Foi há
precisamente 20 anos – a 12 de Março de 1996 – que saiu no Público (Nº 2193) o
meu primeiro artigo de opinião naquele jornal. O primeiro que saiu, note-se,
enquanto tal, no espaço próprio daquele diário; antes, em 1995, dois outros
artigos meus haviam sido publicados na secção de correio, embora na verdade não
se tratassem de cartas ao director. Mas ao terceiro foi de vez…
… E, intitulado «O Estado assassino»,
começa(va) assim: «O Estado deveria ser
em Portugal uma pessoa (colectiva) de bem. Um exemplo de justiça a seguir. Um
modelo de rigor a imitar. Porém, e infelizmente, não é isso que acontece. No
nosso país, e como se já não bastassem as inúmeras provas de incompetência,
irresponsabilidade e incoerência que tem dado ao longo dos anos, o Estado tem
revelado frequentemente, pelos seus erros ou omissões, ser um autêntico
criminoso. Não só por não pagar aquilo que deve ou fazê-lo tarde e a más horas,
e exigir que os cidadãos o façam sob pena de multa ou prisão. Mais do que isso:
em Portugal o Estado é um verdadeiro assassino. Um assassino hipócrita. Os três
casos que a seguir expomos demonstram-no claramente, sem deixarem lugar a
dúvidas.»
Está incluído, tal como os dois anteriores que referi, no meu livro «Um Novo Portugal – Ideias de, e para, um País», editado em 2012, juntamente com
outros que, posteriormente, também apareceram inicialmente nas páginas do
diário fundado por Vicente Jorge Silva há mais de 25 anos. Honra-me ser há duas décadas
colaborador, mesmo que ocasional, de um jornal que, corajosa e dignamente,
continua a recusar submeter-se ao dito «Acordo Ortográfico de 1990». E a minha
mais recente colaboração é, recordo, «Não se endireita», publicado no passado
dia 27 de Janeiro.
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