Há precisamente uma década, em Julho de 2012, o meu
livro «Um Novo Portugal – Ideias de, e para, um País» começou a ser distribuído
e vendido em livrarias. Publicado pela editora Fronteira do Caos, do Porto
(que, no final do mesmo ano, lançaria outro projecto meu, a antologia colectiva
de ficção científica e fantástico «Mensageiros das Estrelas»), esta obra reúne,
por ordem cronológica, alguns dos meus mais importantes artigos de opinião,
jornalísticos, ensaísticos...
... Que têm como denominador comum Portugal, a sua
(então) actualidade, a sua história tanto contemporânea como antiga, as grandes
questões e controvérsias, os protagonistas. Na minha actividade de escritor a
vertente de ficcionista (em prosa) veio depois da de poeta, mas esta veio
depois da de cronista, como bem o demonstra o texto que abre o livro, escrito
em 1976 quando eu não tinha mais de 11 anos. Uma década depois, a partir de
1986, vêm os textos escritos num âmbito local e regional – para o Notícias de
Alverca – e num âmbito universitário – para o DivulgAcção (boletim, que eu
co-fundei, da Associação de Estudantes do ISCTE, cuja Direcção integrei) e
outras publicações similares. A seguir será a vez de se somar as colaborações,
mais irregulares do que regulares, para jornais e revistas de âmbito nacional,
dos quais sobressai o Público. E, a partir de Abril de 2005, com a criação do
Octanas, passei a dispôr de um meio alternativo quando não conseguia encontrar
um «tradicional» para expressar as minhas opiniões e/ou quando não queria
perder tempo a fazê-lo. «Um Novo Portugal» reflecte essa diversidade de fontes
mas, em simultâneo, surge como um todo organizado e coeso – ou pelo menos assim
o tentei – em que não é difícil identificar o meu principal «alvo»: o regime
saído do 25 de Abril de 1974, a Terceira República – na verdade, toda a República desde 1910 – com as suas
ridículas e incompetentes figuras de proa, as decisões mais ou menos
desastrosas que tomaram, com um especial (e muito negativo) destaque para essa aberração denominada «acordo ortográfico» que não contribuiu, certamente, para
a melhoria das relações com os outros países de língua oficial portuguesa.
«Um Novo Portugal» nunca
chegou a ter uma apresentação propriamente dita; o mais próximo disso que
aconteceu foi um encontro em que participei com outros escritores, realizado em Lisboa em Abril de 2014. Enfim, este meu livro, tal como todos os outros da
minha autoria que consegui publicar, não teve o sucesso que acredito que
merecia ter. E, obviamente, depois disso continuei a escrever e a divulgar
outros textos que formam, ou poderão formar, o que poderá ser «Um Novo Portugal – Parte
2»; porém, a sua eventual publicação parece ser, neste momento, problemática e
pouco provável. (Também no MILhafre.)
Sem comentários:
Enviar um comentário