Na edição de hoje (Nº 8821) do jornal Público, e na página 55, está o meu artigo «Proíbam o Inglês!».
Um excerto: «Que confusão
não acontecerá – aliás, já acontece – nas cabeças dos mais jovens ao verem numa
língua “c’s”, “p’s” e até “ph’s” em excesso que na outra são – ou se tenta que
sejam – eliminados. Depois disso, e como que em consonância com mais uma
“lógica” inovação pedagógica estatal, RTP e TVI iniciaram a transmissão de
“versões infantis” de dois dos seus programas, respectivamente “Chef’s Academy
– Kids” e “A Tua Cara não me é Estranha – Kids” - porque, “evidentemente”, não
ficaria bem colocar “crianças” ou “miúdos” no título. Porém, e quanto a “ironia
ortográfica luso-britânica”, nada nem ninguém supera o governo regional dos
Açores: o seu sítio na Internet, que, evidentemente, exibe um bem comportado,
conformado, “acordismo”, tem como “e-ndereço”… azores.gov.pt!» (Também no MILhafre (90). Referência no Blogtailors, e ainda, acrescida de reprodução, no ILCAO, no Largo dos Correios, MyWebVodafone, PorAmaisB e República Digital.)
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3 comentários:
Caro Octávio,
Eu também odeio esta tristeza ortográfica, mas não deixo que me amofine muito. Isto porque a humanidade gosta sempre da "novidade", muito especialmente povos com complexos de inferioridade e índices baixos de educação, que nem sabem que letras não são sons, mas símbolos. Até poderemos já nem estar cá, mas um dia, com tanta escrita macarrónica, o agora "antigo" parecerá "novo". Há até um movimento começado pelo poeta brasileiro Glauco Mattoso a favor da orthographia etymologica. Só um complexo de inferioridade, por um lado, e um desejo de "ser moderno", por outro, justificam que muitos se achem a nata do século por escreverem "elétrico" e "receção", mas "electric", "salmon", "wednesday", "receipt" e "asthma"! Há-de chegar um dia em que as bebés serão "Sophias" e os meninos "Arthures", como, aliás, já o são no Brasil. Tudo o que é "velho" pode-se tornar "novo" quando nunca tivemos a oportunidade de experienciar o anterior. O universo encarrega-se de dar coices a quem os merece.
Caro «Hyperião»,
eu não tenho feitio nem paciência para esperar que seja o Universo a «dar coices a quem os merece». Sempre que seja possível prefiro ser eu a dar esses «coices». Talvez por eu ser Carneiro... de signo, claro! ;-)
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