Já assinei a
petição «Lisboa e o país precisam do cinema Odéon», promovida pelo Movimento Fórum Cidadania Lisboa. Quem quiser fazer o mesmo deve ir aqui.
Lê-se no
texto que apresenta e que explica a iniciativa: «O Cinema Odéon, sito na Rua dos Condes, Nº 2-20,
Freguesia de São José, data de 21 de Setembro de 1927 e é hoje o cinema com
mais história de Lisboa, tendo passado pela sua tela clássicos do mudo e do
sonoro (Stroeheim, Lang, Tod Browning, Eisenstein, Cukor, Capra, etc.), e, já a
partir da segunda metade do séc. XX grandes êxitos do cinema português e
espanhol, bem como teatro radiofónico, protagonizado por Laura Alves, Madalena
Iglésias, Antonio Calvário, entre muitos outros. O conjunto da sala, com 84
anos, formado pelo tecto de madeira tropical (único no país e espantosamente
intacto depois de 16 anos de abandono); pelo lustre de néons gigantes irradiantes
(peças electro-históricas), que uma longa corrente vertical, comandada do
tecto, faz deslizar até ao chão para manutenção; pelo luxuriante palco com
moldura e frontão em relevo Art Deco (outro caso único); pela complexa teia de
palco, com o seu pano de ferro; e pela série de camarotes (onde Salazar tinha
lugar cativo), galerias e balcões em andares, tudo isto forma um exemplar
assinalável, mais ainda por ser o último do género existente em Portugal.»
Aparentemente, e infelizmente, o meu (modesto) apoio, tal como o de outros, não deverá ser suficiente para evitar a demolição. Que, a concretizar-se, será mais um
crime contra o património nacional – não só da capital – cometido, ou
permitido, pela Câmara Municipal de Lisboa, pelo seu actual presidente e pela
sua equipa.
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