Hoje
assinala-se aquele que, na verdade, e como já o demonstrei, não é, não devia ser, o (autêntico) «Dia de Portugal», mas sim o «Dia da Perda da Independência
e da União com Espanha»… ou seja, sempre foi, e continua a ser, a data
preferida dos iberistas nacionais, que existem, são bastantes…
… E se
concentram principalmente no Partido Socialista. E agora, que vem aí mais um
Filipe como Rei, deverão os jacobinos lusitanos ceder à sua verdadeira devoção,
sem dúvida reforçada após terem assistido hoje a outro desfalecimento do «mais alto
magistrado da Nação»? Depois de José Sócrates («Espanha, Espanha, Espanha!») e
de António Mendonça («Lisboa pode ser a praia de Madrid»), António Costa foi a
terceira figura de destaque do PS a demonstrar, nos últimos anos, uma reprovável
– mas não surpreendente – subserviência ao país vizinho. A pretexto da
realização da final da Liga dos Campeões de 2014 no Estádio da Luz, Costa foi à
capital espanhola a 8 de Maio último oferecer à sua congénere madrilena, Ana
Botella, as «chaves da cidade de Lisboa» (algo que só acontecera antes na nossa
capital e com chefes de Estado estrangeiros), garantiu-lhe que «Lisboa seria
Madrid por um dia», e trouxe de lá uma bandeira de Espanha para hastear na
Praça do Comércio. E tudo isto enquanto, evidentemente, se exprimia não em
Português mas sim em «portunhol»…
Esta foi
apenas mais uma prova da falta de carácter e de competência de alguém que,
entretanto, decidiu tornar-se líder do PS e o próximo primeiro-ministro, no
que conta com a ajuda e o apoio de camaradas tão «distintos» como, entre
outros, Isabel Moreira e Miguel Vale de Almeida. Sinceramente, como é que
alguém como António Costa é considerado uma alternativa credível? Se enquanto
secretário de Estado e ministro a qualidade e relevância da sua actuação foi
(muito) discutível, já enquanto presidente da Câmara Municipal de Lisboa os
desastres têm-se sucedido, de que são de destacar: degradação constante, e até
acelerada, do parque arquitectónico e imobiliário; intervenções supérfluas, e
mesmo prejudiciais, no trânsito; e ainda (algo que me atingiu pessoalmente) cumplicidade
em procedimentos incorrectos por parte de inferiores hierárquicos…
Enfim, a
partir do momento em que alguém enaltece, como «princípio orientador» do seu
percurso futuro, o «impulso reformista» do «licenciado ao Domingo», não podem
restar dúvidas sobre o que acontecerá (outra vez) se tal pessoa alcançar o
poder. Nesse sentido, a «morte anunciada» do PS não poderá vir cedo demais. E,
a seguir à «guerra», os «rosas» sempre podem fugir para Castela… (Também no MILhafre (91).)
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