Na edição de hoje (Nº 9496) do jornal Público, e na página 52, está o meu artigo «Em extremos opostos da Europa». Um excerto: «Felizmente para a Europa, a
situação nacional é, neste âmbito, um caso praticamente único. Vítima
inevitável e inescapável da sua intrínseca falácia intelectual e da sua
inerente falência moral (e material, muitas vezes também), a esquerda está em
recuo, em retirada, em retracção, em retrocesso por todo o Velho Continente… E
esse processo é mais visível e está mais completo para lá da linha Oder-Neisse,
onde há um país que, politicamente, é como que um reflexo do nosso, um
contraste total connosco.»
O conceito
principal deste artigo já havia sido de certo modo abordado em comentários
recentes que fiz a textos no blog Delito de Opinião. Um de Luís Menezes Leitão a
30 de Março último: «O
feriado de 5 de Outubro foi bem abolido: comemora(va) um golpe de Estado
perpetrado por uma minoria de fanáticos e de terroristas (regicidas,
assassinos) que derrubou um regime democrático (pelos padrões da época, e em
consonância com o que existia em outros países). Neste assunto Pedro Passos
Coelho não mostrou “fanatismo” mas sim incompetência e inépcia. Além de que PSD
e CDS poderão ser partidos ”estúpidos” - a manutenção do AO90, e não só, demonstra-o
- mas não são de direita»..
… E outro de Pedro Correia
a 8 de Abril último: «(…) Não me incluo naqueles que hoje consideram “quase
exemplares” e que “entoam hossanas” as/às gerações de políticos/galeria de
“estadistas” que se sucederam após o 25 de Abril, praticamente todos de
esquerda. Elaboraram e aprovaram uma constituição que não precisou de esperar
pelo seu 40º aniversário (que se “celebra” este ano) para se tornar obsoleta,
quase “digna” do ex-COMECON, ofensiva e anti-democrática com o seu “abrir
caminho para uma sociedade socialista” e a (obrigação de manter a) “forma
republicana de governo”, de tal modo ideológica, programática e restritiva que
tem condicionado, impedido, o verdadeiro desenvolvimento. Levaram o país à
falência mais do que uma vez. Implementaram o “(des)acordo ortográfico”... É
por isto e muito mais que eu sou monárquico e a favor de uma mudança de regime;
do actual, da III República, muito pouco(s) se aproveita(ria)(m).»
Hoje, Dia
Mundial da Voz, constitui uma ocasião ainda mais simbólica e significativa
para se fazer ouvir aquela, mesmo que na forma escrita… mas correcta,
evidentemente. (Também no MILhafre.)
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