Na próxima terça-feira, 18 de Abril, às 15 horas e
n(a sala D. Antão de Almada d)o Palácio da Independência (sito no Largo de S.
Domingos, 11, em Lisboa, ao lado do Teatro D. Maria II), Renato Epifânio,
Presidente da Direcção do Movimento Internacional Lusófono, dará a primeira de
sete aulas de um curso de Filosofia e Cultura Lusófona com o tema «As sete vidas de Agostinho da Silva», aula essa com o título «Até meados dos anos
40». Seguir-se-ão no mesmo local: «Até finais dos anos 60», a 2 de Maio; «Até
meados do anos 80», a 9 de Maio; «Até às “Conversas Vadias”», a 16 de Maio; «Os
últimos anos de vida», a 23 de Maio; «Os anos após a sua morte», a 30 de Maio;
«Os anos mais recentes», a 6 de Junho.
A realização deste ciclo de palestras é uma
iniciativa louvável e meritória por ser mais um contributo para manter na
memória colectiva o nome, a vida e a obra de um homem que muito fez para a
melhoria e o desenvolvimento das relações entre os países e os povos de língua
portuguesa. Aliás, pode dizer-se que Agostinho da Silva terá sido o primeiro inspirador da criação da CPLP e também do próprio Movimento Internacional
Lusófono. E a evocação e a invocação da sua figura e da sua personalidade têm sempre para mim um
significado especial porque eu tive a honra e o privilégio de o conhecer
pessoalmente, em 1984, e de ser visita frequente na sua casa. Dessa experiência
fiz um relato, e um retrato, no meu artigo «Mestre, Profeta, Santo», publicado em
2004, dez anos depois da sua morte, e incluído no meu livro «Um Novo Portugal».
Agostinho da Silva viveu muitos anos no Brasil e lá
fez um trabalho notável ao nível do ensino universitário, leccionando em diversas
universidades e ajudando a criar outras. Não duvido de que muito o desgostaria
saber que, 200 anos depois da independência, naquele país «não irmão mas sim filho» ainda há quem acuse e culpe Portugal pelos problemas que a ex-colónia ainda
enfrenta, e também que muitos portugueses, alguns ocupando cargos e/ou
desempenhando funções da maior relevância, parecem dispostos e resignados a submeterem-se a posições subalternas perante as ambições e os interesses de
certos sectores na Terra de Vera Cruz.
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