quinta-feira, março 08, 2007

Obras: “Rosa”

És uma rosa branca que ostenta a pureza
mas não deixas de ter muitos picos aguçados.
Para te poder acariciar homenageando a tua beleza
os meus dedos sangram e tardam em ficar cicatrizados.

Das tuas pétalas exala-se um suave odor,
um aroma agradável de uma frescura primaveril.
Com a Primavera vieste em todo o teu esplendor;
contigo a vida será eternamente juvenil.

A um arrebatamento teu nada se assemelha.
De repente, a rosa branca tornou-se vermelha.

Crescer forte e saudável será a tua história.
Vou ter-te sempre, sempre junto a mim.
Cuidarei de ti e desabrocharás em glória
com as raízes bem assentes no meu jardim.

E quando fizermos a troca de pólens com regularidade
uma semente será criada como ode à fertilidade.


Hoje, 8 de Março de 2007, celebra-se (mais um) Dia Internacional da Mulher.

Poema (Nº 136) escrito em 1985 e incluído no meu livro «Alma Portuguesa».

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