Na edição
de hoje (Nº 1085) do jornal Público, e nas páginas 2 e 3 do suplemento Ípsilon,
está o meu artigo «Dias de um passado futuro». Um excerto: «Na verdade, não faltam casos de
investigadores e de inovadores na ciência e na tecnologia contemporâneas que
atribuem a obras de FC, que leram e/ou que (ou)viram na infância e/ou na
juventude, a origem das suas ideias e dos seus projectos. São os autores que
escreve(ra)m FC quem, em última análise, (quase sempre) triunfam, pela
confirmação das suas visões e pela omnipresença das suas expressões –
repare-se, por exemplo, nas várias vindas de “Mil Novecentos e Oitenta e
Quatro”, de George Orwell, que neste ano assinalou os 70 da sua publicação. São
extra-ordinários, em oposição aos ordinários que mais não fazem do que replicar
a mediocridade quotidiana. Neste
âmbito, um dos exercícios mais interessantes é, precisamente verificar se numa
determinada data se concretizaram as previsões para ela apontadas no passado
quando a mesma mais não era do que um ponto de um futuro mais ou menos
distante.» (Também no Simetria.)
sexta-feira, novembro 22, 2019
quarta-feira, novembro 13, 2019
Oráculo: No Porto, dia 25, para falar de HA
No
próximo dia 25 de Novembro estarei no Porto para participar no «1º Encontro Internacional de História Mundial ”e se?”». Mais concretamente, integrarei o
terceiro painel, com início às 15.15 e término às 16.15 horas, denominado
«Questões da política contemporânea e história alternativa», juntamente com
Nelson Zagalo e Tomás Vieira Silva. A iniciativa decorrerá n(o auditório Casa
Comum d)a Reitoria da Universidade do Porto e é organizada pela Invicta Imaginária, colectivo criativo responsável pelo projecto «Winepunk» e ao qual
pertence AMP Rodriguez, que comigo participou, no ano passado, no colóquio
«República Irreal & Fantástica» e que agora me convidou para esta
iniciativa.
Este
encontro na capital da Norte começará às 10 horas e acabará às 18.30. Outros
temas em discussão e respectivos painéis serão «Divergências históricas nas
realidades alternativas lusófonas», «Arte e história alternativa» e «As leis e
os costumes retrofuturistas», em que participarão Alfredo Behrens, Fátima São Simão, João
Barreiros, João Seixas, Luís Filipe Silva, Jorge Palinhos, Madalena Nogueira
dos Santos, Rogério Ribeiro e Vítor Almeida. Haverá também duas
comunicações especiais: «Steampunk, a conquista retrofuturista do imaginário
colectivo», por Joana Neto Lima; e «Cronologias revistas e aumentadas – Novos desafios
literários na história alternativa portuguesa», por Sandra Maria Teixeira. E
ainda exibição de curtas-metragens, música (de piano) ao vivo e a inauguração
de uma exposição de ilustrações de Rui Alex. AMP Rodriguez conduzirá a sessão
de abertura e Fátima Vieira (vice-reitora da Universidade do Porto) a de
encerramento.
Segundo
a organização do encontro, este tem como objectivo «perguntar, imaginar e
analisar as respostas possíveis para as realidades impossíveis e brindar, entre
académicos e público em geral, ao que de extraordinário e fecundo elas trazem à
sociedade real.» Além de que «as histórias de “E se…” têm constituído, ao longo
das épocas, uma forma privilegiada de exploração artística e filosófica do
impacto dos acontecimentos da História, passados ou futuros na nossa sociedade.
São um exercício de reflexão de uma cultura, uma forma de olharmos para nós
mesmos sem as amarras do realismo puro e sem a absoluta liberdade do
surrealismo, mas ancorados em elementos familiares que permitem aos leitores
identificar facilmente o ambiente que está a ser explorado.»
A minha presença neste evento é justificada,
obviamente, pelo facto de eu ser o criador, organizador e um dos autores da
antologia de história alternativa «A República Nunca Existiu!», livro que, mais
de dez anos depois da sua edição, continua ocasionalmente a ser referenciado e
comentado. No revista Bang! Nº 25 (Outubro de 2018), e na página 110, Rogério Ribeiro, no texto «A história da Saída de
Emergência no Fórum Fantástico, recordou: «Continuando a relação do evento com
as antologias da SdE, no FF2007 foi apresentada a antologia “A República Nunca
Existiu!”, editada por Octávio dos Santos.» No seu blog O Prazer das Coisas, a 5 de Março de 2019 Tita deu por escrito e em vídeo (neste a partir dos nove
minutos), a sua opinião sobre o livro. No sítio Bit2Geek, e a 25 de Julho último, Artur Coelho não considerou «A República…» como um dos principais
«cinco livros para descobrir a ficção científica portuguesa» mas não deixou de
lhe fazer uma menção como uma dos exemplos da «muito pouca coisa», de obras que
é «muito raro encontrar» por autores portugueses numa das «vertentes e
sub-géneros da FC e Fantástico» que é a história alternativa. (Também no MILhafre e no Simetria.)
segunda-feira, novembro 04, 2019
Oráculo: Evocar Eça de Queiroz, de 15 a 18
Foi a
23 de Janeiro passado que anunciei aqui pela primeira vez a realização do
congresso «Eça de Queiroz, nos 150 anos do Canal do Suez», divulgando ao mesmo
tempo (a ligação para) o blog específico sobre aquele, criado pelo Movimento
Internacional Lusófono para a difusão das informações relevantes relativas à
iniciativa, ao homenageado, à efeméride e à época histórica em que se inserem.
Então já
eram apontados os dias em que o evento decorreria: 15, 16, 17 e 18 de Novembro,
o que se confirma. No primeiro e no quarto serão apresentadas as comunicações
pelos seus autores: a 15 (sexta-feira) na Sociedade de Geografia de Lisboa,
sendo o painel da manhã moderado por Renato Epifânio e o da tarde por Rui Lopo;
a 18 (segunda-feira) na Biblioteca Nacional de Portugal, sendo o painel da
manhã (mais uma vez) moderado por Renato Epifânio e o da tarde por mim. No
segundo e no terceiro dias será tempo de actividades complementares mas não
menos significativas: a 16 (sábado) decorrerá um almoço na SGL em que Ferreira
Fernandes, actual director do Diário de Notícias, fará uma alocução alusiva à
colaboração do autor d’«A Relíquia» com aquele jornal aquando da sua viagem ao
Médio Oriente para cobrir como jornalista a inauguração da passagem entre o Mar
Mediterrâneo e o Mar Vermelho, e isto no mesmo dia em que o DN, na sua agora
habitual edição semanal, inclui um caderno especial de oito páginas com
reproduções dos textos enviados por Eça de Queiroz; a 17 (domingo) – dia exacto
da efeméride – far-se-á (da parte da tarde) um «passeio cultural pela Lisboa de
Eça e da “Geração de 70”», conduzido por Fabrizio Boscaglia, ele próprio um dos
oradores do congresso. O programa completo pode ser consultado aqui, e avisa-se
que as presenças tanto no almoço de 16 como no passeio de 17 de Novembro são
sujeitas a inscrição prévia.
Enfim,
recorda-se que Annabela Rita integra a comissão organizadora do congresso,
juntamente comigo, Renato Epifânio e Rui Lopo. E renova-se o agradecimento às
outras instituições que colabora(ra)m com o MIL para a concretização da
iniciativa. (Também no MILhafre.)
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