domingo, maio 12, 2013

Orientação: Sobre a Ópera do Tejo, na Glosas

Na edição de Maio de 2013 (Nº 8) da revista Glosas, apresentada ontem em Lisboa no Conservatório Nacional durante uma cerimónia que incluiu um concerto, está, nas páginas 64 a 67, o meu artigo «Estrela cadente – Recordando e recriando a Ópera do Tejo».
Um excerto: «Recordar e recriar a Ópera do Tejo não passa apenas pela sua reconstrução virtual, digital; também pode e deve fazer-se pela evocação musical, por tocar, gravar e divulgar as obras dos artistas contemporâneos daquela. Carlos Seixas e João Rodrigues Esteves morreram antes de ela ser construída, mas David Perez (de certeza), Pedro António Avondano, Francisco António de Almeida e António Teixeira (quase de certeza) conheceram-na e frequentaram-na. Já não tiveram esse privilégio, e entre outros, João de Sousa Carvalho, António Leal Moreira, Marcos Portugal e João Domingos Bomtempo – e isto só para referir os que nasceram no século XVIII. No entanto, todos merecem ser resgatados ao esquecimento em que (uns mais, outros menos) caíram e em que continuam; já é mais do que tempo que mais portugueses – e estrangeiros – saibam que houve compositores portugueses que atingiram a excelência – e, em alguns casos, a fama (raramente o proveito) – nas suas épocas. Em Portugal existe um passado musical magnífico que deve ser divulgado, aquém e além-fronteiras, e de que nos devemos orgulhar. E é uma valiosa herança que pode servir de caução a um presente musical que se pretende cada vez mais desenvolvido e relevante.»
A Glosas é uma das várias iniciativas desenvolvidas pelo Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa. Uma e outro têm direcção de Edward d’Abreu, a quem devo, e agradeço, o convite para escrever sobre um projecto que eu iniciei e que outras pessoas fizeram, e têm feito, por concretizar. (Também no MILhafre (71) e no Ópera do Tejo.

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