… E,
provavelmente, dos últimos dez anos (ou mais), pode ser encontrada nas (muitas)
páginas escritas por aqueles que defendem que a Terra está a passar por um
processo de «alterações climáticas», ou, mais concretamente, que está a acontecer
um «aquecimento global» com origem na actividade (industrial) humana… e que
está a pôr em perigo a vida no nosso planeta.
Exagero?
Então repare-se: (ab)usando-se (d)a ciência, (d)as suas instituições, (d)os
seus equipamentos, seus métodos, relatórios, dados, há – continua a haver – um
grande número de «cientistas» que continua a escrever «ficção». A escolherem os
«factos» e os números que lhes interessam – dissimulando e/ou desprezando
outros – de modo a justificarem as suas teorias, a ajustarem as conclusões às
hipóteses e não o contrário. E esta «ficção científica» pode ser colocada
practicamente toda na mesma «categoria»: a apocalíptica, a «doomsday», a de
«fim-de-mundo». Os seus cultores são como que herdeiros de sacerdotes tresloucados
de séculos passados como Gabriel Malagrida, que acreditavam – e que pregavam –
que os «pecados» dos homens eram a causa de catástrofes naturais como os
terramotos, entendidas como castigos de Deus. Embora num estilo diferente
(mais… laico), a «lógica» de pensamento é quase a mesma – é a Terra que procede
à «punição». Já não se trata tanto de religião mas mais de ideologia, política,
economia, (falta de) cultura. Num caso como no outro, o extremismo, o
fanatismo, abundam.
Assim, talvez
seja preferível, mais… «misericordioso», considerar, e entre vários outros, James
Hansen, Phil Jones e Rajendra Pachauri não como alarmistas vigaristas mas sim
como «artistas», embora seja de duvidar de que algum dia estejam ao nível de Aldous
Huxley, Arthur C. Clarke, Philip K. Dick, Isaac Asimov, Ray Bradbury ou Robert
A. Heinlein… Mas lá que tentam contínua e incansavelmente ir além dos limites
da imaginação, disso não restam dúvidas… (Também no Simetria.)
Sem comentários:
Enviar um comentário