Na edição de Maio de 2013 (Nº 8) da revista Glosas, apresentada ontem em Lisboa no Conservatório Nacional durante uma cerimónia que incluiu um concerto, está, nas páginas 64 a 67, o
meu artigo «Estrela cadente – Recordando e recriando a Ópera do Tejo».
Um excerto: «Recordar e recriar a Ópera do Tejo não passa
apenas pela sua reconstrução virtual, digital; também pode e deve fazer-se pela
evocação musical, por tocar, gravar e divulgar as obras dos artistas
contemporâneos daquela. Carlos Seixas e João Rodrigues Esteves morreram antes
de ela ser construída, mas David Perez (de certeza), Pedro António Avondano,
Francisco António de Almeida e António Teixeira (quase de certeza)
conheceram-na e frequentaram-na. Já não tiveram esse privilégio, e entre
outros, João de Sousa Carvalho, António Leal Moreira, Marcos Portugal e João
Domingos Bomtempo – e isto só para referir os que nasceram no século XVIII. No
entanto, todos merecem ser
resgatados ao esquecimento em que (uns mais, outros menos) caíram e em que
continuam; já é mais do que tempo que mais portugueses – e estrangeiros –
saibam que houve compositores portugueses que atingiram a excelência – e, em
alguns casos, a fama (raramente o proveito) – nas suas épocas. Em Portugal
existe um passado musical magnífico que deve ser divulgado, aquém e
além-fronteiras, e de que nos devemos orgulhar. E é uma valiosa herança que
pode servir de caução a um presente musical que se pretende cada vez mais
desenvolvido e relevante.»
A Glosas é uma das várias iniciativas desenvolvidas pelo
Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa. Uma e outro têm direcção de
Edward d’Abreu, a quem devo, e agradeço, o convite para escrever sobre um projecto que eu iniciei e que outras pessoas fizeram, e têm feito, por
concretizar. (Também no MILhafre (71) e no Ópera do Tejo.)
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