Entre
os (não muitos) sítios na Internet, incluindo blogs, que consulto e leio
regularmente, e até diariamente, está o Horas Extraordinárias de Maria do
Rosário Pedreira. A editora da LeYa escreve e publica invariavelmente textos
interessantes e até frequentemente com informações relevantes, e o facto de ela
ter rejeitado continuar a ler – e, logo, também publicar – o meu segundo romance
após 30 páginas por não ter sentido «empatia» não diminuiu (muito) o meu apreço
pelo seu profissionalismo, apesar de a concepção de «literatura séria» que tem ser
algo questionável… em especial quando decidiu aprovar o lançamento de uma obra que é, como ela própria admitiu, escatológica. Lá faço ocasionalmente
comentários…
… E o
mais recente foi ontem, a propósito de uma evocação feita por MRP de George
Steiner, falecido no passado dia 3 de Fevereiro. Achei oportuno deixar expresso
que assisti à notável conferência dada pelo notável ensaísta em 2002 na
Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, em que consegui que ele assinasse
o meu exemplar de «No Castelo do Barba Azul». E ocorreu-me que faria sentido
acrescentar que tivera uma experiência semelhante com outro respeitado e
influente estudioso da literatura mundial, igualmente e infelizmente falecido
recentemente (a 14 de Outubro de 2019), que, aquando de uma sua visita a
Portugal em 2001, autografou os meus exemplares de «O Cânone Ocidental» e «Como
Ler e Porquê»: Harold Bloom. Ambos conheciam e elogiavam autores portugueses,
tanto ancestrais como contemporâneos, entre os quais Luís de Camões, Fernando Pessoa,
José Saramago…
… Mas
não, creio, Mário-Henrique Leiria. Contudo, o criador dos «contos do gin» é
justamente admirado ainda hoje por muitos e dedicados leitores. Eu sou um
deles, e evoquei-o em Janeiro último no Simetria a propósito de um livro de que
foi co-tradutor: «Lua Ano Um», uma relíquia da ficção científica… e da
propaganda comunista soviética, que merece, porém, ser (re)descoberta. Tal
como, aliás, a obra completa de MHL, que a E-Primatur, numa acção que é de
louvar, decidiu publicar.
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