Assinala-se
hoje exactamente um século desde a primeira aparição da mais famosa personagem da Sétima Arte: o vagabundo com chapéu de coco, bigode pequeno, casaco
apertado, calças largas, sapatos grandes e bengala. Que em Portugal e em outros
países latinos ficou conhecido como «Charlot». «Kid Auto Races at Venice», o
segundo filme em que participou Charles Chaplin, estreou a 7 de Fevereiro de
1914…
… Apenas
cinco dias depois da estreia do primeiro, «Making a Living», ainda sem a sua
maior criação. Que, porém, não tardaria… e depois disso, até «O Grande Ditador»
(um dos meus «20 filmes» favoritos), foram 26 anos a conviver diariamente com
um «segundo eu» e cerca de 80 filmes. Da Primeira Guerra Mundial (cujo
centenário do início também se evoca em 2014) até à Segunda, e para além disso,
até à eternidade… Homem com uma vida e uma obra extraordinárias (uma das muitas
biografias que lhe foram dedicados é um dos meus «20 livros» favoritos),
Charles Chaplin é o artista que eu mais admiro, o meu maior ídolo (e não tenho
muitos…) E também nasceu a 16 de Abril! ;-)
Há dois
séculos, em 1814, uma «invasão britânica»… realmente bélica, começada dois anos
antes, devastou a cidade de Washington. Em 1914 o «ataque», agora apenas de um
súbdito de Sua Majestade, foi de índole pacífica, cultural, de talento. Tal
como 50 anos (e dois dias) depois, a 9 de Fevereiro de 1964, quando quatro jovens músicos ingleses fizeram a sua estreia televisiva nos EUA. Já sem
Império territorial, Londres continuou a exercer o seu domínio mundial por
outros meios.
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