Coloquei no
blog de Pedro Santana Lopes, no passado dia 25 de Setembro, um comentário que,
na verdade, era – é – mais uma mensagem, não sobre o que ele escreveu mas sim sobre como ele escreveu. O ex-presidente do PSD, ex-primeiro ministro,
ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, ex-secretário de Estado da
Cultura, ex-presidente do Sporting e ex-deputado não o publicou (até agora),
nem é de esperar que o faça…
… Porque foi
isto o que lhe escrevi: «”Atuais”?! “Objetivos”?! Finalmente rendeu-se ao
«aborto pornortográfico», essa abjecção ilegítima, ilegal, ridícula e inútil,
que Aníbal Cavaco Silva, esse “portento” de “coragem”, “cultura” e “sensatez”
não só não desautorizou como, pelo contrário, apoiou? E que nesse processo se
serviu de si como “moço de recados”? O mesmo Cavaco que lhe deu, depois, tantas
demonstrações de desprezo e de ingratidão? Porém, noto que, no jornal Sol, o
senhor continua a escrever em Português Normal, Decente e Correcto. Afinal,
como é? Creio que se está no momento de se decidir... definitivamente. De optar
pela dignidade… ou prescindir dela.»
Desde 2004
foram várias as vezes em que, em conversas com outras pessoas, em mensagens que
enviei, e em artigos que escrevi, defendi o actual Provedor da Santa Casa da
Misericórdia de Lisboa, alvo da mais infame e mais injusta (tentativa de)
destruição de carácter que já se viu neste país depois do 25 de Abril de 1974. Eu
não tenho memória curta: ao sucessor de José Manuel Durão Barroso à frente do
governo foram apontados quase todos os defeitos – e atirados quase todos os
insultos – possíveis e imaginários… e isto antes de todo o Portugal saber, sem
qualquer dúvida (a mim não me surpreendeu, pois sabia, e avisei, do que ele era
capaz), o que José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa foi e é, o que fez e o que
não fez.
Porém, há sempre
um ponto a partir do qual alguém pára de merecer o nosso (neste caso, o meu) empenho.
Esse nec plus ultra é, para mim, o AO90, que qualquer português digno desse
nome – e em especial um político – tem o dever de rejeitar e de combater incansável
e incondicionalmente. Pedro Santana Lopes juntou-se aos desistentes e aos
colaboracionistas. Estou desiludido? Sim. Estou surpreendido? Não.
(Adenda - Afinal, publicou hoje (sábado, 29 de Setembro) o meu comentário. No entanto, não espero que se arrependa e que volte a escrever correCtamente.)
(Adenda - Afinal, publicou hoje (sábado, 29 de Setembro) o meu comentário. No entanto, não espero que se arrependa e que volte a escrever correCtamente.)
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