Na edição de hoje (Nº 9597) do jornal Público, e na página 45, está o meu artigo «O povo é, ou não, quem mais ordena?». Um excerto: «O
referendo não é algo que preferencialmente se deva fazer em situações de crise
aguda, emergência ou mesmo de conflito civil e/ou militar; é melhor
utilizado... e útil em democracias consolidadas e estáveis. Porém, e
obviamente, por algum assunto e em algum momento tem de se, convém, começar. É
pois de rejeitar, neste âmbito, a sobranceria, a arrogância paternalista de
tantos «estadistas» – como o actual (p)residente da república portuguesa – que
afirma(ra)m que um referendo “é uma questão que (em Portugal) não se põe”. E
porque não?» (Também no MILhafre.)
terça-feira, julho 26, 2016
domingo, julho 17, 2016
Ocorrência: 10 anos d’«Os Novos Descobrimentos»
Foi há
precisamente 10 anos – a 17 de Julho de 2006 – que eu e Luís Ferreira Lopes
fizemos a primeira apresentação do nosso livro «Os Novos Descobrimentos – Do Império à CPLP: Ensaios sobre História, Política, Economia e Cultura Lusófonas». A data não foi escolhida ao acaso: então assinalava-se o décimo
aniversário da criação da Comunidade de Países de Língua Portuguesa… e hoje
«comemora-se» o seu vigésimo aniversário.
O lançamento
decorreu na Livraria Almedina (esta também a editora da obra) do (centro
comercial) Atrium Saldanha, em Lisboa. Contámos, na mesa, com as presenças –
que muito nos honraram – de Adriano Moreira, Carlos Pinto Coelho (entretanto falecido), Manuel Ennes Ferreira e Nicolau Santos, que não só falaram do livro
e dos temas que ele aborda(va) como também aproveitaram a ocasião para, com os
autores, fazerem uma retrospectiva do que tinham sido os primeiros dez anos da
existência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – algo que então não
foi reconhecido por um certo comentador que, este ano, foi eleito para um muito
importante cargo político.
Porém, os
defeitos e as insuficiências detectadas na actuação da CPLP na sua década
inicial são, em meu entender, insignificantes perante o que aconteceu na
seguinte – mais concretamente, a implementação do «Acordo Ortográfico de 1990» e a admissão da Guiné Equatorial, pais onde vigora um regime ditatorial, como membro efectivo; a esperança inicial
transformou-se em desilusão posterior, pelo que pouco ou nada há, da minha
parte, para celebrar. (Também no MILhafre.)
segunda-feira, julho 11, 2016
Observação: Não, não acreditava…
… E, afinal,
não se pode negar que eu (à semelhança de muitos outros) tinha bastantes
motivos para isso: as decepções que também sofri em 1984, em 1986, 1996, 2000,
2002, e, já com comentários, em 2004, (não em) 2006 (porque provavelmente
estava a preparar a edição de um livro, que, sim, evocarei em breve a propósito do seu décimo aniversário), 2008, 2010, 2012 e 2014. Como honestamente, racionalmente,
esperar que, depois de aquela que foi possivelmente a melhor selecção
portuguesa de sempre ter perdido em Lisboa uma final contra a… Grécia, uma outra
de (aparentemente) menor valor iria vencer a França em… Paris? E quando, ainda
antes dos dez minutos de jogo, Cristiano foi – não duvido de que
deliberadamente, premeditadamente – lesionado e, depois, forçado a abandonar o
campo, parecia que a aziaga «tradição» se confirmaria e repetiria…
… Porém, e
finalmente, este «fado do futebol» desfez-se: Portugal conseguiu, mesmo, conquistar o Campeonato da Europa de Futebol (sénior, depois de tantos títulos
nas camadas juniores). Talvez por as prioridades terem passado a ser outras.
Como escrevi aqui, «qual é
o problema de eventualmente “ser(e)mos execrados por milhões em todo o mundo a
rezarem pelo nosso justo esmagamento” por sermos, supostamente, “a mais negra e
ronhosa das ovelhas de que haverá memória em torneios futebolísticos”? Os
incomodados que se lixem com “F” grande! Farto estou eu de gostarem de nós
enquanto (e apenas) crónicos derrotados. Farto estou eu de derrotas. Portanto,
que os jogadores da selecção triunfem, mesmo que com mais empates no tempo
regulamentar, mais prolongamentos e mais decisões nas grandes penalidades. Que
tragam a taça.» E trouxeram mesmo.
Nestes festejos, nestas celebrações, nesta alegria avassaladora que enfim chega com tantos anos de
atraso – e em 2016 assinalam-se 50 desde a campanha dos «Magriços» de Eusébio
em Inglaterra – há no entanto um aspecto que me desagrada, que me desilude, que
me indigna: por culpa de pervertidos, de criminosos, de tiranos, antigos e
modernos, a selecção é por muitos escrita sem «c» e veste-se, tal como o país, com as cores de
uma bandeira da infâmia – não a verdadeira de Portugal, nunca é de mais
repetir, mas sim a de uma associação de terroristas. Todavia, pelo menos desta
vez, a repulsa não se sobreporá à felicidade. (Também no MILhafre.)
terça-feira, julho 05, 2016
Obrigado: Mais uma vez, ao Mestre…
… Meu e de
tantos outros, António de Macedo, que hoje completa 85 anos de idade. Nesta ocasião
aproveito para relembrar, repetir, reforçar o que já dissera (escrevera) em 2011, aquando do seu 80º aniversário. E muito fico contente por, apesar de
alguns problemas de saúde, superáveis mas quase inevitáveis em alguém de tão
longa e provecta idade, as ideias, os projectos e as obras feitas não lhe
faltarem. Neste ano de 2016 já publicou «A Provocadora Realidade dos Mundos Imaginários»,
livro de não-ficção… sobre ficções, uma colectânea de artigos e de ensaios
editados anteriormente; e lançará, no final do Verão, o seu novo livro de
ficção, um romance, em cuja publicação eu me orgulho de ter dado uma diminuta
mas decisiva contribuição – o que terá constituído uma modesta e insuficiente
retribuição do quanto lhe devo por me ter permitido iniciar verdadeiramente a
minha carreira literária; mas não só… apresentará um filme novo, mais de 25
anos depois! Assim, por tudo isto e não só, muitos parabéns a
António de Macedo, que é, na Ficção Científica & Fantasia em Portugal, o
melhor de nós todos, o mais talentoso, o mais versátil, o mais experiente, o
mais sábio. E, pelo constante entusiasmo e empenhamento, não só artístico mas
também cívico, o mais jovem. Um abraço! (Também no MILhafre e no Simetria.)
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