Já
assinei a petição «Em prol de um referendo sobre o futuro da União Europeia»,
promovida pelo Movimento Internacional Lusófono e dirigida «às senhoras e aos
senhores deputados da assembleia da república portuguesa». Quem quiser fazer o
mesmo deve ir aqui.
Lê-se
no texto que apresenta e que explica a iniciativa: «Mil e uma vezes nos foi
prometido um referendo sobre a nossa integração na União Europeia, sem que
alguma vez esse referendo tenha ocorrido. Consideramos ser este o momento
certo. Portugal não pode continuar dependente das decisões dos outros países
europeus. Portugal pode e deve assumir em que termos pretende continuar na
União Europeia. Portugal pode e deve decidir, finalmente, a melhor forma de
articular a nossa relação com o espaço europeu com a nossa, até aqui tão
desprezada, relação com o espaço lusófono. Chegou finalmente a hora de os
portugueses se pronunciarem sobre o nosso futuro.»
A hipótese,
e a(s) proposta(s), de realização de uma consulta popular sobre a nossa
presença e a nossa participação nas instituições e nas políticas comunitárias e
unitárias europeias, têm sido apresentadas e discutidas no nosso país há muitos
anos – em especial desde 1992, aquando da assinatura do Tratado de Maastricht. Porém,
vários têm sido os politicos portugueses em cargos de elevada importância a recusarem
sequer considerar essa possibilidade. Um deles, mais recentemente, e por mais
de uma vez, é o actual presidente da república, para quem tal questão «não se põe»
ou é mesmo «inadmissível». Uma atitude típica de elitista, que se acha superior
aos seus compatriotas, que acredita que pode e deve sempre pensar e decidir
pelo povo ignorante e irresponsável. E depois queixam-se do recrudescimento do
«populismo»!
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