Na edição de hoje (Nº 1320) do jornal (semanário regional) O Mirante, e na página 20,
está uma entrevista que eu concedi a Jéssica Rocha, sob o título «O jornalismo de proximidade é imprescindível nos nossos tempos». Um excerto: «A
multiplicidade de fontes e meios de informação é boa, mas por vezes leva a que
o rigor seja menor. Já não se espera tanto. E as vozes mais experientes vão
sendo afastadas, não porque não se adaptem às novas tecnologias mas porque é
mais caro mantê-las. (…) O online tem imensas vantagens, um grande alcance e
permite a actualização constante dos assuntos. Consumimos cada vez mais
informação em formato digital mas, ao contrário do que se dizia, os livros
continuam a ter mais saída em papel do que em ebook.» (Também no MILhafre.)
quinta-feira, outubro 12, 2017
terça-feira, outubro 10, 2017
Obituário: António de Macedo
Decorreu
ontem, segunda-feira, à tarde, no cemitério do Alto de São João, em Lisboa, o
funeral (missa de corpo presente seguida de cremação) de António de Macedo, que faleceu no passado dia 5 de Outubro. Eu estive presente para participar na
cerimónia de despedida a um homem, artista, cidadão, exemplar e excepcional, a
quem eu devo tanto, a quem muitos outros devem tanto.
No meu
caso, e como constantemente tenho referido ao longo do tempo, a ele devo o
início da minha carreira literária, ao ter decidido publicar, por sugestão de
Sérgio Franclim, o meu livro «Visões» na colecção «Bibliotheca Phantastica» da
(entretanto extinta) editora Hugin, para o qual escreveu, aliás, uma elogiosa
introdução, que replicou, oralmente, na apresentação da minha obra de estreia,
ocorrida n(a Biblioteca d)o Palácio Galveias, em Lisboa, em 2003. Depois disso,
foram muitos anos de encontros, conversas e colaborações – em especial a sua
participação na antologia colectiva de contos de ficção científica e fantástico
«Mensageiros das Estrelas», que eu concebi e co-organizei, e cuja apresentação, na edição de 2012 do colóquio internacional com o mesmo nome, na Faculdade de
Letras da Universidade de Lisboa, contou com a sua presença. Várias
apresentações de livros autografados por ele, que não incluem, infelizmente, o
seu último romance, «Lovesenda ou o Enigma das Oito Portas de Cristal», cuja
publicação pela Editorial Divergência eu me orgulho de ter proporcionado.
Aliás, a apresentação daquela obra, ocorrida em 18 de Fevereiro último na
Biblioteca São Lázaro, em Lisboa, não contou com a sua presença, o que
constituíu um indício infeliz de que o seu estado de saúde já se agravara
consideravelmente.
Assim,
a última ocasião em que eu – e muitas outras pessoas – estive(mos) com ele foi
aquando da estreia no cinema São Jorge, em Setembro do ano passado durante o
festival MoteLx, do seu último filme, «O Segredo das Pedras Vivas», num
auditório repleto que o aplaudiu, que o ovacionou antes e depois de subir ao
palco para, rodeado por actores e técnicos que com ele trabalharam naquele
projecto, falar deste e ainda da sua carreira; sobre esta, e não muito tempo
depois, era estreado o documentário «Nos Interstícios da Realidade – O Cinema
de António de Macedo», o que contribuíu para fazer de 2016 «o ano de António». Então
vimo-lo frágil, andando com dificuldade. Tínhamos esperança de que ele
recuperasse, que o seu corpo readquirisse o vigor que a sua mente nunca deixou
de ter. Porém, tal acabou por não ser possível.
Este
desfecho não foi, pois, inesperado. No entanto, não deixa por isso de ser
triste. Fica a admiração, a gratidão, a saudade. E, ao contrário do que afirmou
Jorge Mourinha no Público, António de Macedo não estava «ultimamente esquecido»…
pelo menos não totalmente; eventualmente, talvez, por alguns ignorantes, ingratos
e invejosos de uma certa, pequenina, «cultura à portuguesa»; não, de certeza,
pelos adeptos e praticantes mais jovens da FC & F nacional, que tinham – e têm,
e continuarão a ter – nele um mentor, um modelo.
