Após quinze anos de reflexão, dois de preparação e cinco meses de redacção – iniciada a 22 de Janeiro e terminada a 21 de Junho de 2005 – requeri hoje, 27 de Junho, na sede da Inspecção-Geral das Actividades Culturais, situada no Palácio Foz, em Lisboa, o registo da minha nova obra literária. O seu título é «Espíritos das Luzes».
Na folha do requerimento descrevo este meu livro – que deu entrada na IGAC sob o número 5128/05 - como sendo uma «obra de ficção em prosa, próxima do género romance; fantasia baseada em factos e figuras reais da história portuguesa, mais concretamente do século XVIII.»
O ano de 2005 é, vai ser, foi, um ano marcado, entre outras, por importantes efemérides relacionadas com factos e figuras históricas do século XVIII em Portugal: os 250 anos do Terramoto de Lisboa; os 200 anos das mortes de Manuel Maria Barbosa du Bocage e do pintor Francisco Vieira, o Portuense (nascido, tal como o poeta de Setúbal, em 1765!); os 275 anos do nascimento de Manuel de Figueiredo e os 300 anos dos nascimentos de António José da Silva e de Matias Aires (escritores); os 300 anos da morte de Catarina de Bragança; os 250 anos da restituição da liberdade aos índios do Brasil (acompanhada da concessão de privilégios a portugueses que casassem com índios, para o fomento do povoamento do território); os 250 anos da inauguração da Ópera do Tejo (destruída, meses depois, no terramoto).
Tendo-me apercebido deste facto, decidi antecipar a concretização de um projecto que concebi há já muitos anos: um livro que de certa forma «mistura» o ambiente do Portugal setecentista com um cenário de ficção científica – duas das minhas grandes «paixões». Embora seja, à partida, uma obra de ficção, um romance (?), uma fantasia, «Espíritos das Luzes» assenta, contudo, na presença de personagens reais, cujas falas serão na sua totalidade, ou quase, as suas próprias palavras, tal como as escreveram e deixaram nos seus livros, discursos, cartas e outros documentos. Assim, e além de Bocage, que é, inevitavelmente, um dos «protagonistas» principais, outros nomes incontornáveis daquela época que fazem igualmente a sua «aparição» incluem: o Marquês de Pombal; a Rainha D. Maria I; o intendente Pina Manique; a Marquesa de Alorna; Luísa Todi; Leonor Pimentel; o Cavaleiro de Oliveira; Luís António Verney; António Ribeiro Sanches; Filinto Elísio; Nicolau Tolentino; Manuel da Maia; Vieira Portuense. Isto quanto a portugueses; quanto aos estrangeiros, apesar de menos, eles estão (bem) representados por William Beckford (outro dos principais protagonistas), Voltaire, Kant... e um certo marquês francês...
Todos eles foram nomes de destaque do chamado «Século das Luzes», mas nem todos foram exactamente contemporâneos e nem todos chegaram de facto a encontrar-se e a dialogar. Mas porque, precisamente, a ideia inicial, o objectivo principal, é recordar e homenagear – e invocar – esses nomes, pareceu-me sempre uma solução acertada imaginar uma realidade alternativa, um «universo paralelo», um mesmo «tempo» e um mesmo lugar – Lisboa, claro, mas uma Lisboa diferente - onde todos eles pudessem coexistir e interagir. O meu livro é, pois, um trabalho híbrido, parte ficção – o contexto e o enredo que eu criei – e parte realidade – as palavras que eles escreveram há mais de dois séculos. A própria impressão do livro deve reflectir esse carácter híbrido, misto, utilizando dois tipos de letra, um para cada nível de leitura.
«Espíritos das Luzes» espera, agora, uma editora que se disponha a publicá-lo e a promovê-lo… e a lançá-lo, de preferência e se possível, no dia 1 de Novembro próximo.
Na folha do requerimento descrevo este meu livro – que deu entrada na IGAC sob o número 5128/05 - como sendo uma «obra de ficção em prosa, próxima do género romance; fantasia baseada em factos e figuras reais da história portuguesa, mais concretamente do século XVIII.»
O ano de 2005 é, vai ser, foi, um ano marcado, entre outras, por importantes efemérides relacionadas com factos e figuras históricas do século XVIII em Portugal: os 250 anos do Terramoto de Lisboa; os 200 anos das mortes de Manuel Maria Barbosa du Bocage e do pintor Francisco Vieira, o Portuense (nascido, tal como o poeta de Setúbal, em 1765!); os 275 anos do nascimento de Manuel de Figueiredo e os 300 anos dos nascimentos de António José da Silva e de Matias Aires (escritores); os 300 anos da morte de Catarina de Bragança; os 250 anos da restituição da liberdade aos índios do Brasil (acompanhada da concessão de privilégios a portugueses que casassem com índios, para o fomento do povoamento do território); os 250 anos da inauguração da Ópera do Tejo (destruída, meses depois, no terramoto).
Tendo-me apercebido deste facto, decidi antecipar a concretização de um projecto que concebi há já muitos anos: um livro que de certa forma «mistura» o ambiente do Portugal setecentista com um cenário de ficção científica – duas das minhas grandes «paixões». Embora seja, à partida, uma obra de ficção, um romance (?), uma fantasia, «Espíritos das Luzes» assenta, contudo, na presença de personagens reais, cujas falas serão na sua totalidade, ou quase, as suas próprias palavras, tal como as escreveram e deixaram nos seus livros, discursos, cartas e outros documentos. Assim, e além de Bocage, que é, inevitavelmente, um dos «protagonistas» principais, outros nomes incontornáveis daquela época que fazem igualmente a sua «aparição» incluem: o Marquês de Pombal; a Rainha D. Maria I; o intendente Pina Manique; a Marquesa de Alorna; Luísa Todi; Leonor Pimentel; o Cavaleiro de Oliveira; Luís António Verney; António Ribeiro Sanches; Filinto Elísio; Nicolau Tolentino; Manuel da Maia; Vieira Portuense. Isto quanto a portugueses; quanto aos estrangeiros, apesar de menos, eles estão (bem) representados por William Beckford (outro dos principais protagonistas), Voltaire, Kant... e um certo marquês francês...
Todos eles foram nomes de destaque do chamado «Século das Luzes», mas nem todos foram exactamente contemporâneos e nem todos chegaram de facto a encontrar-se e a dialogar. Mas porque, precisamente, a ideia inicial, o objectivo principal, é recordar e homenagear – e invocar – esses nomes, pareceu-me sempre uma solução acertada imaginar uma realidade alternativa, um «universo paralelo», um mesmo «tempo» e um mesmo lugar – Lisboa, claro, mas uma Lisboa diferente - onde todos eles pudessem coexistir e interagir. O meu livro é, pois, um trabalho híbrido, parte ficção – o contexto e o enredo que eu criei – e parte realidade – as palavras que eles escreveram há mais de dois séculos. A própria impressão do livro deve reflectir esse carácter híbrido, misto, utilizando dois tipos de letra, um para cada nível de leitura.
«Espíritos das Luzes» espera, agora, uma editora que se disponha a publicá-lo e a promovê-lo… e a lançá-lo, de preferência e se possível, no dia 1 de Novembro próximo.
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