Na edição de hoje (Nº 173) do jornal (quinzenário regional) Voz Ribatejana, e nas páginas 26 e 27, está
uma entrevista que eu concedi ao director daquele, Jorge Talixa, sob o título
«Sociedade da informação motiva novo livro de Octávio dos Santos», sendo o
livro, obviamente, «Nautas». Um excerto: «Actualmente tudo, ou quase, se pode
ver, consultar, receber e pagar pela Internet, com um ecrã e um teclado.
Contudo, não sei se em certos casos se terá passado do “oito” ao “oitenta”, ou
mesmo do “zero” ao “cem”. Ainda existem significativas faixas da população,
constituídas por pessoas idosas e com pouco ou nenhum contacto com as nova
tecnologias, que como que são forçadas a cumprir as suas obrigações, fiscais e não,
em modo electrónico. Acho que é um erro, e um erro perigoso, estar-se a tentar
abolir, completamente ou quase, a utilização de papel. Tem de haver
salvaguardas físicas, concretas, e a Rede, embora poderosa, pode ser ou
tornar-se frágil, como o demonstram os constantes ataques e infiltrações por hackers que muitos sítios sofrem. Apesar
disso, sou por princípio contra a imposição de “regras” ou “factores de
controlo” que reduzam eventuais “abusos”, em especial no que se refere à
liberdade de expressão. Oponho-me incondicionalmente à censura prévia, e se
alguém se sentir prejudicado por algo que aconteceu, viu ou ouviu, que recorra
aos tribunais. Prefiro a auto-regulação à regulação… quantas vezes com “tiques”
totalitários.. vinda de cima. Os cidadãos devem estar sempre atentos, fazer bom
uso das ferramentas que têm ao seu dispôr… e não acreditarem em tudo o que
lêem. Mais uma vez digo, o cepticismo e a desconfiança, em doses adequadas, são
atitudes saudáveis.» (Também no MILhafre.)
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