Lê-se no
texto que explica a iniciativa: «Neste momento de
crise nacional, com aumento brutal de impostos, cortes de subsídios, cortes de
ordenados e aumento das taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde, o
Governo tenta diminuir a despesa pública e aumentar a receita. Assim, torna-se incoerente e ilógico haver
aborto gratuito e pagamento de até um mês de subsídio de maternidade (?!) a 100%
para quem quer abortar quando e quantas vezes quiser, tudo isto às custas do
Estado. Independentemente da
posição que os signatários têm em relação ao aborto ser ou não livre,
peticiona-se ao Governo e à Assembleia da República que a interrupção
voluntária da gravidez (aborto) não seja financiada/comparticipada/subsidiada
pelo Estado Português.»
Esta situação
é ainda mais inadmissível e insustentável num país que, além de estar a sofrer
uma catástrofe económica e financeira, está a sofrer – há mais tempo – uma
catástrofe social e demográfica. Tantas notícias, tantas reportagens que
referem, alarmadas, o envelhecimento da população portuguesa, o aumento de óbitos e a diminuição de nascimentos, a mais baixa taxa de natalidade da União
Europeia… mas que, «curiosamente», se «esquecem» de mencionar os incentivos
públicos – isto é, oficiais! – à interrupção voluntária da gravidez como uma
das causas mais que prováveis, e preponderantes, para esta situação. E que
podem classificar a gravidez na adolescência como sendo um «drama» (não o é
necessariamente), mas que não utilizam esta palavra, ou outra mais forte, para
classificar a autêntica «política de auto-extinção nacional» - uma «solução
final à portuguesa»? – que está a ser aplicada.
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