Há quase dois anos, a 8 de Maio de 2017, escrevi e publiquei aqui no Octanas um texto em que informava e comentava sobre
um pormenor interessante… num mau sentido, porque na verdade insólito, de um
galardão literário – o Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa. Mais
concretamente, o facto de, apesar de ser atribuído de dois em dois anos, aquele
prémio apenas aceitar a concurso livros editados no ano anterior a cada edição,
o que afastava da avaliação todas as obras lançadas em anos ímpares – como, por
exemplo, «Q - Poemas de uma Quimera», que assim se viu impossibilitado de concorrer. Então relatei que
havia contactado, questionando e protestando, os organizadores e os patrocinadores
da iniciativa sobre aquela evidente mas inexplicável discriminação.
Entretanto, e aparentemente, a Câmara
Municipal de Faro terá atendido às minhas queixas (e às de outros?) e feito o
que me disseram que iam fazer: «rever as normas». Efectivamente, a mais recente edição do prémio, cujo prazo de entrega termina a 30 de Abril próximo, abrange
todas as obras que foram publicadas em primeira edição nos dois anos anteriores,
ou seja, 2017 e 2018. Finalmente, os volumes de versos editados em anos ímpares
deixaram de ser considerados inferiores ou até inexistentes por aquela
autarquia algarvia. Porém, infelizmente, e pelo menos nesta ocasião, eu não
retiro qualquer benefício da decisão pois não tenho um novo, ou recente, livro
de poesia editado com que possa concorrer. No entanto, e sendo hoje o dia mundial daquela, justifica-se ainda mais a celebração do mesmo graças à
correcção de um erro que a deslustrava. (Também no MILhafre.)
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