sábado, maio 25, 2024

Opções: Pelo interesse nacional de JMB

Assinei hoje, dia em que se celebra o 82º aniversário do nascimento do artista, a petição «Classificação da obra de José Mário Branco como de interesse nacional», promovida por um grupo de cidadãos – cujos primeiros subscritores incluem alguns conhecidos cantores e compositores portugueses – e dirigida ao «Exmo Sr Presidente da Assembleia Da República» e ao «Exmo Sr Ministro da Cultura» (agora é uma ministra – a petição foi criada antes de o actual governo tomar posse). Quem quiser fazer o mesmo deve ir aqui.
Lê-se no texto que apresenta e que explica a iniciativa: «José Mário Branco, para além da sua obra pessoal, uma corajosa sementeira de novidade que mudou a nossa canção logo desde as primeiras gravações, no final da década de 60, e que foi vertida em numerosos trabalhos discográficos, no teatro e no cinema, foi também responsável por uma irreversível viragem estética na música popular portuguesa, de que é exemplo máximo o disco “Cantigas do Maio” (1971), de José Afonso. Este trabalho, vestido instrumentalmente pelo jovem JMB, tornou-se um marco e inspiração para todos os criadores de canções e arranjadores musicais.»
Tal como para muitas outras pessoas, as obras de José Mário Branco – uma das quais é um dos meus 20 discos favoritos – são componentes fundamentais da «banda sonora» da minha vida, e provas de que as diferenças ideológicas não têm de constituir obstáculos intransponíveis a uma autêntica apreciação e admiração. É por isso que muito gostaria de o ter conhecido pessoalmente mas ele faleceu (em 2019) antes de isso ter sido possível. De destacar também que neste ano de 2024 se assinala o vigésimo aniversário da edição do que seria o seu último álbum de originais, «Resistir É Vencer», uma efeméride evocada esta semana por Nuno Pacheco no Público.

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