Faleceu no
passado dia 3 de Fevereiro, e, se fosse vivo, completaria hoje 80 anos.
É por isso que escolhi esta data para uma breve, mas sentida, evocação de, e
homenagem a, José Manuel Prostes da Fonseca…
… Que eu
conheci no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa no final da
década de 80, não enquanto aluno dele mas sim enquanto colega dele, entre 1989
e 1990, no Conselho Directivo a que ele presidiu entre 1984 e 1990. Discreto e competente,
foi um homem de uma cordialidade e de uma correcção inexcedíveis. E, numa
escola tão dinâmica como era, e é, o ISCTE, onde coexistiam múltiplas áreas e
disciplinas científicas, muitas sensibilidades e tendências, muitos grupos, e
onde conflitos de interesses mais ou menos declarados ocorriam regularmente,
ele foi a pessoa certa no sítio certo no momento certo: porque soube – ou
tentou sempre – conjugar e conciliar permanentemente esses interesses
aparentemente divergentes, e congregá-los, canalizá-los, para a realização do
objectivo comum a todos, docentes, discentes e funcionários: modernizar e desenvolver a nossa escola, torná-la numa instituição de ensino de excelência e
de referência. O que de bom e de grande o ISCTE-Instituto Universitário de
Lisboa é actualmente começou a ser construído, verdadeiramente, na viragem da
década de 80 para a de 90, e o seu contributo foi decisivo. Naquele Conselho
Directivo de que eu fui membro muitas decisões foram tomadas, muitas soluções
foram estudadas. Por exemplo, os primeiros esboços do que viriam a ser a nova
biblioteca e o edifício 2 foram apreciados nas nossas reuniões.
A sua
personalidade e a sua visão ficaram evidentes numa entrevista que me concedeu,
e ao meu amigo e colega Filipe Vieira, publicada em Junho de 1989 no Nº 3 do
DivulgACÇÃO, boletim da Associação de Estudantes do ISCTE, que eu coordenava e de que
fora um dos criadores. Seis meses depois, no início de 1990, ele esteve comigo
e ainda com os meus amigos e colegas Rui Paulo Almas e Victor Cavaco, na tomada
de posse dos então novos corpos sociais da Associação Académica de Lisboa, que
o Rui (na Direcção) e o Victor (na mesa da Assembleia Geral) integraram – a
primeira vez em que estudantes do ISCTE participaram na liderança da AAL.
Guardo uma fotografia de nós os quatro tirada nessa ocasião, em que é visível a
satisfação e até o orgulho dele pelos «seus» alunos.
Sobre José
Manuel Prostes da Fonseca é de ler também o que escreveram Alexandre Rosa,
Paulo Pedroso, Raul Iturra (que foi meu professor na disciplina de Introdução à
Antropologia Social) e Rui Paulo Almas.
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