A convite, que obviamente e de imediato aceitei, de
Isabel A. Ferreira, subscrevi o «Apelo de cidadãos portugueses ao Presidente da
República em defesa da língua portuguesa e contra o Acordo Ortográfico de 1990».
Na lista de nomes em anexo sou o Nº 98. O texto foi publicado no blog O Lugar
da Língua Portuguesa a 18 de Abril último, tendo sido antes, e no mesmo dia, enviado
ao Palácio de Belém. Eis um excerto:
«Trata-se, na verdade, da defesa do nosso Património Linguístico - a Língua Portuguesa - da nossa Cultura e da nossa História, os quais estão a ser vilmente desprezados. Apelamos a Vossa Excelência que, nos termos
consagrados na Constituição da República Portuguesa e no uso dos poderes
conferidos ao Presidente da República, diligencie uma efectiva promoção,
defesa, valorização e difusão da Língua Portuguesa. Apelamos a Vossa Excelência
que defenda activa e intransigentemente uma Língua que conta 800 anos de
História. Apelamos a Vossa Excelência que contrarie a imposição aos Portugueses
da Variante Brasileira do Português, composta por um léxico que traduz
acentuadas diferenças fonológicas, morfológicas, sintácticas, semânticas e
ortográficas, e essencialmente baseado no Formulário Ortográfico Brasileiro de
1943.»
Esta iniciativa, honrosa e meritória, é mais uma que
demonstra que muitos são os portugueses que continuam – e continuarão –
inconformados e indignados com a degradação e a destruição que a nossa
ortografia em particular, e a nossa cultura em geral, têm sofrido desde que, há
mais de 30 anos, alguns politicos de inferior intelecto e diminuta decência
decidiram submeter, subalternizar, Portugal aos interesses egoístas de certos sectores do Brasil. Marcelo Rebelo
de Sousa, o destinatário deste apelo agora emitido, é sem dúvida um membro de
pleno direito desse grupo infame, e há factos que sugerem que no caso dele tal também
se deve a motivos pessoais e familiares.
Enfim, este apelo
constitui uma excepção no panorama desolador que a Terceira República actualmente proporciona; é um regime em tão acentuado estado de decomposição que as suas mais «altas» figuras decidiram comemorar o dia de hoje convidando para uma sessão
solene um criminoso, corrupto e ladrão, um chefe de Estado ilegítimo que é amigo
e admirador de terroristas e de ditadores. O que demonstra que «a longa noite socialista» pode sempre ficar mais tenebrosa.
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