A circunstância de ser, desde há quase 30 anos, um ardente admirador, estudioso e defensor de Prince torna ainda mais penoso assistir a esta absurda histeria mundial por causa da morte de Michael Jackson.
Toda esta onda gigantesca de estupidificantes elogios ao suposto «King of Pop» - designação que tem tanto de imerecida como de ridícula – tem conseguido «contornar» três verdades fundamentais: primeira, o artista que é agora celebrado como «o maior» foi pela última vez interessante e relevante com o álbum «Dangerous» em 1991 (ou seja, há 18 anos!); segunda, e ao contrário do «Sua Alteza Púrpura», que escreve, toca e produz, quase sempre sozinho, as suas canções, «Wacko Jacko» precisou sempre do contributo decisivo (regular ou pontual) de outros músicos (para não falar de directores de vídeos...) para alcançar o sucesso, nomeadamente, e entre outros, Quincy Jones, Rod Temperton e Edward Van Halen (e afirmo que «1999» é superior a «Thriller» e «Sign O’The Times» é superior a «Bad», só para dar dois exemplos de discos saídos no mesmo ano); terceira, o «monstro» em que ele se tornou, e que presentemente está a ser – literal e figuradamente – dissecado, é, em última análise, da sua exclusiva responsabilidade, e não é legítimo atribuir culpas (a maior parte, pelo menos) à família e aos associados.
Artigos recentes de Andrew Breitbart e de Ian Halperin salientam como a (não provada) pedofilia e a (muito provável e dissimulada) homossexualidade terão contribuído decisivamente para o comportamento doentio de Michael Jackson, incluindo as repulsivas operações plásticas a que (voluntariamente) se submeteu. Curiosamente, e significativamente, a morte - no mesmo dia - de Farrah Fawcett suscitou nos EUA uma maior atenção dos telespectadores do que a do ex-marido de Lisa Marie Presley. O que, vendo bem, até se compreende. Quem é mais digno de admiração? O «monstro» narcisista irresponsável que deixou dívidas de centenas de milhões de dólares, ou a bela lutadora incansável que deixou parte da herança a organizações que apoiam mulheres vítimas de violência?
Toda esta onda gigantesca de estupidificantes elogios ao suposto «King of Pop» - designação que tem tanto de imerecida como de ridícula – tem conseguido «contornar» três verdades fundamentais: primeira, o artista que é agora celebrado como «o maior» foi pela última vez interessante e relevante com o álbum «Dangerous» em 1991 (ou seja, há 18 anos!); segunda, e ao contrário do «Sua Alteza Púrpura», que escreve, toca e produz, quase sempre sozinho, as suas canções, «Wacko Jacko» precisou sempre do contributo decisivo (regular ou pontual) de outros músicos (para não falar de directores de vídeos...) para alcançar o sucesso, nomeadamente, e entre outros, Quincy Jones, Rod Temperton e Edward Van Halen (e afirmo que «1999» é superior a «Thriller» e «Sign O’The Times» é superior a «Bad», só para dar dois exemplos de discos saídos no mesmo ano); terceira, o «monstro» em que ele se tornou, e que presentemente está a ser – literal e figuradamente – dissecado, é, em última análise, da sua exclusiva responsabilidade, e não é legítimo atribuir culpas (a maior parte, pelo menos) à família e aos associados.
Artigos recentes de Andrew Breitbart e de Ian Halperin salientam como a (não provada) pedofilia e a (muito provável e dissimulada) homossexualidade terão contribuído decisivamente para o comportamento doentio de Michael Jackson, incluindo as repulsivas operações plásticas a que (voluntariamente) se submeteu. Curiosamente, e significativamente, a morte - no mesmo dia - de Farrah Fawcett suscitou nos EUA uma maior atenção dos telespectadores do que a do ex-marido de Lisa Marie Presley. O que, vendo bem, até se compreende. Quem é mais digno de admiração? O «monstro» narcisista irresponsável que deixou dívidas de centenas de milhões de dólares, ou a bela lutadora incansável que deixou parte da herança a organizações que apoiam mulheres vítimas de violência?
Entretanto, e «convenientemente», a situação no Irão saiu das primeiras páginas...
(Comentário feito também no Esquinas (48).)