Assinei hoje
a petição «Defender o Futuro». Quem quiser fazer o mesmo deve ir aqui. Tive
conhecimento da mesma apenas recentemente – mas antes de ela ter sido entregue na Assembleia da República no passado dia 5 – e decidi subscrevê-la exactamente, e
simbolicamente, um ano depois de ter sido lançada porque este é igualmente o
dia do aniversário do meu irmão.
Lê-se no texto que explica
a iniciativa: «Portugal afunda-se hoje numa profunda crise económica e social,
a que não é alheia a teia legislativa dos últimos seis anos de governação,
destruidora dos pilares estruturantes da Sociedade. A reforma da Sociedade não deve ser
realizada apenas na área económica e fiscal. Carece de uma intervenção mais
profunda, designadamente no que diz respeito à Dignidade da Pessoa, em todas as
etapas da sua vida, desde a concepção até à morte natural, à cultura da
Responsabilidade, do compromisso no Casamento e na Família; por outras
palavras, é necessária uma verdadeira cultura da Liberdade. (…) A nova Assembleia da República tem hoje um dever histórico de
mudar o rumo do País. O desleixo e negligência anteriores devem dar lugar a uma
política de responsabilidade e solidariedade expressa em leis que: coloquem e reconheçam a Família como
fundamento da Organização Social na promoção de responsabilidade pessoal,
solidariedade intergeracional e fomento da Economia; reconheçam ao casamento as
funções para que está vocacionado, com vínculos e laços de responsabilidade
pessoal que promovam e protejam todos e cada um dos seus membros; apelem a uma
maternidade e paternidade responsáveis, generosamente abertas à vida; protejam
e promovam a natalidade e a vida humana em todas as suas fases, desde a
concepção até à morte natural; promovam
uma verdadeira política de liberdade de educação onde os pais,
independentemente de terem ou não recursos, possam escolher a escola dos seus
filhos; reconheçam aos pais o direito a educar os filhos segundo as suas opções
éticas e de valores. (…)»
As opiniões e
posições ideológicas subjacentes a esta iniciativa explicam porque a mesma foi
pouco menos que ignorada por uma comunicação social portuguesa quase toda
«encostada» à esquerda. Curiosamente, o espaço mediático que, segundo pensamos
saber, mais atenção terá dedicado à petição «Defender o Futuro» e/ou os seus
pressupostos foi o programa «Você Na TV» da TVI, na sua emissão de 8 de Março último. Aí Isilda Pegado, uma das primeira(o)s signatária(o)s daquela,
enfrentou representantes do BE, do PCP e do PS – e, como os dois apresentadores
também se opunham ao teor da petição, verificou-se na práctica uma desigualdade
de um(a) para cinco. O que também explica que não tenha sido possível à antiga
deputada do PSD, apesar da sua boa vontade e coragem, suster e sobrepor-se às (previsíveis
e habituais) falácias teóricas dos «fracturantes» de serviço, cuja demagogia e
desonestidade intelectual parecem não conhecer limites.
Comigo não
levariam – nunca levariam – a melhor, mesmo que em vez de cinco fossem 10, 15,
20 ou mais: já observo e analiso estas criaturas há muitos anos e sei como
responder e desmontar (a)os seus «argumentos» da treta (e de trampa). Mas seria
pouco provável que do quarto canal me convidassem para isso ou para qualquer
outra coisa, tendo em conta que, ainda recentemente, me discriminaram de uma
forma deliberada e ostensiva (e ofensiva). Pois é, 20 anos depois de ter sido
fundada, como está diferente a «televisão da igreja»… (Também no Esquinas (138).)
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