No meu artigo
«Um Presidente por um Rei», publicado no jornal Público a 8 de Junho último, e
que está incluído (páginas 260-262) no meu novo livro «Um Novo Portugal – Ideias de, e para, um País», afirmo – escrevo – que «a primeira iniciativa
indispensável num restaurado Reino de Portugal – e até, se possível, prévio a
este – seria a ilegalização e a dissolução total e, preferencialmente,
definitiva do Grande Oriente Lusitano, complementada pela divulgação dos nomes
de todos os seus membros, passados e presentes.» Porque, a 1 de Agosto, foi
publicada, como comentário num blog, uma (primeira, e incompleta) lista de membros do GOL, pode-se deduzir que a Restauração já começou?
Não tenho
motivos para especular, e para concluir, que a iniciativa do «António José»
tenha constituído como que uma resposta ao meu «repto». De qualquer forma, considero
que a mesma tem mais vantagens do que desvantagens, mais méritos do que
deméritos. E, previsivelmente, originou uma larga gama de reacções, das quais
aqui e agora apenas me vou referir à de João Gonçalves pelo respeito que lhe
tenho. O homem do (blog) Portugal dos Pequeninos também está naquela lista,
embora a sua (breve) passagem pelos «aventaleiros» não constitua uma novidade –
ele próprio já a revelara, em Janeiro deste ano, no PdP. Sobre a divulgação
deste «rol» - com quase 1500 nomes! – esclarece que «é-me indiferente a
divulgação desta espécie de index paranóico para consolo onanista de
uns quantos "assangezinhos" de trazer por casa.»
Faz muito bem
João Gonçalves em não dar (demasiada) importância ao «incidente». «Quem não
deve não teme», e eu nunca pensei, disse e/ou escrevi que todo e qualquer
maçon, membro do GOL ou de outra «confraria» similar, é, à partida, um
indivíduo de carácter duvidoso ou até mesmo um criminoso. Pelo menos, será
ingénuo… Porém, não me parece correcto, e justo, comparar o «António José» ao
fundador do WikiLeaks. Julian Assange procedeu à divulgação ilegal, ilegítima,
injustificada e indiscriminada de informações pertencentes a instituições de
países democráticos cuja existência e actividade são (podem ser) controladas e
reguladas por entidades políticas, judiciais e administrativas, pela comunicação social e – por
último mas não o menos importante – pelos cidadãos eleitores. Neste tema também
faço minhas as palavras de João Afonso Machado: as lojas maçónicas não se
inscrevem naquela categoria; a natureza do seu objecto não é clara, embora não
faltem suposições – suspeições – mais ou menos (bem) fundamentadas; não merecem
ter «direito à privacidade» porque não são verdadeiras famílias. E note-se que,
desta vez, apenas foram divulgados nomes; se tivessem sido mensagens, aí sim é
que seria interessante… (Também no Esquinas (130) e no MILhafre (64).)
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