terça-feira, agosto 26, 2014

Observação: O poltrão de Portimão

Jorge Candeias decidiu dedicar-me no passado Domingo, dia 24 de Agosto, uma «posta» a que deu o título de «Um zero à esquerda», e que é, além de outra «descarga» – direccionada e degradante – das frustrações e das raivas que ele vai acumulando, também um extraordinário – e revelador – exercício de projecção. Pode-se deduzir que ele se vê ao «espelho» quando… «evacua» tais impropérios. Ele «cospe» para cima… e leva com o seu próprio «escarro».
Na mais recente invectiva de JC abundam as invenções, as difamações, as distorções. Contactei-o algumas vezes nos últimos anos por causa do Bibliowiki? Sim, claro: é uma excelente iniciativa, e, quanto à minha página, achava – e acho – relevante que, concretamente, estivesse lá uma referência ao meu artigo «A nostalgia da quimera», para além de outras aos meus projectos de ficção. E será que JC também inclui no «anos a chatear-me por um motivo ou por outro» as mensagens (não respondidas) que lhe enviei a propósito do pai, primeiro de encorajamento aquando da doença e depois de condolências pela morte? Para se demonizar o oponente é sempre «conveniente» ocultar todos os pormenores que possam desmentir o «retrato».
Agora, um esclarecimento que, creio, já ter feito em outras ocasiões, mas que é sempre importante reiterar: eu não faço comentários anónimos. Digo, escrevo, tudo com o meu nome verdadeiro, dando a «cara», mesmo que seja «virtual», e também não tenho qualquer problema em fazê-lo pessoalmente. Já por várias vezes desafiei a que, quem quisesse, me abordasse em cerimónias públicas em que participo, e que anuncio antecipadamente aqui no Octanas. Eu posso «jogar», e «jogo», duro, mas «jogo» limpo. E não corto comentários, as afirmações e as opiniões dos outros, sob pretexto algum: já fui censurado muitas vezes (não, o poltrão de Portimão não foi o primeiro a fazê-lo) e prometi cedo a mim mesmo que não o faria a outros. Eu não «intimido» seja quem for para que se cale, muito pelo contrário: se eu «intimido» é para que falem! Quem diz que não é assim… que o demonstre! E, já agora, que demonstrem também, se conseguirem, que eu tenho por hábito «percorrer compulsivamente a Internet, à caça de tudo e de todos os que possam ter o desplante de não lhe (me) estender passadeira vermelha e o (me) colocar no pedestal que acha(o) que merece(ço)».
Mais uma vez… projecção. Quem é que, pouco ou nada mais tendo para fazer do que construir afincadamente o seu mundo de fantasia (já eu, para além do trabalho e do lazer, também tenho família, esposa a apoiar, filhas a cuidar), passa o tempo a compilar compulsivamente dezenas, centenas, milhares de entradas em Facebook, Twitter e Scoop, para além de blog? Quem é que procede sistematicamente ao «apagamento», ou à tentativa de «apagamento», das palavras e quiçá das pessoas que lhe desagradam? A que acresce, para cúmulo da desonradez, a descrição deturpada – e mesmo mentirosa – do que lá estava? Típico de adepto de ditadura, de quem se sentiria à vontade como «comissário cultural» na Rússia estalinista, na Cuba castrista ou na China maoísta. Ou como «examinador prévio» português de lápis azul em punho que, não se apercebendo das suas próprias contradições e limitações, tem o descaramento de querer dar lições de bom Português (de construção frásica e de estilo) enquanto escreve, deliberada e histericamente, com «erros ortográficos».
Esta mais recente «enunciação prematura» de JC mais não é do que uma tentativa desesperada, mas falhada, de: desculpabilização pelo que ele fez na «recensão» ao meu conto «A marcha sobre Lisboa» - ele tem consciência (mesmo que seja má consciência) de que procedeu mal ao revelar o final daquele, que, não, não «é óbvio desde a primeira página»; e ainda de ocultação da sua ignorância quanto à História, ao afirmar que a Áustria e a Hungria eram países monárquicos aquando da Segunda Guerra Mundial e ao não mencionar os reinos que, naquele período, se opuseram à Alemanha. O meu conto na - e contributo para - «A República Nunca Existiu!» não está isento de críticas, e eu convido todos a lê-lo e a fazê-las … mas não esperem que eu me cale se considerar aquelas injustas e/ou enviesadas por animosidade ideológica.
Finalmente, e quanto às insinuações feitas por JC quanto aos objectivos, ao funcionamento e às actividades da Simetria, a resposta será dada no espaço e no momento adequados. Porém, não posso deixar de registar desde já, e sem surpresa, que, entre as suas «qualidades», Jorge Candeias tem a da ingratidão: a Associação a que pertenço publicou, divulgou, electronicamente, na mudança de milénio, no formato designado por Webfiction, pelo menos quatro contos dele… e um do pai. Há pessoas cuja memória (entre outras características…) é efectivamente, e infelizmente, demasiado curta.         

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