Na edição de hoje (Nº 7080) do jornal Público, e nas páginas 2 e 3 do caderno P2, a habitual rubrica de efeméride é dedicada a Alfred Tennyson. Por sugestão minha, e com base na biografia que escrevi e enviei, este jornal evoca os 150 anos da chegada do poeta inglês a Portugal.
Foi a 21 de Agosto de 1859 que Alfred Tennyson, juntamente com dois amigos, desembarcou em Lisboa. «Visitaram o Mosteiro dos Jerónimos, a Sé, a Igreja de São Vicente de Fora e o Jardim Botânico da Ajuda... e gostaram tanto da “exótica e luxuriante vegetação” do jardim que o visitaram uma segunda vez. Alfred Tennyson terá ficado tão impressionado com o local que poderá tê-lo recordado, e utilizado, enquanto inspiração para poemas posteriores, em especial “Enoch Arden”; porém, ficou desagrado por encontrar o cemitério (inglês) protestante encerrado... porque queria ver o túmulo de Henry Fielding, o autor de “Tom Jones”, falecido na capital portuguesa em 1754. A 23 de Agosto partiram para Sintra, onde chegaram após uma viagem de três horas; visitaram o castelo, o Parque e o Palácio da Pena, o Palácio da Vila, a Quinta e o Palácio de Monserrate (onde William Beckford habitara quase 70 anos antes), Colares e a Praia das Maçãs – onde “permaneceram longamente, admirando os pescadores, a grande quietude do local e o oceano Atlântico”. De volta a Lisboa a 26 de Agosto, os três ingleses assistiram a uma tourada no Campo de Santana, tendo apreciado a “forma menos violenta e cruel (em comparação com Espanha) de tratar os touros”. A 5 de Setembro, e já sem Grove, que entretanto partira, Palgrave e Tennyson foram a Santarém, onde, mais do que do castelo (em ruínas...), dos conventos e das igrejas, gostaram da vista sobre o vale da cidade e as “longas curvas do verde Tejo”. Finalmente, a 7 de Setembro, embarcaram de regresso a Inglaterra – não concretizando, assim, o plano inicial da viagem, que previa também viagens a Cádis, Granada, Málaga, Sevilha, Gibraltar e Tânger.»
A versão integral do texto de onde este excerto foi retirado poderá ser encontrada no livro «Poemas» de Alfred Tennyson, que eu organizei, e que será editado ainda em 2009 pela Saída de Emergência. Esta é, aliás, a segunda grande efeméride relativa ao autor novecentista que se assinala neste ano e neste mês: no passado dia 6 cumpriram-se os 200 anos do seu nascimento. (Informação e evocação também no Esquinas (50).)
Foi a 21 de Agosto de 1859 que Alfred Tennyson, juntamente com dois amigos, desembarcou em Lisboa. «Visitaram o Mosteiro dos Jerónimos, a Sé, a Igreja de São Vicente de Fora e o Jardim Botânico da Ajuda... e gostaram tanto da “exótica e luxuriante vegetação” do jardim que o visitaram uma segunda vez. Alfred Tennyson terá ficado tão impressionado com o local que poderá tê-lo recordado, e utilizado, enquanto inspiração para poemas posteriores, em especial “Enoch Arden”; porém, ficou desagrado por encontrar o cemitério (inglês) protestante encerrado... porque queria ver o túmulo de Henry Fielding, o autor de “Tom Jones”, falecido na capital portuguesa em 1754. A 23 de Agosto partiram para Sintra, onde chegaram após uma viagem de três horas; visitaram o castelo, o Parque e o Palácio da Pena, o Palácio da Vila, a Quinta e o Palácio de Monserrate (onde William Beckford habitara quase 70 anos antes), Colares e a Praia das Maçãs – onde “permaneceram longamente, admirando os pescadores, a grande quietude do local e o oceano Atlântico”. De volta a Lisboa a 26 de Agosto, os três ingleses assistiram a uma tourada no Campo de Santana, tendo apreciado a “forma menos violenta e cruel (em comparação com Espanha) de tratar os touros”. A 5 de Setembro, e já sem Grove, que entretanto partira, Palgrave e Tennyson foram a Santarém, onde, mais do que do castelo (em ruínas...), dos conventos e das igrejas, gostaram da vista sobre o vale da cidade e as “longas curvas do verde Tejo”. Finalmente, a 7 de Setembro, embarcaram de regresso a Inglaterra – não concretizando, assim, o plano inicial da viagem, que previa também viagens a Cádis, Granada, Málaga, Sevilha, Gibraltar e Tânger.»
A versão integral do texto de onde este excerto foi retirado poderá ser encontrada no livro «Poemas» de Alfred Tennyson, que eu organizei, e que será editado ainda em 2009 pela Saída de Emergência. Esta é, aliás, a segunda grande efeméride relativa ao autor novecentista que se assinala neste ano e neste mês: no passado dia 6 cumpriram-se os 200 anos do seu nascimento. (Informação e evocação também no Esquinas (50).)
Sem comentários:
Enviar um comentário