depois, ele continua a ser de esquerda mas eu já não…
Começou esse meu amigo por criticar e condenar o artigo de Maria de Fátima Bonifácio, «Costa no seu labirinto», publicado no Observador a 11 de Outubro último. Respondi: «nada do que ela escreveu me pareceu errado ou exagerado. E deixemo-nos de lirismos: discutir as ideias, as palavras, as acções, as atitudes, os comportamentos de um homem... é inevitavelmente discuti-lo - e, eventualmente, atacá-lo – “ad hominem”. E “O Costa dos naufrágios” merece todas as críticas que tem recebido... e receberá.» Além da ligação para aquele meu texto, enviei-lhe depois outras duas: a primeira relativa ao texto «Um homem cheio de qualidades», de Rui Albuquerque, no Blasfémias; a segunda relativa a «uma paródia aos socialistas tugas... com base nos nacionais-socialistas boches», ou, mais concretamente, num (excerto de um) filme regularmente e risivelmente adaptado, divulgada por Miguel Noronha n’O Insurgente. A tudo isto ele respondeu com uma reflexão marcada pela desilusão e pela resignação, abrangendo não só o país mas também os que lhe estão mais próximos, tomando como referência e ponto de comparação o caso de uma outra nação europeia, e tendo como asserção central a certeza (dele) de que Pedro Passos Coelho «não tem legitimidade rigorosamente (alguma) para continuar a fornicar a vida dos portugueses». A isto ripostei…
… Com o seguinte: «Factos: os problemas sofridos por Portugal nos últimos anos foram todos causados e/ou agravados pelos (des)governos de José Sócrates. Nos quais António Costa teve um (mau) papel fundamental: foi, durante bastante tempo, o Nº 2 do ex-preso 44. Lamento que a tua sobrinha tenha emigrado, lamento que a tua irmã tenha visto a situação dela degradar-se. Lamento que os filhos do teu ex-vizinho tenham ficado desamparados (não lamento o pai, cobarde (suicidou-se)). Mas não pode nem deve haver dúvidas sobre quem foram, e são, os verdadeiros (ir)responsáveis. PSD e CDS, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, foram melhores, mas não muito. Há quatro anos votei em PPC; agora, não. Desiludiu-me. E não foi só por manter o “aborto pornortográfico” (que antes criticara); foi também por vender bens públicos a chineses comunistas; por vender a ANA... fosse a quem fosse. Atenuou um pouco a pouca vergonha do aborto incentivado e financiado pelo Estado… mas só porque houve uma iniciativa legislativa de cidadãos (dinamizada por uma ex-deputada do PSD) que o pressionou. E desiludiu-me, claro, por ter aumentado os impostos em vez de os diminuir. É o facto de termos um Estado ganancioso... e ineficiente, que causa, principalmente, a depressão - financeira e psicológica - em que continuamente nos encontramos. Sem dinheiro (tirado pelo fisco) para gastar, pagar, investir, é normal (infelizmente) que muitos portugueses emigrem. E um país sem pessoas e sem dinheiro não tem grandes hipóteses de progredir. É esta, fundamentalmente, a grande diferença entre esquerda e a (verdadeira) direita: esta sabe que só diminuindo impostos e o peso do Estado na sociedade se obtém um real e sustentado desenvolvimento. PSD e CDS não são de direita mas sim de esquerda moderada; BE, PCP e PS são de esquerda radical. Mas atenção: reconheço, concordo, que os três partidos da esquerda radical têm legitimidade para formar um governo... se, obviamente, a força política mais votada - a coligação PSD-CDS - que, logicamente, tem primazia na formação de um novo executivo, não ver este aprovado no parlamento. Então se veria o que aconteceria. A ruína derradeira do país, o fim do regime? Muito provavelmente. Mas até isso não seria, necessariamente, completamente mau: seria uma oportunidade para, quem sabe, uma outra revolução, para restaurar a Monarquia, que é, naturalmente, o que eu desejo.»
… E para a qual há, reafirmo-o, legitimidade histórica total. Ontem, 10 de Novembro de 2015, aquele previsível cenário par(a)lamentar concretizou-se. A ver vamos se outros se concretizarão também… ou não. 

terça-feira, novembro 03, 2015

Obituário: Maria da Ascensão Rodrigues

Faleceu no passado dia 20 de Julho, e, se fosse viva, completaria hoje 89 anos. É por isso que escolhi esta data para uma breve, mas sentida, evocação de, e homenagem a, Maria da Ascensão Gonçalves Carvalho Rodrigues…
… Uma mulher, uma senhora, que nem todos sabem, ou sabiam, quem era, o que fez; que não alcançou um estatuto de figura pública nacional que até mereceria, ficando-se por uma (excelente) notoriedade regional e local, que em nada a diminuiu, antes pelo contrário; que, apesar disso, muitos tiveram o privilégio de conhecer pessoalmente… entre os quais eu e a minha família. Como, onde, é que isso foi? De uma das formas mais casuais possíveis: aconteceu passarmos, todos, as férias de Verão na mesma praia do Algarve, e desde há muito… e o primeiro contacto deu-se quando, há nove anos, a minha filha mais nova, bebé de dois, resolveu passear e visitar a «vizinha» de um toldo ao lado… Maria da Ascensão Rodrigues acabou por se tornar para ela e para as irmãs (e para os pais…) quase uma parente, uma avó ou uma tia…
… Com, na verdade, muitas histórias para contar, depois de décadas, nas Beiras interiores, a Alta e a Baixa, a ouvi-las, escrevê-las, organizá-las e a imprimi-las, por entre os seus afazeres de professora. Tenho, generosamente oferecidos e autografados, exemplares de «Ferro-Cova da Beira – Estudos Arqueológicos e Etnográficos, Curiosidades» (1982), «Cancioneiro-Cova da Beira – Romanceiro» (1990, com prefácio de José Hermano Saraiva), «Cancioneiro-Cova da Beira – Canções Narrativas, Outros Géneros Poéticos e Adenda ao Romanceiro» (1999) e «Contos da Velha ao Soalheiro, Outras Histórias e Historietas, recolhidos na Cova da Beira, sobretudo no Ferro» (2013). Os três primeiros livros foram editados pela própria autora, e o quarto – em que eu pude dar o meu (modesto) contributo, por convite e gentileza da Prof.ª Maria da Ascensão – foi editado pela Câmara Municipal da Covilhã, que já em 2008 lhe atribuíra, muito justamente, a Medalha de Mérito Municipal (grau prata)…
… Uma distinção, um «prémio de carreira», por todo o tempo e todo o trabalho que dedicou a registar a voz e o saber do povo anónimo junto do qual sempre viveu e que soube valorizar. É por isso que Maria da Ascensão Rodrigues, tal como tantos outros que de facto, no terreno, preservam e divulgam a Cultura no mais simples e no mais nobre que ela tem, merece(rá) não cair no anonimato, no esquecimento. E para isso eu, mais uma vez, dou o meu (modesto) contributo.