A ler ainda
as homenagens assinadas por Ana Almeida, David Soares, João Campos, João Lopes,
Luís Miguel Sequeira e Rogério Ribeiro. (Também no MILhafre e no Simetria.)
domingo, outubro 08, 2017
Obrigado: Aos que compareceram…
… Ontem,
no Núcleo de Alverca do Museu Municipal de Vila Franca de Xira, para a
apresentação dos meus livros «Nautas – O início da Sociedade da Informação em
Portugal», «Luís António Verney e a Cultura Luso-Brasileira do seu Tempo» e «Q
– Poemas de uma Quimera». Gostei muito de (re)ver familiares, amigos e ex-colegas,
alguns do Notícias de Alverca, onde, em 1985, me iniciei no jornalismo. Eu e
Renato Epifânio, em nome do Movimento Internacional Lusófono, muito agradecemos,
em especial, a Anabela Ferreira, Coordenadora do NAMMVFX, e à sua equipa, por
tão bem nos terem recebido e por terem divulgado a iniciativa. Que, entretanto,
já foi objecto de (breve) notícia no sítio na Internet do jornal O Mirante,
cuja jornalista Jéssica Rocha me fez uma entrevista também ontem, e que deverá
ser publicada em breve na edição em papel daquele semanário regional. (Também no MILhafre.)
quarta-feira, outubro 04, 2017
Orientação: Entrevista ao Voz Ribatejana
Na edição de hoje (Nº 173) do jornal (quinzenário regional) Voz Ribatejana, e nas páginas 26 e 27, está
uma entrevista que eu concedi ao director daquele, Jorge Talixa, sob o título
«Sociedade da informação motiva novo livro de Octávio dos Santos», sendo o
livro, obviamente, «Nautas». Um excerto: «Actualmente tudo, ou quase, se pode
ver, consultar, receber e pagar pela Internet, com um ecrã e um teclado.
Contudo, não sei se em certos casos se terá passado do “oito” ao “oitenta”, ou
mesmo do “zero” ao “cem”. Ainda existem significativas faixas da população,
constituídas por pessoas idosas e com pouco ou nenhum contacto com as nova
tecnologias, que como que são forçadas a cumprir as suas obrigações, fiscais e não,
em modo electrónico. Acho que é um erro, e um erro perigoso, estar-se a tentar
abolir, completamente ou quase, a utilização de papel. Tem de haver
salvaguardas físicas, concretas, e a Rede, embora poderosa, pode ser ou
tornar-se frágil, como o demonstram os constantes ataques e infiltrações por hackers que muitos sítios sofrem. Apesar
disso, sou por princípio contra a imposição de “regras” ou “factores de
controlo” que reduzam eventuais “abusos”, em especial no que se refere à
liberdade de expressão. Oponho-me incondicionalmente à censura prévia, e se
alguém se sentir prejudicado por algo que aconteceu, viu ou ouviu, que recorra
aos tribunais. Prefiro a auto-regulação à regulação… quantas vezes com “tiques”
totalitários.. vinda de cima. Os cidadãos devem estar sempre atentos, fazer bom
uso das ferramentas que têm ao seu dispôr… e não acreditarem em tudo o que
lêem. Mais uma vez digo, o cepticismo e a desconfiança, em doses adequadas, são
atitudes saudáveis.» (Também no MILhafre.)
domingo, outubro 01, 2017
Orientação: SS com 600!
Hoje
celebra-se mais um Dia Mundial da Música, o que significa também, no sítio
da Simetria, a publicação de uma nova edição do projecto Simetria Sonora.
E, tal como em edições anteriores, a esta grande lista foram adicionados 50
discos por mim considerados de ficção científica e de fantástico: são agora
600. Ilustra a de 2017 a imagem da capa de «Their Satanic Majesties Request»,
dos Rolling Stones, lançado originalmente em 1967 – ou seja, há 50 anos. A
ouvir… e a descobrir. Tudo, e sempre!
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