Enviei
ontem a João Português, Presidente da Câmara Municipal de Cuba, e ainda para
outras pessoas daquele municipio, para a Direcção Regional de Cultura do Alentejo,
para a Associação Cultural Fialho de Almeida e para (um membro da Direcção d)a
Associação Portuguesa de Escritores uma mensagem de correio electrónico
contendo, em ficheiro anexo, um documento com uma lista elaborada por mim das
casas de escritores de língua portuguesa actualmente existentes, abertas ao
público e com evidente (mesmo que mínima) actividade cultural. Esta lista
pretende ser o ponto de partida do início da formação da Rede de Casas de Escritores de Língua Portuguesa, um projecto que delineei em Outubro de 2019 e
cuja liderança eu e o Movimento Internacional Lusófono oferecemos à CMC através
do Museu Literário Casa Fialho de Almeida. Após mais de um ano de espera, a 5
de Janeiro último aquele autarca alentejano finalmente respondeu-me, e positivamente.
A lista inclui uma casa em Angola, oito no Brasil e
quase 30 em Portugal, mas, como é óbvio, não se pretende que seja definitiva,
não só porque podem existir casas que eu não encontrei durante a minha pesquisa
mas também porque existem outras – tomei conhecimento de pelo menos três (duas
no nosso país, uma no país irmão) – em (avançado) processo de concretização. Evidentemente,
e como seria de esperar, várias épocas e diversos estilos literários têm
«representação» na lista. Por exemplo(s): o século XVIII, dito o das «Luzes»,
conta com a casa em Setúbal onde nasceu Manuel Maria Barbosa du Bocage; os anos
de Oitocentos destacam-se, inevitavelmente, por José Maria Eça de Queiroz – através
da quinta em Tormes que é a sede da fundação com o seu nome – e ainda por contemporâneos
como Júlio Dinis, Antero de Quental e Sousa Martins; e, previsivelmente, o
século XX é o que dispõe da maior «representação», tanto em Portugal como no
Brasil, devido a nomes como José Régio, José Saramago, Erico Veríssimo e Jorge
Amado. (Também no MILhafre, no Ópera do Tejo e no Queiroz150.) (Referência no Horas Extraordinárias.)
2 comentários:
Parabéns por esse projecto, Octávio. Interesso-me muito pelo tema,embora conheça poucas casas de escritores de língua portuguesa. Adorei a de Jorge Amado, em Salvador! Abraço
Obrigado, João! Um abraço para ti também!
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