Não eram necessárias as – graves – inundações que
afectaram Lisboa, na sequência de chuva muito intensa, no passado dia 22 de
Setembro para se ter a certeza definitiva da incompetência de António Costa, da
sua vereação na Câmara Municipal de Lisboa e, sim, também do Partido Socialista
em qualquer nível de poder político, do local ao nacional.
As imagens (fixas) divulgadas, entre outros, por Filipe Nascimento, Maria Teixeira Alves e Nuno Castelo-Branco nos blogs que integram,
e as imagens (em movimento, e com som) transmitidas na RTP, na SIC e na TVI demonstraram,
sem qualquer… margem para dúvidas, o que pode acontecer após sete anos de
desleixo e do desvio de recursos – humanos e financeiros – para outros
objectivos e outras actividades que pouco ou nada têm de relevante. David
Soares, em texto recente publicado no seu blog intitulado, apropriadamente, «Lisboa, a cobaia», veio também criticar, condenar, aquilo que eu já havia criticado e
condenado: a prioridade dada à aparência, à propaganda, à «experimentação social», em prejuízo da
resolução efectiva dos autênticos problemas dos cidadãos. Afinal, nada de novo:
um comportamento típico da esquerda – incluindo a portuguesa – é o de procurar
a utopia, o de construir o «homem novo», a «sociedade nova», o «mundo novo»,
enfim, neste caso, a «cidade nova», independentemente das circunstâncias, dos
factos... da realidade. O que, habitualmente, implica a criação de restrições à
liberdade de expressão e até de circulação!.. A não ser, claro, que, neste
caso, essa circulação se faça com carroças e bicicletas, «adequadas» a uma
capital conhecida pelas suas colinas!
Porém, o
«dilúvio» que na última segunda-feira se abateu sobre Lisboa veio demonstrar
que há outro tipo de transporte alternativo e ecológico «ideal» para os
olisiponenses: o barco – desde que, claro, a remos e/ou a vela e sem motor. Mais
não seria do que o retomar da nossa gloriosa tradição de navegantes e de
descobridores… apesar de agora os «cabos» a dobrar serem as esquinas das ruas
da Baixa. E está, pois, realizado o desejo de António Mendonça: a Ulisseia
tornou-se a «praia de Madrid», e poderá tornar-se em mais do que isso se
António Costa vier a ser secretário-geral do PS e, vencendo as próximas
eleições legislativas, vier a ser igualmente primeiro-ministro. Porque, como
«bom» socialista que é, e à semelhança daquele ex-ministro «só-cretinista» e de
tantos outros dos seus «camaradas», revelou ser um obediente iberista disposto
a ir a Castela «prestar vassalagem».
O (António)
Costa dos naufrágios em Lisboa, cúmplice em 2011 (e antes disso…) no
afundamento – cultural, económico, social – de Portugal, porque está do «lado
certo» e segue o «politicamente correcto», pode sempre contar com defesas e com desculpas, por mais ridículas que sejam. E convinha mesmo que o protegessem, porque
não pareceu bem ele estar ausente em campanha enquanto a cidade de que é o
principal edil era atravessada por enxurradas. Pelo que houve quem: tivesse o
descaramento de acusar o Instituto Português do Mar e da Atmosfera de não ter
previsto com precisão a (forte) precipitação e de não ter avisado a CML que,
assim, não pôde preparar-se a tempo – mas não seria em poucas horas que, mais
do que fazer limpezas, fariam as melhorias nos sistemas de canalização,
drenagem e escoamento que não fizeram desde 2007; e tivesse o descaramento de afirmar
peremptoriamente que «Lisboa terá sempre inundações» como se tal fosse uma
fatalidade bíblica… e não é – a não ser que tal «certeza» se deva a essa fraude
designada por «aquecimento global antropogénico». O que se pode fazer a pessoas
como essas é… virar-lhes as (nossas) costas. (Também no MILhafre (96).)
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