Hoje
passam exactamente 10 anos desde a apresentação, em Lisboa, do livro «Poemas»
de Alfred Tennyson, que eu seleccionei e traduzi. Na verdade, não foi a
primeira mas sim a segunda apresentação daquela obra: dois dias antes, em
Lagoa, estive perante membros de uma associação algarvia de imigrantes europeus
(principalmente britânicos, mas não só) a falar daquele então meu mais recente
projecto literário.
O
evento na capital teve porém um carácter especial, não só por ter decorrido naquela
que era então a sede da Câmara de Comércio Luso-Britânica (perto do Jardim da
Estrela e do Cemitério dos Ingleses) mas também por contar com a participação
de Paulo Lowndes Marques, que, infelizmente, faleceria apenas pouco mais de um ano depois. No entanto, pude ainda contar mais uma vez com a sua simpatia e a
sua generosidade ao ter-me convidado a escrever um artigo, sobre o poeta inglês
e o livro com 50 dos seus poemas que traduzi, a que dei o título «Alfred
Tennyson em Portugal – Uma dupla celebração», que foi publicado no Nº 36 da revista da Sociedade Histórica Britânica de Portugal, a cuja direcção ele então
presidia.
O
privilégio de poder conhecer pessoalmente Paulo Lowndes Marques não foi, todavia,
a única consequência positiva de ter concebido e, mais importante, de ter
conseguido concretizar a edição de «Poemas». É de recordar e registar igualmente:
a recensão ao livro no Público, e a correspondente classificação de cinco estrelas; a entrevista, sobre o mesmo, no programa da Antena 1 «À Volta dos
Livros» - a terceira que concedi a Ana Aranha, depois das relativas a «A
República Nunca Existiu!» e a «Espíritos das Luzes»; a publicação do meu artigo
«O druida de Somersby» n(o Nº 7 d)a revista Bang!; a participação numa tertúlia
literária denominada «Poesia e Café», realizada em Sintra a convite de Filipe
de Fiúza; e, «last but not least», o envio de exemplares – com recepção e
entrega confirmadas – ao Tennyson Research Centre, instituição que é ainda a
depositária, a guardiã, do espólio, dos materiais mais importantes que se
relacionam com o grande poeta inglês, incluindo cartas, livros, fotografias e
outros objectos.
«Poemas» foi o segundo livro da minha autoria (neste
caso, indirecta) lançado em 2009, depois de, em Abril, ter saído «Espíritos das Luzes». Aquele ano terá sido efectivamente o mais importante da minha carreira enquanto
criador, pois foi também quando iniciei o blog Obamatório e obtive o meu terceiro triunfo (e quarto galardão) no Prémio de Jornalismo Sociedade da Informação.
Contudo, a tradução que fiz de 50 poemas do bardo britânico destaca-se como a
minha maior realização: pela originalidade – primeiro livro em língua
portuguesa só com textos de Alfred Tennyson; por aparecer no momento certo – em
ano não de uma mas sim de duas efemérides alusivas ao poeta; pela
responsabilidade em ser fiel à letra e ao espírito das obras a adaptar. E sem
esquecer o trabalho magnífico de desenho gráfico, (selecção de) ilustrações e paginação
feito por Pedro Piedade Marques.
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