... De «A República Nunca Existiu!» O dia em que se assinala mais um aniversário (o centésimo terceiro) do assassinato, por republicanos, do Rei D. Carlos e do Príncipe Luís Filipe, constitui o momento adequado para se fazer um breve ponto da situação da segunda parte da antologia colectiva de contos de história alternativa que eu concebi, cujo primeiro volume foi lançado em 2008.
A edição continua a estar prevista para o primeiro semestre deste ano; alguns dos autores convidados já concluiram e enviaram-me os seus contos – entre eles está António de Macedo; Pedro Piedade Marques, que realizou o (magnífico) desenho de paginação de «Poemas» de Alfred Tennyson (que eu traduzi), vai fazer o mesmo trabalho n’«A República... 2». E eu já redigi a versão inicial da introdução, de que transcrevo em seguida um excerto:
«(...) Apesar de não ter sido (de longe!) o mais vendido no historial da Saída de Emergência, este livro («A República Nunca Existiu!») foi, quase de certeza, o que mais referências recebeu, e durante o maior período de tempo, de entre todos os que já foram lançados por este grupo editorial. Houve, há, obviamente, um motivo principal para esta “durabilidade”, e deve-se dizê-lo sem falsas modéstias: a originalidade, e até a ousadia, do conceito que lhe está na base. A que se deve acrescentar o momento em que foi concretizado: entre dois centenários, o do Regicídio e o da implantação da República, quando, previsivelmente, a disponibilidade para produzir e para consumir factos e ficções relativos à História (mais ou menos) recente de Portugal aumentou, e muito. E, logo após a edição do primeiro volume, cedo ficou evidente que se justificava a edição de um segundo: o assunto ainda dava muito «pano para mangas», ainda proporcionava muita «margem de manobra», e havia outros autores com os quais eu muito gostaria de colaborar, de trabalhar, num projecto deste tipo. E não há que escondê-lo: o objectivo inicial era mesmo lançar este segundo volume de contos sobre um “Portugal alternativo” aquando dos 100 anos da República, em Outubro de 2010. Contudo, e por motivos a que não interessa agora aludir, tal não foi possível. Mas até foi melhor assim; há “males que vêm por bem”. “A República Nunca Existiu! – Volume 2” é lançado num “ambiente” mais “desanuviado” em termos “literário-comemorativísticos”. (...)»
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