Já assinei a petição
«Preservar a Praça do Império é defender a Portugalidade», promovida pelo Nova Portugalidade, um grupo de cidadãos que
tem como objectivo da sua actividade «o estudo, promoção e defesa do património
material e espiritual da Portugalidade». Quem
quiser fazer o mesmo deve ir aqui.
Lê-se no texto que apresenta
e que explica a iniciativa: «(…) Os canteiros floridos da Praça do Império são,
pese embora o desprezo que lhes parecem votar alguns espíritos menos avisados,
um símbolo vivo, actual, da viva e actual globalização portuguesa.
Representam-se ali, com os seus brasões de armas, os pedaços de Portugalidade
que mais longamente se mantiveram ligados entre si; hoje, o jardim é testemunho
forte de uma aventura colectiva que marcou o nosso passado e pode bem
determinar o nosso futuro. (…) Não pode existir argumento financeiro, estético
ou histórico que concorra para a destruição de algo tão belo e pleno de
significado. Se avançar com o projecto de requalificação agora aprovado para a
Praça do Império, a CML cometerá um crime contra Lisboa, o património nacional
e a profunda amizade que mantemos com os povos da Portugalidade. Mais,
tratar-se-ia de um crime contra a História e, portanto, contra o próprio país.
(…)»
O tema, este texto e as
expressões nele utilizadas como que ecoam outra petição, que subscrevi em 2013,
e que também incidia sobre um elemento do património de Lisboa em risco – o
cinema Odéon. Então escrevi: «Aparentemente, e infelizmente, o meu (modesto)
apoio, tal como o de outros, não
deverá ser suficiente para
evitar a demolição. Que, a concretizar-se, será mais um crime contra o
património nacional – não só da capital – cometido, ou permitido, pela Câmara
Municipal de Lisboa, pelo seu actual presidente e pela sua equipa.» O «actual
presidente» então referido é agora primeiro-ministro… e um dos elementos da sua
equipa é agora edil da capital. Que, como que querendo mostrar ser um «digno»
sucessor, prossegue igualmente a «política» de sacrificar a funcionalidade à estética (e os automobilistas aos ciclistas), da Avenida da Liberdade à da
República. Para alguns as batalhas ideológicas estendem-se à relva dos jardins
e ao alcatrão das vias. (Também no MILhafre.)
Sem comentários:
Enviar um comentário