sábado, março 12, 2016

Ocorrência: 20 anos no Público

Foi há precisamente 20 anos – a 12 de Março de 1996 – que saiu no Público (Nº 2193) o meu primeiro artigo de opinião naquele jornal. O primeiro que saiu, note-se, enquanto tal, no espaço próprio daquele diário; antes, em 1995, dois outros artigos meus haviam sido publicados na secção de correio, embora na verdade não se tratassem de cartas ao director. Mas ao terceiro foi de vez…
 … E, intitulado «O Estado assassino», começa(va) assim: «O Estado deveria ser em Portugal uma pessoa (colectiva) de bem. Um exemplo de justiça a seguir. Um modelo de rigor a imitar. Porém, e infelizmente, não é isso que acontece. No nosso país, e como se já não bastassem as inúmeras provas de incompetência, irresponsabilidade e incoerência que tem dado ao longo dos anos, o Estado tem revelado frequentemente, pelos seus erros ou omissões, ser um autêntico criminoso. Não só por não pagar aquilo que deve ou fazê-lo tarde e a más horas, e exigir que os cidadãos o façam sob pena de multa ou prisão. Mais do que isso: em Portugal o Estado é um verdadeiro assassino. Um assassino hipócrita. Os três casos que a seguir expomos demonstram-no claramente, sem deixarem lugar a dúvidas.»
Está incluído, tal como os dois anteriores que referi, no meu livro «Um Novo Portugal – Ideias de, e para, um País», editado em 2012, juntamente com outros que, posteriormente, também apareceram inicialmente nas páginas do diário fundado por Vicente Jorge Silva há mais de 25 anos. Honra-me ser há duas décadas colaborador, mesmo que ocasional, de um jornal que, corajosa e dignamente, continua a recusar submeter-se ao dito «Acordo Ortográfico de 1990». E a minha mais recente colaboração é, recordo, «Não se endireita», publicado no passado dia 27 de Janeiro.

Sem comentários: